Arquivos Sul-Americana-10 - Nosso Palestra https://nossopalestra.com.br/assunto/sul-americana-10/ Palmeirenses que escrevem, analisam, gravam, opinam e noticiam o Palmeiras. Paixão e honestidade. Thu, 23 Jul 2020 17:13:31 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.5.3 A cartinha pro Dudu do Pacaembu https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/a-cartinha-pro-dudu-do-pacaembu/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/a-cartinha-pro-dudu-do-pacaembu/#respond Thu, 22 Nov 2018 18:21:50 +0000 https://nossopalestra.com.br/2018/11/22/a-cartinha-pro-dudu-do-pacaembu/

Este foi o texto que publiquei no LANCE!, em dezembro de 2010, depois da derrota para o Goiás, na Sul-Americana, no Pacaembu. Ela gerou uma inesquecível carta escrita pela mãe dele, Márcia. A mão. Como se escrevia antes por sentimentos que não têm época. Aqui o texto de então: RelacionadasOpinião: ‘Ele é o maior, né? […]

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Este foi o texto que publiquei no LANCE!, em dezembro de 2010, depois da derrota para o Goiás, na Sul-Americana, no Pacaembu.
Ela gerou uma inesquecível carta escrita pela mãe dele, Márcia. A mão. Como se escrevia antes por sentimentos que não têm época.

Aqui o texto de então:

Oi, Dudu.
Você sabia que você tem nome de craque palmeirense? Acho que você já sabe. Eu vi uma reportagem da ESPN-Brasil na sexta-feira quando você fez o Felipão chorar de emoção e de orgulho pela sua paixão pelo Palmeiras. E me fez chorar ainda mais no hospital São Luiz, onde o meu filho Luca estava sendo operado depois de quebrar o braço jogando como goleiro.
Dudu, eu também chorei quando vi a reportagem. Eu já estava chorando com o choro do meu filho com dois ossos quebrados. E a mãe dele me disse que ele só chorou tanto no final da quarta-feira, quando o time dele, o mesmo que o seu, perdeu para o Verdão. De Goiás. Como você, ele e o meu caçula, o Gabriel, choraram e se desesperaram. Também chutaram o que viram pela frente.
Dudu, não é certo agredir o que não tem nada com isso. Como também não é certo agredir um que é nosso, e joga por todos os nossos como o Deola. Só porque ele fez o que sempre faz muito bem. O que o Palmeiras sempre faz desde que era Palestra Italia – goleiros. Falta só fazer o resto…
Eu sei que você sabe disso tudo, Dudu. Porque vi na reportagem na TV que você leu um dos meus livros do Palmeiras. Não aquele da Panda Books que é para um público mais jovem, da sua idade. Mas aquele dos “10 Mais do Palmeiras”. Que poderiam ser mais de cem.
Pena que, hoje, Dudu, e desde que você nasceu, poucos mereçam estar nesse livro. Muitos não mereçam estar no clube. Como muitos dos que mandam no Palmeiras. Mas essa é outra história para gente grande. Por menor que seja.
Também por isso eu chorei, Dudu. Não imaginava que um menino de 8 anos lesse uma história tão bela e tão rica como a do seu time. Mas você é especial. Como parecem especiais todos aqueles que fizeram a bonita festa no Pacaembu, estragada por um bom segundo tempo do outro time. Acontece, Dudu. Pena que só esteja acontecendo com a gente, nos últimos anos. E são muitos. Que nos fazem parecer poucos.
Você deve ter lido no meu livro que o Palmeiras é campeão do século passado. E é mesmo. Pena que só tenha sido história neste século. Tanto é que um dos jornais que fizeram um ranking, uma pesquisa para contar o que a bola já sabia, não sabia disso. O repórter escreveu lá no jornal dele que o Palmeiras “se diz campeão do século”. E o próprio jornal não leu o que escreveu.
Mas isso é assim mesmo. Nós, jornalistas, esquecemos as coisas. Não lemos o que escrevemos. E as boas histórias são perdidas. Como os jogos que não podem ser perdidos. Como o Palmeiras que está se perdendo por erros de gente do bem, por acertos errados de gente do mal.
Dudu, quando eu tinha a sua idade, chorava de emoção e de orgulho com meu time. Quando a gente fica mais velho, dizem, a gente não chora tanto. Não acho. Posso não ter chorado depois do jogo, que eu estava trabalhando até 2h30 da manhã. Mas chorei em casa quando vi meus filhos dormindo com a camisa do Palmeiras. Mais ainda quando soube da raiva que eles tiveram na hora. Mais ainda quando vi meu filho quebrar o braço e ser operado. Mais ainda quando vi garotos de todas as idades, como o Felipão, chorando com seu choro e com sua ira. Lembrando o garoto Enzo, em 1999, quando o Palmeiras era Palmeiras, quando Felipão era Felipão, quando chorávamos de orgulho e de Palmeiras. Não do Palmeiras, como agora.
Um time que perde e se perde quando só pode vencer. Um time que perde e se perde quando quer perder. Um clube que perde e se perde quando todos, de situação e oposição, parecem só querer ganhar poder.
Mas isso é história de adulto, Dudu. Perdão pela chateação. Perdão pela zoação que você possa ter ouvido. Mas saiba que eu, mais alguns milhões, estamos com você. E não falo só dos irmãos de verde e de fé. Falo dos verdadeiros torcedores. Daqueles que se emocionam com o futebol e fazem tudo que você fez no Pacaembu. Irmãos de outros credos irmanados na fé pelo futebol que se resolve no campo com equipes que lutam para ganhar jogos. Com dignidade e respeito.
Gente que não perde por W.O. nem por brincadeira. Gente que não vai ao W.C. na primeira pressão. Gente que torce e não distorce. Gente que sofre. Mas que canta e vibra. Pelo que resta do nosso alviverde.
Não temos time à altura. Não temos dinheiro. Temos até bons candidatos à presidência. Mas enquanto não tivermos um pouco mais de paciência, serenidade e trabalho, mais palmeirenses fazendo o certo para o Palmeiras, só vamos acertar os chutes na arquibancada da frente, não no gol adversário. Só vamos fazer os golaços que o Dinei fez. Quando não serviam mais. Quando nem mais queríamos fazer.
Dudu, o Palmeiras vai sair dessa. Você é muito jovem para sofrer tanto. E como você já leu nessa linda história de amor, é só uma questão de tempo que você, como o Palmeiras, ainda têm muito. Pena que eu esteja com pouco, tanto que só hoje escrevi o que estava nos meus olhos desde sexta-feira. Estou mesmo parecendo o Palmeiras. Fazendo uma semana depois o que deveria ter feito alguns anos antes. Mas não se preocupe, Dudu. Gente grande é assim mesmo. Promete e não faz.

Quase 8 anos depois daquele jogo, estamos de volta, Dudu.
E com outro Dudu para chamar de nosso.

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Dudu repinta o 7. Palmeiras 4 x 0 América https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/dudu-repinta-o-7-palmeiras-4-x-0/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/dudu-repinta-o-7-palmeiras-4-x-0/#respond Thu, 22 Nov 2018 11:32:42 +0000 https://nossopalestra.com.br/2018/11/22/dudu-repinta-o-7-palmeiras-4-x-0/

Foto: César Greco O Dudu era um garoto alucinado pelo Palmeiras que foi pego pela TV chorando demais numa dolorida eliminação. Poderia ser o camisa 7 perdendo a cabeça e o peito no árbitro na final do SP-15. Mas era o Dudu Bugan chorando moleque de tudo no Pacaembu, depois da virada na Sul-Americana de […]

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Foto: César Greco

O Dudu era um garoto alucinado pelo Palmeiras que foi pego pela TV chorando demais numa dolorida eliminação. Poderia ser o camisa 7 perdendo a cabeça e o peito no árbitro na final do SP-15. Mas era o Dudu Bugan chorando moleque de tudo no Pacaembu, depois da virada na Sul-Americana de 2010 para o Goiás de Rafael Moura. O centroavante do América que o Palmeiras não deixou chutar uma bola na meta de Weverton, nos 4 a 0 no Allianz Parque que deixou o Palmeiras a uma vitória (ou dois empates) nos dois jogos finais para ser deca.

Naquela noite perdida que parecia ganha depois da vitória em Goiânia em 2010, o Palmeiras de Felipão fizera 1 a 0 num belo gol de Luan. O mesmo camisa 11 americano no Allianz que faria parte da campanha do enea. Xará do zagueiro que deu a volta por cima no Palmeiras em 2018 e fez 1 a 0 aos 13, depois de uma bola carambolada. Sorte de campeão. Também de um time que criou 14 chances e só concedeu uma bola espirrada por Weverton na primeira etapa.

Dudu estava infernal mais uma vez. Aberto pela direita ou atrás de Willian e do centroavante, ele foi o nome do jogo como está sendo do BR-18. Deu gol a todos os companheiros. Borja isolou um gol que não se perde aos 43. Deyverson entrou no intervalo e com 34 segundos marcou impedido. Willian faria o dele aos 30. Recebendo de Dudu. Dudu que receberia a graça do terceiro golaço aos 32. Antes de receber as palmas (quando substituído) que o Palmeiras na final do BR-15 queria palmadas no menino mimado. Ou vaias em 2018 quando não estava bem e pensou (com razão) na China.

Mas o baixola cada vez maior é emoção. Como foi Deyverson que tanto usa bem a cabeça na bola (nem sempre fora dela) para fazer o quarto, aos 37. Sete minutos e três gols no plano inclinado do Gol Sul. Homenagem ao Dudu que repintou o sete na história do Palmeiras.

Dudu como o menino que chorou no Pacaembu em 2010 como vários marmanjos que viam então mais uma eliminação inexplicável de um time que não tinha futuro. E que hoje é o melhor presente que todos os Dudus merecem.

O menino cresceu. É o da foto no Allianz. Carregando no ombro como foi carregado pelo pais.

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Naquela noite triste de 2010 que a Globo o flagrou e virou exemplo de dias derrotados, ele voltou a pé pra casa perto da Paulista. Era assim em derrota. Como saiu de casa no BR-16 para celebrar o enea. Quando chorou como “havia muito tempo que não chorava por futebol”.

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Dudu cresceu. Cresceram. O Dudu símbolo da torcida sofrida em 2010 que agora canta e vibra e sempre sofre até quando goleia esperando o empate que o Flamengo fez vitória contra o Grêmio, no Rio. O Dudu ídolo dessa gente que corneta e teme até quando tudo parece Palmeiras. Na derrota de 2010 e na goleada de 2018.

O Palmeiras tem o Dudu valente volante das Academias que é busto desde 2016 por tudo que fez de 1964 a 1976. Teve em 2010 o Dudu Bugan como símbolo do que parecia se perder como sonho de criança de todas as idades. Mas que sabia exatamente por aquele amor em lágrimas do pequeno Dudu contra o Goiás no Pacaembu que a alma estava conquistada pro futuro que desde 2015 o gigante Dudu simboliza: a virada do jogo de se tirar o chapéu.

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