Arquivos tag-Amarcord - Nosso Palestra https://nossopalestra.com.br/assunto/tag-amarcord/ Palmeirenses que escrevem, analisam, gravam, opinam e noticiam o Palmeiras. Paixão e honestidade. Thu, 23 Jul 2020 17:09:23 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.5.2 Amarcord: Palmeiras 2 x 0 Cruzeiro, Copa do Brasil-98 https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/amarcord-palmeiras-2-x-0-cruzeiro-copa-do-brasil-98-2/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/amarcord-palmeiras-2-x-0-cruzeiro-copa-do-brasil-98-2/#respond Tue, 11 Sep 2018 16:55:35 +0000 https://nossopalestra.com.br/2018/09/11/amarcord-palmeiras-2-x-0-cruzeiro-copa-do-brasil-98-2/

Velloso já se aquecia no frio do final de tarde de 30 de maio de 1998 para a disputa de pênaltis que decidiria a Copa do Brasil. Ele teria a chance de se redimir da falha que cometera na decisão do torneio de 1996. Justamente Palmeiras x Cruzeiro. O timaço de Luxemburgo, Rivaldo, Djalminha, Luizão […]

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Velloso já se aquecia no frio do final de tarde de 30 de maio de 1998 para a disputa de pênaltis que decidiria a Copa do Brasil. Ele teria a chance de se redimir da falha que cometera na decisão do torneio de 1996. Justamente Palmeiras x Cruzeiro. O timaço de Luxemburgo, Rivaldo, Djalminha, Luizão e Muller que parou diante da Raposa. Perdeu no Palestra de virada por 2 a 1 em falha de Velloso num cruzamento. Cinco minutos depois de o goleiro fazer um milagre em bola por cobertura de Palhinha.
Em 1998, o Cruzeiro vencera o primeiro jogo por 1 a 0, no Mineirão, gol de Fábio Júnior (que em 2001 jogaria pelo Palmeiras). No Morumbi, Paulo Nunes abriu o placar aos 12, em jogada de fundo de Oséas. Alex não foi o grande armador de sempre. O Palmeiras não fez um grande primeiro tempo. Mas fez a vantagem justa para levar o jogo para os pênaltis. Na segunda etapa, Felipão mexeu no time. Para pior. O Cruzeiro, para melhor. O palmeirense se enervando com o time ainda mais nervoso.
Pelo crescimento mineiro na segunda etapa, levar o jogo para os pênaltis até parecia bom negócio. Mas o clima no estádio não era bom. Não havia confiança. Ainda mais no banco de reservas. Se perdesse o título da Copa do Brasil, Felipão seria demitido depois de um ano de trabalho.
Aos 43 minutos, Almir cavou uma falta na meia-direita. Longe demais para uma cobrança direta, ainda mais sem o cobrador oficial (Arce), que estava com o Paraguai, treinando para a Copa de 1998, assim como estava o goleiro titular celeste Dida, servindo à Seleção Brasileira.
A torcida que estava quieta se manifestou quando Zinho ajeitou a bola e fez menção de chutar direto, em vez de cruzar. Lá da meta, Velloso também lamentou:
– Passa essa bola, Zinho! Chutar daí pra quê?
Zinho chutou. O goleiro Paulo César deu rebote para fora. Oséas correu atrás da bola. Almir apareceu livre de marcação por dentro. Era só o atacante baiano recuar para o companheiro fazer o gol do título.
Todo o banco do Palmeiras se levantou quando o goleiro soltou a bola. Quase todos berrando para Oséas (não ouvir) que Almir estava livre. Mas o centroavante não perdeu o instinto artilheiro. Logo, fominha: enfiou a sapatada sem ângulo quase na linha de fundo.
A bola subiu, bateu no alto da rede e correu até cair no canto direito da meta celeste. Do outro lado do campo, Velloso não entendeu nada do que viu. De fato, mais ouviu o grito da torcida atrás do outro gol. Onda sonora que tomou o Morumbi que estava fazendo com Oséas o que Felipão também fez quando ele chutou sem ângulo:
– Seu burro! Seu filho da… Gooool!!!
Até hoje não se sabe como aquela bola entrou. Só se sabe que, ali, Felipão continuou no clube. Para comandar o campeão da Libertadores um ano depois.

30/05/1998
Morumbi
Renda: R$ 453.674,00
Público: 45.237
Juiz: Sidrack Marinho dos Santos
Gols: Paulo Nunes (12 do primeiro tempo) e Oséas (44 do segundo tempo)
PALMEIRAS: Velloso; Neném, Roque Júnior, Cléber e Júnior; Galeano, Rogério e Zinho; Alex (Arilson); Paulo Nunes (Almir) e Oséas (Pedrinho)
Técnico: Luiz Felipe Scolari
CRUZEIRO: Paulo César; Gustavo, Marcelo Djian, Wilson Gottardo e Gilberto; Valdir, Ricardinho e Marcos Paulo; Bentinho (Caio), Marcelo Ramos e Elivelton (Giovanne)
Técnico: Levir Culpi

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Amarcord: Palmeiras 0 x 0 Vasco, BR-73 https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/amarcord-palmeiras-0-x-0-vasco-br-73/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/amarcord-palmeiras-0-x-0-vasco-br-73/#respond Sun, 12 Aug 2018 14:11:36 +0000 https://nossopalestra.com.br/2018/08/12/amarcord-palmeiras-0-x-0-vasco-br-73/

Olhei para a minha esquerda enquanto subia a Passalaqua apressado pelo jogo que começaria pelo BR-73 e por toda a minha vida quando vi um dos portões estreitos do Pacaembu. Aquela luz forte trocada em 1969 que então era a mais poderosa nos estádios da América – propaganda do prefeito da época da instalação: Paulo […]

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Olhei para a minha esquerda enquanto subia a Passalaqua apressado pelo jogo que começaria pelo BR-73 e por toda a minha vida quando vi um dos portões estreitos do Pacaembu. Aquela luz forte trocada em 1969 que então era a mais poderosa nos estádios da América – propaganda do prefeito da época da instalação: Paulo Maluf… Eu ainda não sabia o que ele era pros cofres públicos…

E, no fundo, eu também não sabia mesmo o que eu seria. Mas já estava tão iluminado meu futuro como aquela cena que lembro mais que os chatos 90 minutos de um clássico sem gols e com poucas chances – pelas ausências de Leivinha, lesionado, e também o Maluco do César, e pela ótima presença do goleiro Andrada, com três grandes defesas.

Aquela explosão de luz deixando a grama só menos verde que o primeiro jogador do Verdão que vi aquecendo. Luís Pereira. Não precisaria ver mais nenhum outro. Mas veria Ademir da Guia jogando mais à frente e jogando demais quase marcando um golaço, aos 13, depois de driblar meio Vasco. Vi Dudu mais uma vez tendo de sair por se machucar para evitar que lesassem o nosso Palmeiras. Entrou Careca que foi atuar mais à frente, com Ademir então voltando para dar um pé a Edson Cegonha no meio. Sim. Tinha cegonha no meu parto em partidas de Palmeiras.

O Vasco de Mário Travaglini (palestrino dos ótimos) fechou-se todo atrás. Esperando e sem atacar. A ponto de a crônica da FOLHA dizer que o ataque era “fraco”. O mesmo que tinha no comando Roberto, o maior artilheiro dos Brasileiros, com 190 gols marcados até 1992. Quando eu já tinha dois anos de jornalismo esportivo. Profissão que abracei sem saber então quando o Pacaembu me deixou ver pelo velho portão estreito o meu futuro brilhante. Radiante como a alegria do menino Mauro que, enfim, com 7 anos, estreava em estádios.

Li agora que choveu. Garoa chata como o jogo. Pra mim foi só sol a noite toda. Embate iluminado. O belo uniforme do Vasco reluzindo como o Verdão do Palmeiras. E eu vendo pela primeira vez o meu time em um estádio. Os primeiros 90 minutos que de fato acompanhei na vida. Eram poucos os jogos pela TV na época. Futebol era em estádio. E, no mais lindo estádio de espírito paulistano, “o seu, o meu, o nosso Pacaembu”, era ainda maior e melhor.

Mas nada superior àquela primeira imagem do Luisão Pereira se aquecendo pouco antes do jogo. Meu próximo biografado, 45 anos depois. Com a mesma emoção da primeira vez do amor de todas as vezes.

O Palmeiras manteve a invencibilidade e a ponta naquele que seria o ano do bi de 1972-73. A defesa que só 13 vezes passaram em 40 jogos (a melhor média da história do Brasileirão). Luís Pereira monstruoso quase fez um gol aos 42. Mas Andrada não deixou. Os pontas vascaínos Jorginho Carvoeiro e Luís Carlos recuavam para acompanhar os laterais verdes Eurico e Zeca. Não foi um grande jogo. Mas foi o meu primeiro. O maior.

Quando não pude gritar “Fedato” pedindo para ele entrar e marcar os gols decisivos porque ele já estava desde o início no lugar de César. Talvez por isso também não saímos do zero na minha iniciação.

Contradição passar em branco no debut? Não. Apenas Palmeiras. Passei verde. Sempre. Não precisa vencer. Preciso apenas é o Palmeiras que tanto preciso. O que neste Dia dos Pais, 45 anos depois, continua fazendo o papel de Babbo, Nonno, filho, irmão, amigo pelos que estão e pelo meu pai que com meu tio me levou pela mão para ver o maior amor incondicional além deles e dos meus: o nosso Palmeiras.

Feliz Dia dos Palmeiras. Amor de Palestra para filhos.
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Amarcord: Palmeiras x São Caetano, velhos e bons tempos – 00/01 https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/amarcord-palmeiras-x-sao-caetano-velhos-e-bons-tempos-00-01/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/amarcord-palmeiras-x-sao-caetano-velhos-e-bons-tempos-00-01/#respond Mon, 05 Mar 2018 14:32:34 +0000 https://nossopalestra.com.br/2018/03/05/amarcord-palmeiras-x-sao-caetano-velhos-e-bons-tempos-00-01/

O Palmeiras recebe o São Caetano nesta segunda-feira (5) pela décima rodada do Campeonato Paulista. Será a primeira vez que o Verdão encara o Azulão em sua nova casa. O time do Grande ABC sofre para se manter na primeira divisão da elite paulista e sobrevive com as glórias e recordações de um passado nem […]

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O Palmeiras recebe o São Caetano nesta segunda-feira (5) pela décima rodada do Campeonato Paulista. Será a primeira vez que o Verdão encara o Azulão em sua nova casa. O time do Grande ABC sofre para se manter na primeira divisão da elite paulista e sobrevive com as glórias e recordações de um passado nem tão distante assim.

Palmeiras e São Caetano fizeram duelos épicos entre os anos 2000. O Azulão sempre teve uma ótima relação com o clube de Palestra Itália, chegando a alugar o Parque Antarctica para diversos jogos importantes da sua trajetória, como a final da Copa João Havelange de 2000.

Os clubes também eram parceiros em contratações. São vários os atletas que despontaram no Grande ABC, e que depois vestiram a camisa do Palmeiras. Casos de Magrão, Claudecir, Daniel, Dininho e Adãozinho. Jair Picerni, técnico que apareceu para o Brasil no São Caetano, também comandou o Palmeiras na campanha da conquista da Série B em 2003.

Palmeiras e São Caetano já chegaram a se enfrentar pelas oitavas-de-final da Copa Libertadores de 2001, quando o alviverde só conseguiu eliminar o time do ABC nos pênaltis, em um duelo épico. Um ano antes o São Caetano tirou o Palmeiras da Copa João Havelange, época que o time só foi parado pelo Vasco de Eurico Miranda na grande final.

Eu, como cidadão Sulsancaetanense, tenho ótimas recordações dos encontros entre as duas agremiações. Lembro também da maior chuva que eu já tomei em um estádio de futebol, ainda em 2007 no Anacleto Campanella. O Palmeiras derrotou o São Caetano por 2 a 1 com uma atuação magistral de Valdívia e gol do falecido atacante Alemão.

É triste que por seguidas más administrações e pela falta de compromisso da cidade com o esporte, hoje a Associação Desportiva São Caetano virou uma equipe pequena do nosso estado, ficando até sem divisão nacional.

Ainda bem que o youtube existe e deixa a gente matar um pouco da saudade do pequeno Gigante Azulão. Que a bengala não caia de vez e que o clube tenha forças para se reerguer. O povo da cidade agradece!

*O Amarcord é um quadro que é sempre escrito por Mauro Beting. Hoje abrimos uma exceção para o nosso repórter Gabriel Amorim, que também sabe muito sobre o Azulão!

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Amarcord: Mirassol x Palmeiras, SP-13 https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/amarcord-mirassol-x-palmeiras-sp-13/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/amarcord-mirassol-x-palmeiras-sp-13/#respond Sat, 10 Feb 2018 07:55:12 +0000 https://nossopalestra.com.br/2018/02/10/amarcord-mirassol-x-palmeiras-sp-13/

O presidente recém-eleito Paulo Nobre voltava do Rio de Janeiro depois de uma reunião na CBF. Embarcou na Ponte Aérea em Santos Dumont pouco antes de a bola rolar em Mirassol, em jogo válido pela 15a. rodada da fase inicial do SP-13, às 19h30 de 27 de março de 1993. O Palmeiras era o sétimo […]

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O presidente recém-eleito Paulo Nobre voltava do Rio de Janeiro depois de uma reunião na CBF. Embarcou na Ponte Aérea em Santos Dumont pouco antes de a bola rolar em Mirassol, em jogo válido pela 15a. rodada da fase inicial do SP-13, às 19h30 de 27 de março de 1993. O Palmeiras era o sétimo na classificação e enfrentava uma equipe ameaçada pelo rebaixamento. Quando o avião pousou em Congonhas, rapidamente o presidente ligou o celular para saber quanto havia sido o primeiro tempo da partida que durara quase todo o tempo de voo…

O smartphone de Nobre demorou a ligar. O tempo suficiente para um passageiro que é jornalista esportivo bater no ombro dele, e falar com respeito e consideração:

– Boa sorte, presidente. Você vai precisar de muita.

Paulo só então conseguiu acessar o placar minuto a minuto de um site. Quando viu o resultado no intervalo, até hoje não lembra o que pensou e disse. MIRASSOL 6 X 2 PALMEIRAS. Era mais ou menos a sensação de todo palmeirense pelo planeta. A minha também na cabine do Pacaembu, onde faria o jogo das 21h45 pela Rádio Bandeirantes, ao lado de José Silvério. Ulisses Costa narrava a partida de Mirassol. A maior da história do clube da cidade a 453 km da capital. O pior tempo da nossa vida desde 26 de agosto de 1914 do time a anos-escuros do Campeão do Século XX.

Nunca o Palmeiras sofreu seis gols em um só tempo.

Gilson Kleina não perdia havia 11 jogos no Paulistão. O time estava desfalcado de 6 titulares para enfrentar uma equipe a apenas dois pontos da zona da degola (e que acabaria rebaixada ao final daquele SP-13): os zagueiros Vilson e Henrique, o volante Souza, o meia Valdivia, e os atacantes Maikon Leite e Kleber “Displicente” (um dos melhores apelidos da história da torcida do Palmeiras) estavam fora do time que à época também disputava a Libertadores-13. Além dos titulares, os zagueiros reservas Leandro Amaro e Maurício Ramos (cortado da equipe no vestiário por desarranjo intestinal) também estavam fora. Por isso Kleina teve de optar pelo jovem Marcos Vinícius na zaga. Ele estreava no clube aos 19 anos. Ao todo eram 13 jogadores indisponíveis naquela noite de um elenco que parecia ser composto por 35 reservas. Um Palmeiras muito mais B que A. Não por acaso disputando a Série B do BR daquele ano.

Certamente, e não por culpa de Marcos Vinicius apenas, a pior estreia em então 98 anos de Palmeiras. Com 37 SEGUNDOS de jogo, o atacante André Luís fez o que quis com o lateral-esquerdo Juninho (o que não era tão difícil), e cruzou para a área. O zagueiro-esquerdo Marcos Vinícius, em seu primeiro lance pelo clube, tentou cortar e cabeceou contra a meta de Fernando Prass, que não tinha o que fazer.

1 a 0 Mirassol.

O jovem zagueiro do então recém-extinto Palmeiras B (que merecia se perder pelo nome) ficou naturalmente desnorteado. E o time foi junto. Aos 9, bela tabela no meio da zaga deixou Caion livre para fuzilar Prass, enquanto o experiente zagueiro André Luiz e Marcos Vinícius não se achavam em campo.

0 a 2.

Dois minutos depois, aos 11, Tiago Luís lançou da intermediária do Mirassol a bola para Caion ganhar em velocidade do volante Márcio Araújo, que estava no mano a mano com o atacante. Na saída de Prass ele tocou por cima. Tiago Luís que, quando lançado pelo Santos, ganhou capa no MARCA da Espanha sendo saudado como “Novo Messi”.

0 a 3.

O Palmeiras parou de errar atrás e se mandou à frente. Num desses ataques, Ronny (que substituíra Charles, um dos três volantes iniciais de Kleina) cruzou para o centroavante Caio Mancha diminuir, de peixinho. Aos 22, o nosso primeiro gol.

E tinha mais! Aos 30, logo depois de grande lance de Juninho pela esquerda, o Palmeiras retomou a bola, o volante Leo Gago buscou o meia-atacante Ronny que dominou e girou para a meta. O goleiro Gustavo Silva aceitou. Encostamos!

Mas tinha menos… Aos 38, falta desnecessária de Márcio Araújo no ótimo Camilo (meia que brilharia no Botafogo em 2016, e que sempre jogou bem contra o time do coração dele, e também do NOSSO PALESTRA…). Falta que Leomir bateu bem de canhota, e Prass não conseguiu chegar.

2 a 4.

Aos 42, o Mirassol bateu uma falta lá da esquerda. A bola foi invertida para Medina. Juninho errou com a maturidade de um teletubbie o tempo de bola. O meia do Mirassol ganhou o lance e só encobriu Prass.

2 a 5.

Aos 46, mais um lançamento desde o campo de defesa do adversário. Camilo arrancou sozinho, driblou Weldinho que estava na cobertura, e fez belo gol contra o aparvalhado sistema defensivo palmeirense.

2 a 6.

No segundo tempo, um gol mal anulado de Caio, duas boas chances com Wesley, e o apito final.

Foi a primeira vitória do Mirassol em casa contra um dos grandes. E continua sendo desde então. A nossa pior em um tempo, a melhor do Mirassol em todos.

No meu blog à época no LANCENET!, terminei o texto do jogo assim:

“Fim de segundo tempo. Ao menos o Palmeiras não levou mais gols. Parecia que o rival respeitava mais o clube que muita gente lá dentro.

O que fazer?

O Corinthians perdeu para o Tolima em 2011 e manteve Tite. Campeão brasileiro, sul-americano e mundial em menos de dois anos.

O Atlético Mineiro perdeu de seis para o Cruzeiro quando poderia rebaixar o rival, em 2011. Manteve Cuca e o elenco, e pode ganhar muito em menos de dois anos. (E seria campeão da América meses depois).

O Palmeiras perdeu de 7 a 2 para o Vitória. Manteve Jair Picerni, subiu bonito para a Série A em 2003 e, em parte, se reencontrou.

Gilson Kleina não é o problema. Também não tem sido a solução.

O que fazer?

Como muitos no Palmeiras, não sei.”

Mas esses mesmos que haviam assumido o Palmeiras que vinha sumindo souberam e ajudaram a reencontrar o clube que estava perdido e se perdendo e nos perdendo.

Neste sábado, cinco anos depois, voltamos a ser Palmeiras.

Conhecer e reconhecer nossas quedas é essencial.

PALMEIRAS: Fernando Prass; Weldinho (Ayrton), André Luiz, Marcos Vinícius e Juninho; Márcio Araújo, Charles (Ronny) e Leo Gago (João Denoni); Wesley; Leandro e Caio Mancha. TÉCNICO: Gilson Kleina.

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