Amarcord: Palmeiras x São Caetano, velhos e bons tempos – 00/01

O Palmeiras recebe o São Caetano nesta segunda-feira (5) pela décima rodada do Campeonato Paulista. Será a primeira vez que o Verdão encara o Azulão em sua nova casa. O time do Grande ABC sofre para se manter na primeira divisão da elite paulista e sobrevive com as glórias e recordações de um passado nem tão distante assim.

Palmeiras e São Caetano fizeram duelos épicos entre os anos 2000. O Azulão sempre teve uma ótima relação com o clube de Palestra Itália, chegando a alugar o Parque Antarctica para diversos jogos importantes da sua trajetória, como a final da Copa João Havelange de 2000.

Os clubes também eram parceiros em contratações. São vários os atletas que despontaram no Grande ABC, e que depois vestiram a camisa do Palmeiras. Casos de Magrão, Claudecir, Daniel, Dininho e Adãozinho. Jair Picerni, técnico que apareceu para o Brasil no São Caetano, também comandou o Palmeiras na campanha da conquista da Série B em 2003.

Palmeiras e São Caetano já chegaram a se enfrentar pelas oitavas-de-final da Copa Libertadores de 2001, quando o alviverde só conseguiu eliminar o time do ABC nos pênaltis, em um duelo épico. Um ano antes o São Caetano tirou o Palmeiras da Copa João Havelange, época que o time só foi parado pelo Vasco de Eurico Miranda na grande final.

Eu, como cidadão Sulsancaetanense, tenho ótimas recordações dos encontros entre as duas agremiações. Lembro também da maior chuva que eu já tomei em um estádio de futebol, ainda em 2007 no Anacleto Campanella. O Palmeiras derrotou o São Caetano por 2 a 1 com uma atuação magistral de Valdívia e gol do falecido atacante Alemão.

É triste que por seguidas más administrações e pela falta de compromisso da cidade com o esporte, hoje a Associação Desportiva São Caetano virou uma equipe pequena do nosso estado, ficando até sem divisão nacional.

Ainda bem que o youtube existe e deixa a gente matar um pouco da saudade do pequeno Gigante Azulão. Que a bengala não caia de vez e que o clube tenha forças para se reerguer. O povo da cidade agradece!

*O Amarcord é um quadro que é sempre escrito por Mauro Beting. Hoje abrimos uma exceção para o nosso repórter Gabriel Amorim, que também sabe muito sobre o Azulão!