Arquivos tag-Dia do Goleiro - Nosso Palestra https://nossopalestra.com.br/assunto/tag-dia-do-goleiro/ Palmeirenses que escrevem, analisam, gravam, opinam e noticiam o Palmeiras. Paixão e honestidade. Mon, 26 Apr 2021 16:57:09 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.5.3 De Primo a Weverton, a história da centenária Academia de Goleiros do Palmeiras https://nossopalestra.com.br/palmeiras/colunas/de-primo-a-weverton-a-historia-da-centenaria-academia-de-goleiros-do-palmeiras/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/colunas/de-primo-a-weverton-a-historia-da-centenaria-academia-de-goleiros-do-palmeiras/#respond Mon, 26 Apr 2021 12:18:32 +0000 https://nossopalestra.com.br/?p=31026

A trajetória, o presente e o futuro da principal escola de goleiros do Brasil

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Algo raro no futebol brasileiro, a aposentadoria do número da camisa de um ou mais jogadores representa algo simbólico para demonstrar respeito à passagem de ídolos. No Palmeiras, essa tradição é válida com a camisa 12, canonizada com São Marcos, e aposentada da utilização de goleiros.

Mais do que a camisa 12, a 1 também representa muito dentro do clube. Se na maioria das equipes a camisa 10 é o símbolo supremo de uma atleta, no Palmeiras essa responsabilidade é dividida com a vestida pelo arqueiro. O Alviverde sempre teve grandes goleiros que marcaram época e uma tradição inegável de revelar jogadores excepcionais para defender sua própria meta.

INÍCIO AINDA COMO PALESTRA

A história dos goleiros palmeirenses se inicia com José Stillitano. Nascido ainda no século XIX, Stillitano entrou para a história por ter atuado como goleiro da história do Palestra Itália. No dia 24/01/1915, contra a equipe do Savóia, em Votorantim, o arqueiro só não foi o primeiro número um por que a numeração para atletas só aconteceria no final dos anos 1940. Emprestado pelo Paulistano, o jovem de 17 anos não decepcionou e não sofreu nenhum gol na partida que terminou com vitória do Palestra por 2 a 0.

No entanto, o primeiro ídolo e marco zero para a Academia de Goleiros é Primo. Nascido na Itália, a ligação do arqueiro com o Palestra ia além das quatro linhas. Como de costume na sociedade paulistana da década de 1910, a instituição era uma forma de ligação pessoal dos imigrantes com a Itália. Torcedor do clube, ele chegou ao Palmeiras em 1918, se retirando apenas quando se aposentou, em 1927.

Titular na equipe que conquistou o Campeonato Paulista de 1920, o primeiro título do clube, Primo Zanotta realizou uma das grandes façanhas da história alviverde. Disputando um jogo extra diante do Paulistano – na época tetracampeão paulista – o Palestra venceu o gigante paulista por 2 a 1, e ficou com o título estadual. Primo, foi um dos grandes responsáveis pelo placar, parando o centroavante e um dos melhores atletas brasileiros de todos os tempos, Arthur Friedenreich.

Com Primo no gol, imagem publicada pelo jornal São Paulo Esportivo mostra o Estádio da Floresta lotado na decisão do Paulista-1920 (Acervo Histórico/Palmeiras)

Mesmo italiano, foi o primeiro goleiro palestrino a ser convocada pela Seleção Brasileira, sagrando-se campeão do Sul-Americano de 1919 (atual Copa América. Ainda foi campeão paulista de maneira invicta em 1926 e levantando a taça também no ano de sua aposentadoria, em 1927. Ao todo, somou 185 jogos com o uniforme, sendo 134 vitória e 20 empates.

AS MAÕS DE OBERDAN:

Poucos jogadores se identificam tanto com um clube como Oberdan Cattani no Palmeiras. Filho de pai italiano e mãe brasileira, o arqueiro desde a juventude era torcedor da equipe. De boa estatura, mãos grandes e envergadura maior do que os demais, Oberdan naturalmente era goleiro em sua cidade, Sorocaba.

Atuando por Sete de Setembro, Fortaleza, Estrada e até disputando amistosos com a camisa do tradicional São Bento, o futuro camisa 1 do Palestra e Palmeiras recebeu sondagens do Corinthians, mas seu coração recusou.

Atleta e caminhoneiro, constantemente assistia jogos do Palestra no Parque Antarctica, devido as constantes viagens com a carreta para a capital. Em 1940, enfim conseguiu um teste no clube, ao lado de mais 15 goleiros. Aos 20 anos, foi o último a ser testado, mas o único aprovado entre todos. Um fenômeno.

Sem Jurandyr, ídolo de Oberdan, nem o titular e tampouco o reserva da equipe passavam confiança para a meta palestrina. Treinando na equipe de aspirantes, estreou em outubro de 1940 no segundo quadro, realizando seu primeiro jogo na equipe principal apenas no estadual de 1941.

A partir deste momento se firmou como titular e construiu uma bela história vestindo o uniforme. Em 1942, Oberdan testemunhou o fim do Palestra Itália e o surgimento do Palmeiras. Primeiro a entrar em campo segurando a bandeira do Brasil no dia da Arrancada Heroica, o arqueiro foi o titular na decisão do Campeonato Paulista daquele ano, com uma vitória por 3 a 1 sobre o São Paulo.

Sempre com espírito de liderança, ainda conquistaria os Campeonatos Paulistas de 1944 e 1947; além das cinco coroas, compostas pelos títulos do Paulista de 1950, Taça Cidade de São Paulo 1950 e 1951, a Taça Rio e o Rio-São Paulo de 1951.

Oberdan entre em campo com a equipe (Acervo Histórico/Palmeiras)

Aos 35 anos, sofreu a maior injustiça da história do Palmeiras. Após 351 partidas, sem maiores explicações, foi desligado do clube. Acertou com o Juventus para a disputa do Campeonato Paulista de 1954, torneio que ainda reservava outro episódio marcante. Atuando duas vezes contra o Verdão, Oberdan saiu as duas vezes derrotado dentro de campo, mas aplaudido pela torcida. Poucos eram tão Palmeiras como Oberdan Cattani.

AS ACADEMIAS COMEÇAVAM COM BONS GOLEIROS

Quatro anos após a saída de Oberdan, e sem que outro goleiro tivesse se firmado, o clube trouxe Valdir Joaquim de Moraes, ex-Renner, do Rio Grande do Sul. Com apenas 1.70m de altura, compensava sua pouca estatura com muita impulsão. Além disso, contava com muita elasticidade, boa colocação, reflexo apurado e ótima reposição de bola. Foi um dos goleiros mais completos de sua geração.

No dia 16 de maio de 1968, mais um vice-campeonato de Libertadores selou o fim da gloriosa trajetória no Verdão. Após ser campeão do Campeonato Paulista em 1959, 1963 e 1966; Campeonato Brasileiro em 1960, 1967 (Torneio Roberto Gomes Pedrosa) e 1967 (Taça Brasil) e Torneio Rio-São Paulo em 1965, a última vez que Valdir atuou pelo clube foi na derrota por 2 a 0 para o Estudiantes de La Plata, resultado que deu o título aos argentinos.  

Porém, além do trabalho dentro de campo, fora das quatro linhas Valdir foi o precursor da preparação exclusiva para a posição de goleiro, que ajudou a profissionalizar a área e revelar nomes como Marcos, Zetti e Velloso, anos depois.

Valdir Joaquim de Moraes em treino no Palestra Italia (Foto: Divulgação/Palmeiras)

Já formando um novo elenco, chamada de Segunda Academia, em 1969, o Palmeiras comprou Emerson Leão, de 20 anos, do Comercial de Ribeirão Preto. Assim que chegou ao novo clube, Leão mostrou muita técnica, e pouco tempo depois passou a figurar a Seleção Brasileira. No Verdão, Leão formou uma das maiores defesas da história do clube ao lado de Eurico, Luís Pereira, Alfredo e Zeca. Além disso, colecionou títulos enquanto esteve no Palestra Itália, entre eles os Paulistas de 1972, 1974 e 1976, os Brasileiros de 1969, 1972 e 1973.

A MALDITA DÉCADA DE 80

Sem Emerson Leão desde o final de 1978, o Palmeiras viveu, na década de 1980, seu pior momento esportivo. Mesmo assim, a posição de goleiro era uma das únicas sempre bem representadas. Tendo rumado ao Palmeiras em 1975, com 19 anos, Gilmar foi revelado com a missão de substituir Leão. Reserva do ídolo e posteriormente titular, o arqueiro disputou 288 jogos com a camisa alviverde, sendo 111 vitórias, 105 empates e 72 derrotas. O ex-goleiro permaneceu na equipe paulista até 1983, quando seguiu para o Bangu.

Em 1984, Leão retornou ao Palmeiras, onde permaneceu até 1986, ano que disputou a Copa do Mundo de México. Deixando Parque Antarctica ao final da temporada 1986, e seu reserva, Martorelli não parecia agradar a todos. Após ganhar rodagem com empréstimos, Zetti, segundo goleiro após a saída do ídolo Emerson Leão assumiu o posto como titular, no dia 05 de abril de 1987. Apesar da derrota por 1 a 0 diante do São Bento, nesse mesmo jogo, o goleiro iniciou uma sequência de 1 238 minutos sem sofrer gols, que só seria interrompida pelo zagueiro e ídolo do Palmeiras, Luís Pereira, do Santo André.

Em 1988, ainda defendendo o Palmeiras, Zetti quebrou a perna numa disputa de bola com Bebeto, no dia em 17 de novembro. Afastado por diversos meses, quando retornou encontrou a meta ocupada por Velloso. Sem espaço, comprou seu próprio passe foi para São Paulo em 1990.

Cria das categorias de base, Velloso teve a chance no gol do time principal justamente com o técnico Emerson Leão, após lesões de Zetti e Ivan, o primeiro reserva. Destaque da equipe alviverde no Paulistão de 1989, competição na qual o Palmeiras foi eliminado pelo azarão Bragantino, então comandado por Vanderlei Luxemburgo, o jovem de 22 anos chegou a ter oportunidade na seleção brasileira, já em 1990, mas não aproveitou bem a oportunidade. Em declínio, foi emprestado ao União São João de Araras, sua cidade natal, em 1992.

ERA PARMALAT

Mesmo com a injeção de dinheiro da Parmalat, o gol era um local onde investimento nenhum seria maior do que a qualidade da Academia de Goleiros. Após um ano de transição com diversas mudanças em 1992, a temporada de 93, a primeira com a multinacional estando no clube desde o primeiro dia do ano, foi para firmar a base no gol alviverde. Com Velloso retornando de empréstimo e posteriormente emprestado novamente, o jovem Sérgio foi o encarregado de defender a meta.  

Com 22 anos, Sergio estreou no gol alviverde em uma partida amistosa, no dia 21 de junho de 1992, diante da Matonense. Em 1993, graças a uma contusão de Velloso ainda no início do estadual, Sérgio entrou para a história como o goleiro titular da equipe palmeirense que derrotou o Corinthians na final do Campeonato Paulista, quebrando um jejum de 16 anos sem títulos. Ainda na mesma temporada, seria titular também na conquista do sétimo Campeonato Brasileiro do clube, além do quinto Rio-São Paulo.

Saindo em 1995, Sergio retornou para uma segunda passagem, entre 1999 e 2006. Quinto goleiro a mais vestir a camisa do Palmeiras, com 333 aparições, foi o reserva de Marcos, além de grande amigo do pentacampeão fora de campo.

O histórico time de 1993 (Foto: Divulgação/Palmeiras)

Retornando ao Palmeiras em 1994, Velloso buscou novamente a titularidade, e não largou mais. Campeão Paulista e Brasileiro em 1994, o goleiro ainda seria o dono da 1 no eterno time dos cem gols, no Paulistão de 1996, e da conquista da Copa do Brasil e Mercosul, em 1998. Titular também no início de 1999, o guarda redes da meta palestrina sofreu uma lesão durante um rachão, no treino.

SANTIFICADA SEJA SUAS MAÕS

A lesão de Velloso possibilitou a entrada de um santo. Reserva desde 1996 – até mesmo com uma passagem pela seleção – Marcos esperava desde 1993 uma sequência. Reserva ao lado de Sérgio, foi escolhido para assumir a titularidade devido ao ritmo de jogo, já que atuava com os aspirantes.

Titular desde o dérbi da fase de grupos, foi nas quartas de final do torneio que o goleiro palmeirense se consagrou: na decisão por pênaltis contra o Corinthians, defendeu a cobrança de Vampeta e garantiu o Verdão na fase seguinte da competição. Na semifinal, o Palmeiras eliminou o River Plate, após duas atuações de gala do camisa 12. Na final, novamente Marcos brilhou e ainda contou com a sorte nas disputas de pênalti. Vendo o chute de Zapata rumar para fora, o camisa 12 se eternizava como santo. O São Marcos de Palestra Italia.

No ano seguinte, em 2000, novamente o destino colocou Palmeiras e Corinthians frente a frente no torneio continental. Após dois duelos eletrizantes nas semifinais, mais uma vez a vaga foi decidida nos pênaltis. Todos haviam convertido suas cobranças, até que Marcelinho Carioca, ídolo do Timão, cobrou no canto direito de Marcos, que voou para fazer a defesa e levar o Alviverde à final da competição.

Marcos comemora a defesa em pênalti de Marcelinho Carioca (PAULO WHITAKER)

Pentacampeão com a Seleção Brasileira, recusou o Arsenal, da Inglaterra, para ficar no Palmeiras mesmo com o clube na Série B. Retornando em 2004 para a elite do futebol nacional, Marcos iniciou um grande calvário entre bons momentos e lesões.

Campeão Paulista de 2008 e importante na Libertadores de 2009, Marcos aos poucos foi deixando de atuar, até se aposentar no final da temporada 2011. Com 533 jogos, só perde para Leão em goleiros com mais partidas pelo clube.

RECORRÊNCIA AO MERCADO DA BOLA

Sem Marcos e sem as estruturas necessárias nas categorias de base, nem Deola e nem Bruno empolgavam para serem os sucessores do Santo, mesmo com Bruno sendo decisivo na conquista da Copa do Brasil de 2012. Recorreu, assim, ao mercado da bola para contratar alguém que estivesse à altura da posição. Primeiro goleiro contratado pelo Palmeiras desde o paraguaio Gato Fernández em 1993, Fernando Prass chegou ao Palestra Italia em 13 de dezembro de 2012 e, depois de sete temporadas, despediu-se do clube na posição de ídolo.

Símbolo de reconstrução, Prass chegou ao Palestra Italia em um momento de incertezas. Rebaixado à Série B, o Alviverde passava por um período de reestruturação, na qual o arqueiro foi fundamental. Campeão da segundona em 2013, o camisa 1 evitou uma nova queda em 2014 e, já com patrocínio da Crefisa, estampou seu nome de vez na história, batendo o último pênalti na final da Copa do Brasil 2015, diante do Santos.

Campeão em 2015, viveu seu auge em 2016. Melhor jogador do Palmeiras, foi convocado para a Seleção Olímpica, mas uma lesão o tirou de combate. Substituído por Jailson na meta palestrina, entrou em campo novamente apenas na 37ª rodada do Campeonato Brasileiro, jogo que marcou a comemoração do nono título brasileiro ao Porco.

Prass comemora o título diante do Santos, pela Copa do Brasil (Foto: Ari Ferreira/Lancepress!)

Em 2018 foi a vez de novamente o Palmeiras ir ao mercado, buscando o já experiente Weverton. Titular com menos de um ano de casa e desbancando o ídolo Fernando Prass, o camisa 21 construiu sua história dentro do clube. Campeão Brasileiro de 2018, o goleiro retornou à seleção com suas boas atuações e entrou de vez na história do Palmeiras na temporada de 2020. Com a segunda menor média de gols sofridos, foi campeão Paulista, da Copa do Brasil e da Libertadores.

PRESENTE E FUTURO

Com Vinicius Silvestre, reserva imediato de Weverton ganhando espaço no início desta temporada, o Palmeiras tenta resgatar tradição da Academia de Goleiros formadora de atletas.

Além do camisa 1, o atual elenco da base também parece seguir os passos para que novamente se crie arqueiros dentro do clube. Com Natan, Kaique, Mateus e Bruno efetivados no sub-20, os quatro carregam histórias interessantes dentro do Verdão.

Mais jovem entre os quatro, Kaique entrou na história do clube na final do Campeonato Paulista Sub-20 de 2020. Entrando apenas para as cobranças de pênaltis, o jovem da geração 2003 defendeu três cobranças e foi o herói do tetracampeonato, diante do Corinthians, no Parque São Jorge. A estratégia também havia sido usada nas semifinais, na qual o goleiro defendeu uma cobrança.

Kaique defendeu três cobranças de pênalti na final do Paulistão Sub-20 (Foto: Fabio Menotti/Palmeiras)

O gigante Natan, de 2 metros de altura, também 2003, foi considerado o melhor goleiro do Campeonato Brasileiro Sub-17 de 2020, competição na qual o Palmeiras foi eliminado nas quartas de finais. Jogador mais alto entre todos os atletas palmeirenses, o camisa 1 é figura constante nas seleções de base.

Além da dupla, Mateus e Bruno Carcaioli fecham o quarteto. Captado pelo Palmeiras em 2016, o jovem Mateusão defende a equipe sub-20 e praticamente ocupa a vaga de quarto goleiro do profissional. Com a lista de inscritos da Copa Libertadores ampliada em função da pandemia de covid-19, o jogador foi registrado na lista campeã de 2020, ficando no banco de reservas no duelo diante do Delfin, no Equador. Já Bruno é quem está a mais tempo no Verdão entre eles e coleciona diversas conquistas, como os Paulistas Sub-15, Sub-17 e Sub-20, Mundial de Clubes Sub-17, Copa do Brasil Sub-17 e Supercopa Sub-17.

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Dia dos meus goleiros https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/dia-dos-meus-goleiros/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/dia-dos-meus-goleiros/#respond Fri, 26 Apr 2019 19:48:44 +0000 https://nossopalestra.com.br/2019/04/26/dia-dos-meus-goleiros/

Eu sempre fui ruim com a bola nos pés. Mas me virava por ser alto e fortinho com ela nas mãos. Fui bom goleiro de campo, salão, soçaite, handebol e até polo aquático. Melhor ainda por ter autocrítica para não jogar na linha. E por realmente gostar de ser goleiro. Desde que lembro das coisas, […]

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Eu sempre fui ruim com a bola nos pés. Mas me virava por ser alto e fortinho com ela nas mãos. Fui bom goleiro de campo, salão, soçaite, handebol e até polo aquático. Melhor ainda por ter autocrítica para não jogar na linha. E por realmente gostar de ser goleiro.
Desde que lembro das coisas, com 5 anos. Quando via o goleiro do meu time e da nossa Seleção jogando. Leão. Não tinha como não o ter como ídolo que depois virou colega e amigo.
Não tinha como nao ser ainda mais palmeirense pelo que meu pai me contava de Primo, Nascimento, Jurandir (como o meu tio Jura que também era goleiro dos ótimos), Oberdan, Fábio, Laércio.
Não tinha como não ser ainda mais goleiro com o que me ensinou meu pai no ofício Valdir plural de moral.
Mestre dos concorrentes Picasso, Maidana e Perez. Tutor de Leão, Benítez, Gilmar, João Marcos, Zetti, Velloso, Carlos, Sérgio e Fernández.
Seu Valdir e Carlão Pracidelli são os da casa que fizeram os milagres de São Marcos que contei em livro, também porque Sergião o defendeu na casa dele.
Padroeiro do mais torcedor dos goleiros – Bruno. Mentor de Diego e de todos que chegaram para a Academia de Goleiros do Palmeiras como Prass, Jailson e Weverton que ganharam um Oscar de efeitos e defesas especiais para os treinar.
Hoje não é só Dia do Goleiro. É de quem melhor nos defende. É de quem mais me inspira para defender minhas ideias e nosso clube.
O Verdão para mim é tudo e sempre começa com outras cores. A dos caras que catam. Nossos números um e 12. Únicos. Plurais como Marcos. Singular como 1.
Obrigado, ídolos e amigos. Nosso time sempre começa com vocês. Minha profissão começou por vocês.

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Valdir de Moraes, Leão, Velloso, Prass e Jaílson revelam histórias no Dia do Goleiro https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/dia-do-goleiro/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/dia-do-goleiro/#respond Thu, 26 Apr 2018 14:00:37 +0000 https://nossopalestra.com.br/2018/04/26/dia-do-goleiro/ “Ser goleiro é jogar um jogo coletivo de forma quase individual e depois de uma grande defesa, ainda que não te agradeçam, você saber que é tão ou mais importante que o artilheiro do seu próprio time”. A frase acima não tem o seu autor conhecido. Porém, é inegável que foi dita ou escrita por alguém […]

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“Ser goleiro é jogar um jogo coletivo de forma quase individual e depois de uma grande defesa, ainda que não te agradeçam, você saber que é tão ou mais importante que o artilheiro do seu próprio time”.

A frase acima não tem o seu autor conhecido. Porém, é inegável que foi dita ou escrita por alguém que sabia muito bem a importância do goleiro dentro de um time. Tão importante o goleiro é, que trata-se do único jogador de futebol a ter uma data exclusiva para celebrar. Criado em homenagem ao ex-arqueiro Haílton Corrêa Arruda, o Manga, que defendeu a Seleção Brasileira na Copa do Mundo de 1966, o dia é comemorado em todo 26 de abril, numa referência ao aniversário do ex-atleta, que hoje está com 80 anos e mora no Equador.

O homenageado nunca chegou a vestir a camisa do Palmeiras. Mas certamente tem um carinho especial pelo Clube que é o melhor formador de bons goleiros da história do futebol brasileiro. Da renomada escola alviverde saíram nomes como Oberdan Cattani, Emerson Leão, Velloso, São Marcos e outros. Além desses ícones, o Palmeiras tratou de transformar Valdir de Moraes, Fernando Prass e Jaílson, todos vindos de fora, em verdadeiros ídolos da torcida.

No alto dos seus 86 anos, Seo Valdir de Moraes disponibilizou um tempo do seu dia para falar com o Nosso Palestra sobre o que o motivou a se tornar goleiro, e como transformou-se em um dos maiores nomes da história do Palmeiras, sendo, inclusive, o camisa 1 da primeira Academia de Futebol do Clube.

Foto: Palmeiras/Divulgação

“A minha maior inspiração foi o meu pai. Ele atuava em times amadores do Rio Grande do Sul, onde nasci, e conversávamos bastante sobre a posição. Quando garoto, em toda brincadeira eu corria para o gol. Achava uma posição independente das demais”, conta ele. “Aí, com o tempo, me tornei juvenil do Renner, de Porto Alegre, onde também me profissionalizei. Então com 27 anos, o Oswaldo Brandão, que também era gaúcho e, em 1958, era o técnico do Palmeiras, viu uma partida minha e disse que queria me contratar. A partir daí, a minha carreira decolou”, detalha ele.

Arqueiro do Palmeiras por dez anos, Seo Valdir revela que Barbosa, goleiro da Seleção Brasileira na Copa do Mundo de 1950, disputada no Brasil, era o seu maior ídolo. “Ele foi condenado pelo Brasil inteiro por conta do gol na final da Copa do Mundo, contra o Uruguai, mas por mim não. Aprendi muito assistindo ao Barbosa. Não chegamos a jogar juntos, mas conversávamos e ele me ensinou demais”.

Questionado sobre o que o Clube representa na sua vida, Seo Valdir é objetivo: “O Palmeiras é o responsável pela minha carreira. Se não fosse o Palmeiras, eu seria apenas mais um goleiro. Quando cheguei aqui ninguém me conhecia. Só o Oswaldo (Brandão). Hoje, todos sabem quem é Valdir de Moraes”, completa ele.

PALMEIRAS PROFESSOR

Natural de Ribeirão Preto, Emerson Leão também foi ouvido pelo portal e explica que não escolheu ser goleiro. Ele foi escolhido pela profissão. Tanto que quando criança não tinha um ídolo específico. Quem mais se aproximou de inspirá-lo na posição foi Oberdan Cattani, pela admiração que seu pai, palmeirense legítimo, tinha pelo jogador.

Foto: Palmeiras/Divulgação

“Na infância, sempre que ia brincar nas peladas, eu jogava em todos os lugares do campo. Acontece que comecei a gostar de ver o futebol como goleiro, que é quase sempre um injustiçado. É um solitário na hora de comemorar o gol do próprio time, e que depende apenas dele para ir bem numa partida”.

“Sobre o meu ídolo, a verdade é que goleiro do interior não tinha acesso à televisão. O rádio, na época, era coisa de adulto. Então, todo mundo na Cidade admirava os atletas de Comercial e Botafogo. É claro que por ser filho de italianos e morar no interior sempre que fazíamos vaquinha para comprar jogos de camisa, o uniforme escolhido era o do Palmeiras. Aí, por toda a influência do meu pai, admirava o Oberdan”.

Anos mais tarde, o uniforme de jogo não era mais aquele comprado com o dinheiro da vaquinha entre amigos. Mas sim o do próprio clube, que, segundo Leão, foi o responsável por sua formação profissional, e o responsável por sua formação como homem.

“Eu cheguei no Palmeiras muito jovem, com 15 anos. Então, o Palmeiras foi um pouco de professor na minha vida profissional e pessoal. Foi dentro do Clube que aprendi a ser homem de caráter, a respeitar os princípios das outras pessoas e a ouvir os mais velhos que me orientavam. Portanto, costumo dizer que falar do Palmeiras é mais fácil para mim. Foi lá dentro, por exemplo, que conheci a minha mulher, quando ela tinha 15 anos e com quem estou casado há 41. É um lugar que representa demais na minha vida”.

FÃ DE LEÃO

Foto: Agência Estado

Formado na escola de goleiros do Palmeiras, Velloso era o camisa 1 do time na conquista da primeira Copa do Brasil, em 1998. A inspiração para jogar sob as traves veio do pai e o do irmão, que atuavam de forma amadora na posição. “Sempre acompanhava o meu irmão, que é quatro anos mais velho do que eu, nas suas partidas e assistia tudo por trás do gol. E isso foi despertando em mim o interesse pela posição. Conversávamos muito sobre ser goleiro e posso dizer que ele foi o meu primeiro treinador, porque ficava chutando bolas para eu defender em casa”, revela.

O jogador em que Velloso se espelhou ao longo da carreira foi Emerson Leão. Era o goleiro alviverde das décadas de 70 e 80 que o fazia parar na frente da televisão para observar cada movimento feito dentro área.

Ter tornado-se dono da camisa que um dia foi usada pelo ídolo e também por Seo Valdir de Moraes, de quem o seu pai era fã, fez o Velloso realizar uma série de sonhos dentro da sua família. “O meu pai era palmeirense fanático e os filhos também. Para se ter uma ideia, o meu irmão se chama Valdir por causa do Seo Valdir de Moraes. Lembro de quando eramos pequenos e ele das várias vezes que ele nos levava ao Parque Antártica para assistir aos jogos. Então, quando passei a atuar como goleiro do Palmeiras realizei o sonho do meu pai, do meu irmão e o meu também”, garante o ex-jogador.

PESO E RESPONSABILIDADE

Foto: Brandão/@Click Palestra

Natural de Viamão, no Rio Grande do Sul, Fernando Prass chegou ao Palmeiras em 2013 com a missão de colocar fim nos problemas da meta alviverde, que não tinha qualquer segurança desde a aposentadoria de São Marcos. Fã do conterrâneo Taffarel, goleiro tetracampeão mundial com a Seleção Brasileira, na Copa do Mundo de 1994, Prass é um dos pilares na reconstrução pela a qual o Clube passou nos últimos anos. Aliás, dá para afirmar que ele é muito mais do que isso.

Foi por meio de suas mãos, e do seu pé direito, que, em 2015, o Palmeiras voltou a encher o seu torcedor de orgulho com o último gol marcado nas cobranças de pênaltis, na conquista da Copa do Brasil daquele ano. Questionado sobre o que significa ser goleiro do Palmeiras, Prass salientou a honra e o respeito por defender a camisa que já foi vestida por grandes nomes da história do futebol brasileiro.

“Além da responsabilidade de jogar em um clube gigante, como é o Palmeiras, existe o peso de, mesmo não sendo formado aqui, representar uma grande e histórica escola de goleiros”, afirma o atual camisa 1 palmeirense, sem deixar de comemorar o dia da sua profissão.

“Trata-se de um dia especial para uma profissão especial! Ser goleiro não é para qualquer um! Me sinto honrado e realizado por ser um destes privilegiados por viver uma vida de grandes emoções nesta posição mágica de goleiro”, discursou o arqueiro.

REALIZAÇÃO DE UM SONHO

Titular incontestável e dono de imensa moral com a torcida, Jaílson, assim como Valdir de Moraes e Velloso, teve o pai, o Seo Gerson, como inspiração para se tornar goleiro. Foi vendo as defesas dele, nas competições amadoras de São José dos Campos, que o melhor jogador da posição do Campeonato Brasileiro de 2016 decidiu levar a profissão a sério. “Eu assistia ele nos jogos e treinando e me via também ali um dia”.

Como um legítimo palmeirense, Jaílson não esconde de ninguém que é devoto de São Marcos. Por diversas vezes o goleiro já falou sobre a admiração que tem pelo pentacampeão mundial e, neste Dia do Goleiro, fez questão de enaltecer, mais uma vez, aquele que para muitos divide espaço com Ademir da Guia no posto de maior jogar da história do Palmeiras.

“Sempre assisti os vídeos do Marcão. Meu ídolo é o Marcos. Por tudo que ele fez pelo Palmeiras e pela Seleção Brasileira. É um cara que tem um caráter maravilhoso, é uma grande pessoa. Então é um grande exemplo para mim e o meu espelho no futebol”.

No Clube desde 2014, Jaílson define a sensação de defender a meta alviverde de maneira emocionante: “É uma honra e uma alegria entrar em campo para defender o Palmeiras. Sem dúvidas é a realização de um sonho e fruto de muito trabalho”, afirma Jaílson.

 

 

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https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/dia-do-goleiro/feed/ 0 La Favela è qui! Palmeiras campeão paulista de 2020 O time campeão paulista de 2020 (Foto: Cesar Greco/Ag. Palmeiras) Véspera do Dia dos Pais de 2020 e 2012 Os jovens Patrick de Paula e Gabriel Menino O jogador Patrick de Paula, da SE Palmeiras, comemora seu gol contra a equipe da AA Ponte Preta, durante partida válida pela semi final, do Campeonato Paulista, Série A1, na arena Allianz Parque. (Foto: Cesar Greco/Ag.Palmeiras/Divulgação) O defensável Weverton