Arquivos tag-Jorge Mendonça - Nosso Palestra https://nossopalestra.com.br/assunto/tag-jorge-mendonca/ Palmeirenses que escrevem, analisam, gravam, opinam e noticiam o Palmeiras. Paixão e honestidade. Tue, 30 Oct 2018 16:16:01 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.5.2 Quem vive de Palmeiras é quem tem memória https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/quem-vive-de-palmeiras-e-quem-tem-memoria/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/quem-vive-de-palmeiras-e-quem-tem-memoria/#respond Tue, 30 Oct 2018 16:16:01 +0000 https://nossopalestra.com.br/2018/10/30/quem-vive-de-palmeiras-e-quem-tem-memoria/

Haroldo é de Natal. Presente potiguar de belas praias e sol todo o ano. Ele é de 1932. Ano da revolução de São Paulo. Reviravolta mesmo foi quando ele se mudou para a capital paulista. Do sol 365 dias à terra da garoa e da fumaça. Foi em 1951. Ano das Cinco Coroas do Palmeiras […]

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Haroldo é de Natal. Presente potiguar de belas praias e sol todo o ano. Ele é de 1932. Ano da revolução de São Paulo. Reviravolta mesmo foi quando ele se mudou para a capital paulista. Do sol 365 dias à terra da garoa e da fumaça. Foi em 1951. Ano das Cinco Coroas do Palmeiras bicampeão da Cidade de São Paulo. Campeão paulista. Do Rio-São Paulo. Da Copa Rio. Quando o Palestra foi Brasil. O primeiro campeão intercontinental pelo país.

O irmão mais velho do Haroldo o levou ao Pacaembu em 1951. Ficou apaixonado pelo verde e vestiu a casaca. O fraque foi logo depois com Eunice. Prima de segundo grau do Lima que jogou em 1935 no Palestra. Tudo em família.

Nasceram duas palmeirenses. E o caçula, em 1969. O teste do pezinho foi quente. Nasceu campeão do Robertão. Com o nome do pai. Haroldo.

Em 1970 o pequeno Haroldo já torcia sem saber no Palestra. Cresceu com Leão, Luís Pereira e Leivinha. Dono da camisa 8 que sempre vestia nos jogos ao lado do pai. Ele sempre de 10. Divino da Guia.

Estavam juntos quando Ademir entrou em campo com o filho Namir pelas mãos. No jogo das faixas de 1976. 2 a 1 no Corinthians. Show e golaços de Jorge Mendonça. O herdeiro da 8 do pequeno Haroldo. Herança de pai de Natal. Presente de todos os natais dos Haroldos.

Perdeu a final para o Guarani no BR-78. Não sabia que ali se despedia do ídolo Leão. Ali começava Gilmar que era de Presidente Altino, Osasco. Onde eles foram vizinhos por 14 anos.

A alegria dos 5 a 1 de Telê em 1979. A penúria de 1980. Taça sim de Prata. Aparta o Darinta! Fila! XV? Braga? Ferroviária? Que trem é esse?

A estação só mudou em 1993. A Via Láctea da Parmalat fez os Haroldos viajarem por São Paulo. Foram em 30 jogos pelas estradas. O garoto sempre do lado direito para abraçar o pai com a mão esquerda sobre o ombro do Haroldo mais velho.

Dava sorte. Deu certo.

Lado a lado nas vacas magras do novo século até a alegria de 2004. Igual ao pênalti de Marcos de 2000. Tinha mais um palmeirense em campo. Henrique.

Assim foram os três no velho Palestra até 2010. Em 2011 perderam Eunice. Logo depois o seu Haroldo foi perdendo 1951, 1959, as Academias, a memória que só um palmeirense pode ter.

O Alzheimer fez do filho Haroldo o pai do Haroldo pai.

Assim mesmo eles iam ao Pacaembu. Esquecendo a vida. Mas a recuperando pelo Palmeiras.

O que a doença o tirava do ar, aquele mesmo verde que o acolhera em 1951 o escolhera para reavivar a família. Conta o filho:

  • Durante a semana, com a rotina, ele ficava com a cabeça baixa, e normalmente sonolento devido ao medicamento. Mas no sábado ou domingo que eu dizia que iria levá-lo ao jogo ele já mudava…

O velho Pacaembu reanimava Haroldo.

  • Na chegada ao estádio, pedia um sorvete e incrivelmente a memória ativava. A feição com sorriso e a cabeça sempre erguida.

No estádio, com o Palmeiras em campo, independente da fase brava, seu Haroldo conversava com todo mundo, dava risada de tudo, reclamava do juiz e, quando perguntado de algum jogo ou placar, respondia na hora.

O Palmeiras continuava em algum canto perdido do vovô Haroldo. Perdido, não. Ganho.

O time do coração fazia Haroldo mais Haroldo. Mais Palmeiras.

Quando o Verdão voltou para casa, em 2014, meses depois a doença o levou. Em 13 de julho de 2015. Uma semana antes ele celebrou os 4 a 0 no São Paulo, pela TV. Vibrou muito. E ainda pediu a permanência de Valdivia. Nem o chileno e nem o potiguar permaneceram.

Mas Haroldo ainda conseguiu conhecer a casa nova.

Ele voltou ao velho novíssimo lar. Com o neto foi torcer. Na foto estão mais de 60 anos de família unida pela cor e pelo credo. O filho Haroldo tirou a foto. Desta vez ele não estava do lado direito do pai. Mas havia o velho Haroldo imitando o gesto de sempre da mão no ombro esquerdo.

Não era o filho dando a mão ao pai. Era o avô dando ao neto o legado das gerações.

A memória do vovô Haroldo não era mais a mesma. Mas eu jamais vou esquecer quem eu não conheci.

Não é preciso ser Palmeiras para entender uma tradição de família. Basta ser torcedor para sacar que o código genético ainda não foi decifrado. Mas a genética futebolística não precisa de explicação.

É só ir a um estádio. Qualquer um. É só ensinar uma camisa, um hino, uma bandeira, alguns nomes.

O seu bastão foi passado. Basta.

Obrigado, vovô Haroldo, pelo Haroldo e pelo Henrique.

Ali é Palmeiras. Aqui é a memória.

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Os gols de Palmeiras 2 x 1 Corinthians, SP-76, na Band RelacionadasApós Paulistão, quarteto assume liderança de maiores campeões pelo PalmeirasVeja quando Dudu volta aos gramados pelo PalmeirasVeja quem Palmeiras enfrenta pela terceira fase da Copa do BrasilNão era mais Academia. Mas ainda era o Palmeiras de Leão, Edu, Nei, Dudu no banco, e no […]

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Os gols de Palmeiras 2 x 1 Corinthians, SP-76, na Band

Não era mais Academia. Mas ainda era o Palmeiras de Leão, Edu, Nei, Dudu no banco, e no campo a divindade de Ademir da Guia, em uma de suas melhores fases. Time dos recém chegados Jorge Mendonça e Toninho fazendo gols, o recém revelado Pires fazendo a de Dudu na cabeça e no coração da área, o ótimo Rosemiro na reserva de Valdir, e a zaga eficiente com Samuel, Arouca e Ricardo completando o time campeão paulista de 1976. O da foto no jogo das faixas, no Morumbi, em 22 de agosto, contra o Corinthians, fechando a bela campanha no returno.

2 a 1 neles. 2 a 0 com 12 minutos. O segundo gol, um espetacular de Mendonça, depois de drible da vaca no goleiro Sérgio, entrando com bola e tudo na meta rival, sendo chutado pelo Ademir deles. Nada divino.

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O jogo das faixas de 1976. Quando Dudu não pôde jogar alguns minutos para encerrar a carreira porque no Palmeiras não registraram o contrato dele. O primeiro jogo em que os rivais levaram uma bandeira com um porco e gritando aquele “porcoooooo” que tanto nos irritou por 10 anos.

Na prática, foi o primeiro jogo da fila sem títulos. A ser quebrada 16 anos no mesmo campo. Contra o rival de sempre.

Paulista de 1976 que ganhamos antecipado no jogo anterior, vencendo o bom XV de Piracicaba (que acabaria vice) em 18 de agosto. Palestra lotado como nunca antes e nem depois. Mais de 40 mil oficiais. Um monte a mais de fato entre amadores do “Verdão campeão, ano sim, ano não”, como se sabia então.

O gol de Jorge Mendonça, na Jovem Pan, com imagens da Band

Em 1977 foi tão “não” que o maior rival acabou com 22 anos de jejum – 25 dias depois da ascensão de Ademir da Guia a outros campos. Em 1978 foi “não” mas foi vice brasileiro. Em 1979 tinha de ser ao menos campeão paulista pelo bolão que jogou, e por terem jogado as finais pra depois de 1980. O ano mais “não” até então. Só 16º no Paulista. Taça de Prata-81. Não! 1982 de novo alijado da primeira divisão! Nããão! 1983 foi Palmeiras como Palmeiras. Mas acabou como aquele Palmeiras dos 80: nãããããão…

1984 parou no doping. 1985 no XV de Jaú. Vai tomar…!

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Na Inter de Limeira em 1986. Tomar no meio das pernas em 1987. 1988 o Palmeiras fez gol pro rival se classificar. 1989 fez tudo certo até morder cachorro em Bragança. 1990 quebrou troféu depois da Ferroviária. Em 1991 perdeu pro regulamento burro do Paulista. Em 1992 começou a época das vacas gordas da Parmalat.

Em 1993, a Via Láctea estrelou o Dia dos Namorados.

Pelo 12 de junho valeu 16 anos de espera. Mas naquela noite de 18 de agosto há 41 anos, depois do gol de Jorge Mendonça, não havia naquele Palestra cheio, ou em qualquer parte do país que foi nosso mais do que qualquer um no século XX, quem pudesse imaginar a longa noite sem Palmeiras.

Quando acabou o jogo contra o XV, visto pela TV por causa do trabalho do meu pai, ele abriu um vinho, fomos dormir cedo, é só. Tinha aula no dia seguinte. Rotina tão sabida como Palmeiras campeão. Celebrei na escola. Zoei amigos. Fui com a camisa por baixo do uniforme. Mas era sempre assim. Não “precisava” celebrar tanto. Em 1978, “ano sim”, teria mais…

É…

Mas quer saber? Eu esperaria 16 anos de novo por 12 de junho. E sei que muitos pensam, ou melhor, sentem assim. E sei que muitos, do lado alvinegro da força, não admitem, mas “sim”.

Por isso que campeonato sim, torneio sim, tome vinho sem moderação, tome fôlego e toda a alegria para celebrar não só conquistas. A rotina também. Quem sabe o que vai ser amanhã?

A única certeza dos 40 mil de 41 anos atrás, dos milhões desde então, é que todo dia é motivo não para comemorar título. É para celebrar Palmeiras.

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O começo da fila: campeão paulista, 18/8/1976 https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/comeco-fila-campeao-paulista-1881976/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/comeco-fila-campeao-paulista-1881976/#respond Fri, 18 Aug 2017 13:30:52 +0000 https://nossopalestra.com.br/2017/08/18/comeco-fila-campeao-paulista-1881976/

Jorge Mendonça subiu no segundo pau e fez o gol da vitória e do título antecipado do SP-76. Falta cruzada por Edu da ponta direita, o ex-goleiro palmeirense Doná saiu mal, e o XV de Piracicaba começou a perder a chance de título paulista. google_ad_client = "ca-pub-6830925722933424"; RelacionadasAnálise: Destaque no título do Paulistão, Mayke não […]

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Jorge Mendonça subiu no segundo pau e fez o gol da vitória e do título antecipado do SP-76. Falta cruzada por Edu da ponta direita, o ex-goleiro palmeirense Doná saiu mal, e o XV de Piracicaba começou a perder a chance de título paulista.

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“Ano sim, ano não, o Verdão é campeão”. Era o nosso lema. E problema dos rivais. Era o 18º estadual palmeirense. Tínhamos três a mais que o maior rival que só voltaria a ser campeão no ano seguinte. Em 1976, o Corinthians fez um returno ridículo. Não havia rebaixamento. Se houvesse, lutaria contra.

O Palmeiras fez o de sempre. Só perdeu um jogo no estadual. A segunda partida, para uma ótima Ponte Preta. Quando Dudu assumiu o comando do time no lugar de Dino Sani, em abril, Palmeiras não perdeu mais. Conduzido pelo ex-parceiro Ademir da Guia em fase brilhante, com jovens apostas que fizeram bonito como Jorge Mendonça na armação e Toninho para golear, o Palmeiras levou o Paulista com tranquilidade. E naturalidade.

A defesa ainda tinha Leão em fase sempre irrepreensível. Mesmo com um sistema defensivo discutível, com os jovens Valdir e Ricardo nas laterais (o imenso Rosemiro ficou na reserva na lateral-direita), e a zaga dura com Samuel e Arouca, do meio pra frente o Palmeiras sobrava. Dudu apostou no volante da base Pires como seu digno sucessor. Nas pontas, os eternos Edu e Nei. Dando qualidade e velocidade ao ataque do melhor time do campeonato.

Não foi uma equipe brilhante. Mas era disparada o melhor do SP-76. Vencido com as meias brancas da foto e o maior público da história do antigo estádio, em 18 de agosto de 1976. 40.283 viram o título. Fizeram festa no Palestra. Mas não muito mais que o normal para algo então tão natural.

Afinal, “ano sim, ano não”… E o problema é que o ano falou não até 12 de junho de 1993.

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