Arquivos tag-SP-33 - Nosso Palestra https://nossopalestra.com.br/assunto/tag-sp-33/ Palmeirenses que escrevem, analisam, gravam, opinam e noticiam o Palmeiras. Paixão e honestidade. Sun, 05 Nov 2017 10:06:25 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.5.3 5 de novembro de 1933: a maior goleada da história do Derby https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/5-de-novembro-de-1933-maior-goleada-da-historia-do-derby/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/5-de-novembro-de-1933-maior-goleada-da-historia-do-derby/#respond Sun, 05 Nov 2017 10:06:25 +0000 https://nossopalestra.com.br/2017/11/05/5-de-novembro-de-1933-maior-goleada-da-historia-do-derby/

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PALESTRA ITALIA 8 X 0 CORINTHIANS

Data: 05/11/1933

Local: Palestra Italia

Juiz: Haroldo Dias da Motta

Gols: Romeu Pelliciari (17’, 28’, 40’ e 52’), Gabardo (46’) e Imparato (54’, 80’ e 85’)

PALESTRA ITALIA: Nascimento; Carnera e Junqueira; Tunga, Dula e Tuffy; Avelino, Gabardo, Romeu Pellicciari, Lara e Imparato 

Técnico: Humberto Cabelli

CORINTHIANS: Onça; Rossi e Bazani (Nascimento); Jango, Brancácio e Carlos; Carlinhos, Baianinho, Zuza, Chola e Gallet

Técnico: Pedro Mazzulo

 

Na preliminar, no jogo entre os segundos quadros, foi 4 a 0 contra o Corinthians, no recém-nomeado Stadium Palestra Italia. No final daquela tarde de 5 de novembro de 1933, o adversário deixou o gramado do Parque Antarctica com a maior derrota da história. A torcida rival exigiu a mudança da direção do clube e quase ateou fogo à própria sede, no dia seguinte, quando toda a diretoria alvinegra deixou o cargo.

No turno, no Parque São Jorge, o Palestra vencera por 5 a 1. No returno, em jogo válido tanto pelo Paulista quanto pelo Rio-São Paulo, foi 8 a 0. Ou 16 a 0, se repetido o placar na outra competição, igualmente vencida pelo Esquadrão de Ferro palestrino, campeão paulista e do Rio-São Paulo de 1933.

O time do treinador Humberto Cabelli goleou “sem dificuldade” o Corinthians “fraco e desorientado” para o jornal O Estado de S. Paulo, que mais enxergava deméritos no derrotado que méritos no grande vencedor. O redator disse que o Dérbi foi um dos mais “fracos” prélios do certame…

Nascimento na meta; Carnera e o capitão Junqueira formando a dupla de zaga; Tunga, Dula e Tuffy compuseram a linha média; Avelino, Gabardo, Romeu, Lara e Imparato foram o ataque insaciável em 1933.

Aos 17 minutos, Imparato, o Trem Blindado, cruzou da esquerda para Romeu mandar no canto de Onça. 1 a 0. Uma mão na bola dentro da área de Rossi não foi marcada pela arbitragem. Não adiantou. Aos 28, Imparato serviu novamente o Príncipe Palestrino: Romeu Pellicciari entrou com bola e tudo. 2 a 0. Gabardo tocou para Romeu ampliar o marcador, aos 40. 3 a 0.

Virou três. Acabou oito.

No primeiro minuto da segunda etapa, Gabardo limpou toda a zaga rival e marcou o mais belo entre tantos gols alviverdes. 4 a 0.

Imparato mandou uma bomba que o goleiro Onça não defendeu e Romeu marcou o quarto dele, aos 9 minutos. Só ele marcou quatro gols em um Dérbi. 5 a 0.

Foi a vez de ele retribuir os passes para gol de Imparato. Na corrida, o ponta-esquerda marcou mais um. 6 a 0.

Imparato fez mais um. Anulado por impedimento. O que não o impediu de, aos 35, pegar rebote do goleiro depois de bomba de Romeu para ampliar. 7 a 0.

Ele queria mais. Aos 40, Imparato. O terceiro dele. 8 a 0. O Trem Blindado que inspirou passagem do filme O Casamento de Romeu & Julieta (2005), que fala da rivalidade entre Montéquios palestrinos e Capuletos corintianos ou vice-versa.

Oito a zero. A maior goleada de todos os clássicos do Trio de Ferro paulistano.

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O Derby https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/o-derby/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/o-derby/#respond Fri, 03 Nov 2017 20:45:32 +0000 https://nossopalestra.com.br/2017/11/03/o-derby/

Eu fiz um texto motivacional a pedido do Palmeiras, em 2015. Na semifinal do Paulista, em Itaquera. Eduardo Semerjian narrou para o time. A edição foi do pessoal do clube. Foi preleção para o elenco naquele jogo que “acabou, Petros”, nas mãos de Prass, nos pênaltis. Eu não vou fazer texto motivacional para domingo. Para […]

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Eu fiz um texto motivacional a pedido do Palmeiras, em 2015. Na semifinal do Paulista, em Itaquera. Eduardo Semerjian narrou para o time. A edição foi do pessoal do clube. Foi preleção para o elenco naquele jogo que “acabou, Petros”, nas mãos de Prass, nos pênaltis.

Eu não vou fazer texto motivacional para domingo. Para eles, para vocês, para nós. Então era necessário. Domingo, bastam 100 anos de Derby. O primeiro dos 3 a 0 de Izzo em 1917 a isso que vivemos em Itaquera em 2015. 2000 Marcos históricos. 1999 santo, 1974 Divino, 1986 justo, 1993 da paixão palmeirense. 1993 misto no Rio-São Paulo, leite da Parmalat para nos alimentar no Brasileiro de 1994. 8 x 0 em 5 de novembro de 1933. O mesmo dia da volta em 2017. Como em 2016 a vitória no turno do enea foi no 12 de junho.

Só vive de passado quem tem história. Nós temos. Eles têm essa sina de dar errado com a gente. Nos grandes clássicos, quase sempre, quem precisa se superar são eles. Mesmo quando têm mais time (e tinham no Rio-São Paulo de 1993, e em 1999, 2000 e 2015), não levaram. Ou só a lavada com nosso jeito. E a jato.

Não sei quem tem mais time no domingo. Até sabia em janeiro. Depois desconfiei. Não acreditei no que não fomos e no que eles foram até setembro. Mas, nos últimos quatro jogos, fomos melhores. Estamos melhor. Mas ainda atrás. Ainda dependemos deles. O que não é de todo ruim.

Péssimo seria chegar na Arena Corinthians e achar que o campeão voltou, que sentimos cheirinho de deca, que já somos o que, em 2016, só gritamos a sete minutos do titulo de fato. E não com mais de dez rodadas antes do final do campeonato, como alguns torcedores do rival.

O BR-17 estava perdido. Estava decidido. Foi reaberto pelo que deixaram de jogar, pelo que passamos a jogar. Pode ainda não dar em nada. É o mais provável. Mas só de ainda poder mostrar o poder do futebol já vale um Derby. Façamos como quase sempre. Responder pela bola, não pela boca. Não se perder pela celebração de vitória cantada antes. Só o porco do gol de Viola em 1993 morre de véspera.

Vamos a Itaquera como Palmeiras. Para ganhar o Derby. O que vier depois não será lucro. Será o que vem antes mesmo do jogo. Ainda mais Palmeiras x Corinthians.

PS: o texto da preleção da semifinal de 2015 é o que segue abaixo:

“Sabe quem a imprensa achava que era favorito em 2000, na Libertadores? Perguntem pro São Marcos o que ele fez com nosso maior rival.

Um ano antes, sabem quem era o favorito pra todo mundo na Libertadores de 1999? O Marcão também lembra muito bem.

Sabe quem iria ganhar o Rio-São Paulo de 1993 com o time titular do Corinthians? Pergunte ao Edmundo, que acabou com o favoritismo deles liderando o nosso time misto.

Sabe quem a imprensa dizia que iria deixar o nosso time na fila, lá em 1993? O Evair soltou a voz naquele dia. Pergunte a ele quem foi campeão.

Em 1974 tinham 100 mil corintianos no Morumbi para ver o fim da fila de 20 anos sem títulos deles. Sabe quem ganhou mais um Paulista? O Ademir da Guia sabe. O Divino sabia tudo.

Sabe quem ganhou o primeiro clássico em 1917? Sabe quem tem mais vitórias no Derby?

Sabe quem pra sempre será lembrado por eliminar o time de melhor campanha em 2015?

São vocês! O Palmeiras! O Alviverde inteiro!!!

Toda essa história que é só nossa foram aqueles campeões que vestiram a nossa camisa que conquistaram e venceram.

São os palmeirenses como vocês. Eles que fizeram história. Os que venceram o maior rival. Ou melhor: os que ganharam dos favoritos. Os rivais que eram mais badalados e bajulados.

O Palmeiras é grande, já falou na estreia o nosso Zé Roberto. E o Verdão é enorme porque monstros como vocês fizeram o Palmeiras do tamanho da nossa paixão.

Vocês são campeões porque vocês são Palmeiras. E vocês vão ser ainda mais Palmeiras porque vocês serão campeões hoje e nas finais.

Muitos de vocês chegaram agora ao clube. Aqui no Palmeiras todos foram recebidos de braços e coração aberto. Parece até que vocês nasceram aqui. Por que vocês merecem esse carinho. Vocês têm mostrado pra todos que vocês dariam até a vida pelo nosso time.

Todas essas conquistas que eu contei são históricas. A de hoje será heróica!!!

Vocês são os caras do Palmeiras! Vocês são a alma do Verdão!

Vão pra campo agora! É só voltem para cá como vocês são! Campeões!!!

Só voltem a este vestiário ainda maiores do que vocês já são!!!

Quando vocês chegarem de volta saibam que não apenas conquistaram um lugar na final do campeonato! Vocês todos ganharam um lugar na história centenária do Palmeiras!

Vamos lá dentro ser Palmeiras!

Vamos Palmeiras! ”

 

 

E eles foram.

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+9 dos 1000 clássicos paulistas (parte 5): Palestra Italia 8 x 0 Corinthians https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/9-dos-1000-classicos-paulistas-parte-5/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/9-dos-1000-classicos-paulistas-parte-5/#respond Sun, 01 Oct 2017 16:59:16 +0000 https://nossopalestra.com.br/2017/10/01/9-dos-1000-classicos-paulistas-parte-5/

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Agora são 367 vitórias, 295 empates e 338 derrotas em clássicos paulistas, desde 1915.

Nosso Palestra elenca 9 + para lembrar sempre:

Data: 05/11/1933

Local: Palestra Italia

Juiz: Haroldo Dias da Motta

Gols: Romeu Pelliciari (17’, 28’, 40’ e 52’), Gabardo (46’) e Imparato (54’, 80’ e 85’)

PALESTRA ITALIA: Nascimento; Carnera e Junqueira; Tunga, Dula e Tuffy; Avelino, Gabardo, Romeu Pellicciari, Lara e Imparato 

Técnico: Humberto Cabelli

CORINTHIANS: Onça; Rossi e Bazani (Nascimento); Jango, Brancácio e Carlos; Carlinhos, Baianinho, Zuza, Chola e Gallet

Técnico: Pedro Mazzulo

 

Na preliminar, no jogo entre os segundos quadros, foi 4 a 0 contra o Corinthians, no recém-nomeado Stadium Palestra Italia. No final daquela tarde de 5 de novembro de 1933, o adversário deixou o gramado do Parque Antarctica com a maior derrota da história. A torcida rival exigiu a mudança da direção do clube e quase ateou fogo à própria sede, no dia seguinte, quando toda a diretoria alvinegra deixou o cargo.

No turno, no Parque São Jorge, o Palestra vencera por 5 a 1. No returno, em jogo válido tanto pelo Paulista quanto pelo Rio-São Paulo, foi 8 a 0. Ou 16 a 0, se repetido o placar na outra competição, igualmente vencida pelo Esquadrão de Ferro palestrino, campeão paulista e do Rio-São Paulo de 1933.

O time do treinador Humberto Cabelli goleou “sem dificuldade” o Corinthians “fraco e desorientado” para o jornal O Estado de S. Paulo, que mais enxergava deméritos no derrotado que méritos no grande vencedor. O redator disse que o Dérbi foi um dos mais “fracos” prélios do certame.

Nascimento na meta; Carnera e o capitão Junqueira formando a dupla de zaga; Tunga, Dula e Tuffy compuseram a linha média; Avelino, Gabardo, Romeu, Lara e Imparato foram o ataque insaciável em 1933.

Aos 17 minutos, Imparato, o Trem Blindado, cruzou da esquerda para Romeu mandar no canto de Onça. 1 a 0. Uma mão na bola dentro da área de Rossi não foi marcada pela arbitragem. Não adiantou. Aos 28, Imparato serviu novamente o Príncipe Palestrino: Romeu Pellicciari entrou com bola e tudo. 2 a 0. Gabardo tocou para Romeu ampliar o marcador, aos 40. 3 a 0.

Virou três. Acabou oito.

No primeiro minuto da segunda etapa, Gabardo limpou toda a zaga rival e marcou o mais belo entre tantos gols alviverdes. 4 a 0.

Imparato mandou uma bomba que o goleiro Onça não defendeu e Romeu marcou o quarto dele, aos 9 minutos. Só ele marcou quatro gols em um Dérbi. 5 a 0.

Foi a vez de ele retribuir os passes para gol de Imparato. Na corrida, o ponta-esquerda marcou mais um. 6 a 0.

Imparato fez mais um. Anulado por impedimento. O que não o impediu de, aos 35, pegar rebote do goleiro depois de bomba de Romeu para ampliar. 7 a 0.

Ele queria mais. Aos 40, Imparato. O terceiro dele. 8 a 0. O Trem Blindado que inspirou passagem do filme O Casamento de Romeu & Julieta (2005), que fala da rivalidade entre Montéquios palestrinos e Capuletos corintianos ou vice-versa.

Oito a zero. A maior goleada de todos os clássicos do Trio de Ferro paulistano.

(Já contamos este e outros 4. Ainda tem mais 4 em o Nosso Palestra. Procure em + 9)

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107 anos do nosso rival há 100 https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/107-anos-do-nosso-rival-ha-100/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/107-anos-do-nosso-rival-ha-100/#respond Fri, 01 Sep 2017 07:11:53 +0000 https://nossopalestra.com.br/2017/09/01/107-anos-do-nosso-rival-ha-100/

Para ganhar no futebol é necessário que alguém perca. É assim. Não basta apenas amar os nossos. Temos de não gostar dos outros. Até porque, algumas vezes, são eles que nos dão alegrias quando não conseguimos produzir os nossos próprios momentos de glória. RelacionadasBruno Rodrigues e Dudu seguem fora no Palmeiras; Aníbal volta na Copa do BrasilAtleta com […]

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Para ganhar no futebol é necessário que alguém perca. É assim. Não basta apenas amar os nossos. Temos de não gostar dos outros. Até porque, algumas vezes, são eles que nos dão alegrias quando não conseguimos produzir os nossos próprios momentos de glória.

Saudar os 107 anos do maior rival há 100 é dever esportivo e prazer histórico. Temos 1974 razões para enfileirar emoções. 1993 motivos repetidos 1993 vezes. Bisados 1994. 1999, 2000 lembranças. 2015 orgulhos. Para não falar de 1986, 1951. Oito em 1933 ou 800 reclamações alheias.

Nossa alegria é ainda maior por tudo de maravilhoso que nos aconteceu contra “eles”. E todos sabemos quem são “eles” e quem somos “nós”. Os que deixamos os rivais mais um ano na fila, em 1974. Os que nos deixaram sair da fila, em 1993. Eles só poderão devolver o gol de Ronaldo se nos deixarem 21 anos na fila. Eles só poderão devolver os gols de Evair se saírem de 16 anos de fila contra a gente.

Além disso, e nem precisaria citar os marcos penais de nosso São Marcos, não são muitas as vitórias decisivas deles. Grandes e brilhantes corintianos têm jogos menores como os Dérbis deles. Celso Unzelte cita um 3 a 0 em 1978, que nem para a final estadual levaria. Juca Kfouri lembra a virada por 4 a 3 de 1971. E nem vice eles seriam.

Em São Paulo, verdes e negros só têm uma cor em comum. A branca. A da paz. A da bandeira que deve ser erguida sempre por treinadores, atletas, jornalistas e torcedores de bom coração. De enorme emoção para aguentar o clássico que desde 1917 para a cidade. Dérbi para corintianos e palmeirenses não se entenderem nem no número. Cada clube faz uma conta diferente para a estatística. Como o torcedor conta cada clássico do jeito que viu. Se é que viu. Se é que consegue contar o que estas linhas também não saberão.

Palmeiras e Corinthians são um só corpo dividido em duas almas. São pólos diferentes que se atraem por química, são corpos diferentes que ocupam o mesmo espaço na física. São gente desta terra e da terra nostra que se distinguem na história. São paulistanos da Zona Oeste e da Zona Leste que se distanciam pela geografia. São tão diferentes que acabam sendo iguais.

Eles não se odeiam. Respeitam-se. Como duelistas. Todo jogo vai ser dia de vitória. Ou melhor: de derrota. Do outro. O importante não é vencer. O que vale é o outro perder.

Um não vive sem o outro. Um morre se o outro vive. Mas ninguém precisa morrer no duelo onde quem é realmente vivo o vive intensamente. A rivalidade exige o adversário em pé, ainda que derrubado. A graça do clássico é a celebração dupla, da própria vitória, da derrota alheia. Sei que é menor, é mesquinho, é egoísta não se satisfazer apenas com o próprio sucesso, e torcer pelo fracasso alheio. Mas esse é o homem. Ser tão imperfeito e emocionante como um jogo de futebol que premia fracos, que derrota justos, que iguala desiguais. Sobretudo num clássico.

Corinthians e Palmeiras cresceram juntos, tiveram muitos filhos, e seguem prósperos, apesar de alguns filhos pródigos, impróprios ou infelizes. Seguem fazendo lindo esse casamento jamais consumado. Sempre negado. Mas que a bola sabe que esses dois viverão juntos para sempre. Porque esses amores não morrem. Nem podem matar.

É só o que queremos. Um clássico numa tarde de sol. Uma vitória para contar aos filhos, que contarão aos netos aquilo que realmente conta: um jogo que vale por uma vida, e não uma vida colocada em jogo por uma cor.

Parabéns, Corinthians. Nossa vida não seria tão feliz sem um rival como vocês. Da nossa família para o seu bando, muito obrigado pela parceria

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