Arquivos tag-SP-72 - Nosso Palestra https://nossopalestra.com.br/assunto/tag-sp-72/ Palmeirenses que escrevem, analisam, gravam, opinam e noticiam o Palmeiras. Paixão e honestidade. Fri, 21 Jun 2019 18:41:44 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.5.3 Luís Pereira, 70 https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/luis-pereira-70/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/luis-pereira-70/#respond Fri, 21 Jun 2019 18:41:44 +0000 https://nossopalestra.com.br/2019/06/21/luis-pereira-70/

Já contei que tive uma infância feliz como o que veio depois dela na vida. Sou sortudo com quem amo, com o que amo, com o que faço, com o que falo. Tão feliz e afortunado que a primeira perda da minha vida foi pelo futebol. Nem foi uma derrota ou título não conquistado. RelacionadasPalmeiras […]

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Já contei que tive uma infância feliz como o que veio depois dela na vida. Sou sortudo com quem amo, com o que amo, com o que faço, com o que falo.

Tão feliz e afortunado que a primeira perda da minha vida foi pelo futebol. Nem foi uma derrota ou título não conquistado.

Foi uma partida. Dupla.

Eu tinha 9 anos e um dia quando Luís Pereira e Leivinha foram vendidos para o Atlético de Madrid. Exatos e incertos três anos do primeiro título que lembro. O Paulista de 1972.

3 de setembro de 1975. O fim da Segunda Academia sem Leiva e sem Luisão. 18 de agosto de 1976 o Dudu já treinava o melhor Ademir da Guia campeão paulista de 1976. Com Leão na meta, ainda Edu e Nei nas pontas. Tinham chegado Jorge Mendonça, Toninho e Rosemiro.

Mas não era a mesma coisa. Não seria. Não seríamos campeões até 12 de junho de 1993. Dia da Paixão Palmeirense. Meu primeiro documentário. Quando entrevistando Leivinha eu chorei ao lembrar 3 de setembro de 1975.

Ele chorou junto como está na foto.

Desde que tem número em camisa, no final dos anos 1940, e mesmo desde 1914, ninguém vestiu essa camisa 3 como ele. Hoje Luís Pereira faz 70 anos. Nessa década de 70 ninguém jogou mais. Até hoje também não.

Eu diria ainda mais parabéns. Além de obrigado por tudo desde que chegou do São Bento, em 1968, até a partida em 1975. Desde que voltou em 1981 até ser partido em 1984.

Mas tem tanta coisa que vi e senti com Luisão que não tenho as palavras que vou escrever na biografia que estamos fazendo. Ele foi o primeiro palmeirense que vi em campo na minha estreia, em 1973, pela fresta do portão do Pacaembu. Ele será sempre o eterno defensor que vou querer ver.

Até porque quando ele e Leivinha saíram em 1975, chorei pela primeira vez por causa do Palmeiras. Chorei pela primeira vez de saudade que eu não sabia o que era quando eles partiram.

Desde então já chorei muito pelo Palmeiras. Por muitos que partiram.

Mas só de saber que hoje meus ídolos são amigos, que eles são pessoas tão boas como foram craques, a dor daquela saudade infantil hoje é adulta nostalgia.

Eu tinha mesmo razão em lamentar a partida deles. Porque eles vão sempre jogar nos sonhos das crianças de todas as idades.

Parabéns pelos seus 70, Luisão.

Obrigado pelos nossos 104 anos de Palestra.

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Palmeiras se fez com mais gente do que com mais dinheiro https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/palmeiras-se-fez-com-mais-gente-do-que-com-mais-dinheiro/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/palmeiras-se-fez-com-mais-gente-do-que-com-mais-dinheiro/#respond Thu, 05 Apr 2018 12:31:09 +0000 https://nossopalestra.com.br/2018/04/05/palmeiras-se-fez-com-mais-gente-do-que-com-mais-dinheiro/

Terceiro jogo decisivo da Libertadores de 1968 contra o Estudiantes. A Conmebol queria a finalíssima em Santiago. Campo neutro. Mas nem tanto no Chile usualmente rival figadal da Argentina. No país que seis anos antes torcera demais pelo futebol brasileiro, na Copa de 1962. Montevidéu veio com proposta financeiramente tentadora. 800 mil cruzeiros para o […]

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Terceiro jogo decisivo da Libertadores de 1968 contra o Estudiantes. A Conmebol queria a finalíssima em Santiago. Campo neutro. Mas nem tanto no Chile usualmente rival figadal da Argentina. No país que seis anos antes torcera demais pelo futebol brasileiro, na Copa de 1962.

Montevidéu veio com proposta financeiramente tentadora. 800 mil cruzeiros para o Palmeiras aceitar o terceiro jogo no Uruguai. Do outro lado do Rio da Prata para a torcida de La Plata. Pincharratas do Estudiantes que acabaram sendo maioria na arquibancada do Centenário. Torcendo pelo time que venceu por 2 a 0 e ganhou a primeira das três Libertadores em sequência. A segunda derrota do Palmeiras em finais do torneio. Quando pensamos mais na renda que na Taça.

Em 1972, como postado no texto anterior, o Verdão bateu o pé. Exerceu o mando de campo e disputou o Choque-rei decisivo do Paulista no Pacaembu e não no Morumbi do rival. Empatou sem gols e com metade da renda que teria. Mas ganhou o primeiro grande título da Segunda Academia.

O anúncio na mídia da época da foto deste post explica o que fez – e muito bem feito – o Palmeiras, em 1972.

“O nosso objetivo maior é o título, não o lucro. As rendas passam. Os títulos ficam”.

Domingo, o mando é como o local do Derby. Nosso. Não se negocia. E está tudo vendido. Caro, como uma final pode pedir, mas está tudo comprado. Caro como também foi no SP-72. Mas quando a arquibancada passou de 7 cruzeiros para… 8 cruzeiros. Só isso.

Mas poderia ser mais barato no domingo, na quarta, em todos os dias. Não tudo em todo o estádio. Não é isso. O tíquete médio ainda pode ser elevado. Mas com uma garantia para quem não pode pagar mesmo por uma paixão que não tem preço. Ao menos 4 mil lugares do Allianz Parque poderiam ter preços menos proibitivos, mais palmeirenses.

Futebol se faz com dinheiro. Cada vez mais. Mas sempre se fez com mais gente. E jamais pode ser com menos.

O palmeirense vai lotar o Allianz Parque na final do SP-18. Mas deveria lotar também contra o Boca Juniors, pela Libertadores. Como já não levou toda a gente possível contra o Alianza Lima, na terça que passou. Sim, tinha chuva, tinha manifestação política, tinha salário ainda não depositado, terão três jogos importantes em sequência (e contra o Alianza era o de menor importância). Tinha tudo isso. Mas não podia ter só “aquilo” de gente – que já era bastante, mais uma vez, com mais de 30 mil.

Só que não pode o menos caro ingresso custar 180 reais. Não é assim que se faz o torcedor do futuro. Não é tirando gente e tirando ainda mais dinheiro dessa gente no presente nesse belo e caro estádio (que não precisa ter preços caríssimos) que vamos ser o que somos. Do Palmeiras. Do palmeirense.

As rendas garantem títulos. Mas a grande conquista a gente não pode perder e nem se perder. O grande patrimônio, a maior renda e o maior troféu de qualquer clube é a sua torcida. A guardiã de nossas cores, não a senha dos cofres verdes que a sanha pelas verdinhas não pode ser maior.

(LEIA O POST ANTERIOR a respeito da decisão do SP-72, quando o Palmeiras optou pelo troféu, não pela renda: Quando o mando de campo evita desmando, quando os troféus rendem demais http://nossopalestra.com.br/quando-o-mando-de-campo-evita-desmando-quando-os-trofeus-rendem-demais/ via @onossopalestra

E leia ainda mais o texto a seguir do João Gabriel. A distância do Palmeiras que não pode ser tão grande do palmeirense)

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Quando o mando de campo evita desmando, quando os troféus rendem demais https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/quando-o-mando-de-campo-evita-desmando-quando-os-trofeus-rendem-demais/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/quando-o-mando-de-campo-evita-desmando-quando-os-trofeus-rendem-demais/#respond Thu, 05 Apr 2018 11:04:03 +0000 https://nossopalestra.com.br/2018/04/05/quando-o-mando-de-campo-evita-desmando-quando-os-trofeus-rendem-demais/

https://youtu.be/ikSJ3nUgIfYleb O São Paulo queria um árbitro estrangeiro apitando o jogo decisivo do SP-72, domingo, 3 de setembro. As duas equipes estavam invictas. Mas o Palmeiras tinha um ponto a mais. Jogava pelo empate. E não quis árbitro de fora. RelacionadasPalmeiras vence Nacional-SP e mantém invencibilidade no Campeonato Paulista Sub-20Atacante de meio bilhão de reais […]

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https://youtu.be/ikSJ3nUgIfYleb

O São Paulo queria um árbitro estrangeiro apitando o jogo decisivo do SP-72, domingo, 3 de setembro. As duas equipes estavam invictas. Mas o Palmeiras tinha um ponto a mais. Jogava pelo empate. E não quis árbitro de fora.

A FPF determinou sorteio para a arbitragem. O São Paulo também não gostou. O Palmeiras aceitou. O diretor tricolor Manuel Poço disse que os três árbitros não tinham condições para o Choque-Rei. “Os três já tinham prejudicado o São Paulo”. E voltou até a decisão do SP-50, quando um gol mal anulado de Teixeirinha atrapalhou o São Paulo na final do Ano Santo vencida pelo Verdão. Aquela que o levou à disputa e conquista da Copa Rio de 1951.

“Se o Palmeiras quer ser campeão por antecipação, o São Paulo entra em campo só para dar as faixas para ele. Estão fazendo de tudo para dar esse título ao Palmeiras”, falou o cartola, então bicampeão paulista, esquecendo a final do SP-42, quando o São Paulo não quis mais jogo no mesmo Pacaembu e tentou deixar o campo; e também o jogo decisivo do SP-71, quando um gol de Leivinha foi muito mal anulado por Armando Marques.

A FPF fechava com o São Paulo na questão do local do clássico decisivo do campeonato por pontos corridos. A federação queria o Morumbi, onde renda e público (necessariamente nessa ordem) seriam quase o dobro. O Palmeiras não queria jogar no estádio do São Paulo. Onde no ano anterior a arbitragem tinha sido ruim, torcedores invadiram o campo, gandulas brigaram com jogadores, e o ex-presidente do clube Laudo Natel, e então governador de São Paulo no auge da ditadura militar, assistia aos jogos do lado do gramado. Em um banquinho. Nem Benito Mussolini ficava tão próximo dos atletas e do apito.

“Do jeito que são feitas as coisas eu preferia jogar no Parque Antarctica sem torcida. Mas pelo menos jogaríamos na nossa casa. Sem pegadores de bola que fazem cera, gente invadindo o campo”. César, como o treinador Oswaldo Brandão (que estava no São Paulo na polêmica decisão de 1971) e todo o elenco alviverde, queriam a decisão no Pacaembu. Mesmo com menos renda. “Vai ser zero a zero e seremos campeões”. Bingo! Pai César!

Foi o que aconteceu naquele domingo. E que poderia ter ocorrido no sábado. Já que havia corrida dominical em Interlagos e ainda Grande Prêmio São Paulo, no Joquei. Eventos de grande público. Quando a PM conseguia dar conta da segurança. Quando o MP não tinha promotor de eventos fechado em seu Castilho.

Eventos esportivos que também fizeram com que o São Paulo pretendesse que o jogo fosse 18h, “para que as pessoas pudessem ir ao Jóquei e ao autódromo e depois ao clássico”, na ideia de Manuel Poço. Com muitos fundos. Depois ele mudaria de ideia. Dizia que o Palmeiras é quem queria jogo 18h “por estar mais cansado que o São Paulo”…

Dirigentes são-paulinos reclamavam muito da FPF pelo fato da entidade não ter conseguido demover os palmeirenses a respeito do local do clássico. No turno havia sido um empate sem gols com mando do São Paulo – no Morumbi. No returno, o mando era do Palmeiras – que quis jogo no Pacaembu. Ou em qualquer lugar que não fosse o estádio onde treinava e jogava o São Paulo. Algo que os cartolas tricolores não conseguiam entender. “A FPF tinha dito no início do campeonato que poderia intervir no mando se algum jogo fosse decisivo no campeonato. Não fizeram nada disso agora”, protestava Poço. Novamente esquecendo que não havia “final” em pontos corridos. Era uma casualidade. E, por justiça, que o Palmeiras exercesse seu mando onde quisesse. Ainda que com menos dinheiro em caixa.

Para o dirigente Herman Koester, “depois alguns dirigentes reclamam da falta de dinheiro e de público nos estádios… São os mesmos que inflacionam o mercado gastando muito dinheiro em contratações…” O discurso dele é de 1972. Mas poderia ser em 2018.

Manuel Poço lamentava o prejuízo financeiro. Ou o dinheiro que não seria perdido – apenas não seria levantado: “a renda no Morumbi passaria de um milhão de cruzeiros”…

No Pacaembu, provavelmente seria a metade. Mas aumentariam as chances do melhor time do campeonato ganhar em campo e no mando o SP-72. Sem desmando e sem demo e sem modos. Ganhar o título empatando como o Palmeiras empatou por 0 x 0. Com um pênalti não marcado por Oscar Scolfaro, o árbitro sorteado para a final – no sorteio sem a presença de representantes do São Paulo, contrários à medida.

Boa parte da imprensa, porém, estava com o São Paulo. O ESTADÃO fez editorial-sem-assinar-e-sem-avisar-que-era-editorial condenando a FPF em não intervir na questão – em dias de intervenção militar – e o Palmeiras de pensar pequeno e não querer jogar no estádio do rival (como muitas vezes aconteceria até 2005).

Porém, como veremos em texto em breve, “as rendas passam. Os títulos ficam”. E o jornal também não listou os problemas em campo e fora dele na final de 1971.

(Já se pensava assim em 1972. Embora o Palmeiras também tenha perdido a Libertadores de 1968 por pensar o contrário. Por querer mais renda que título. E também falaremos sobre isso.)

Não deixava de ter várias razões o ESTADÃO pela questão econômica. Como muitas vezes se pode discutir a questão. E o São Paulo fez questão de não mandar ninguém à reunião que definiu o jogo no Pacaembu. “Marcar esse jogo para lá e como a Seleção Brasileira jogar na Rua Javari”, disse Herman. “Vamos pedir exame antidoping para a decisão. Acho que o Palmeiras faria bem se fizesse o mesmo”, afirmou Poço. Ralhando também contra o aumento do preço dos ingressos. As arquibancadas passavam de 7 cruzeiros para 8 cruzeiros. “Um absurdo o torcedor pagar as contas por causa desse jogo ser no Pacaembu”.

O ingresso ficou mais caro. Mas não tão mais caro como em 2018.

Quanto deu de renda não importa na decisão de 1972. O que valeu foi que o Palmeiras foi campeão. E deu a volta olímpica em paz no Pacaembu que é verde por uso campeão.

O Palmeiras preferiu deixar de ganhar mais dinheiro para ganhar mais paz, tranquilidade, segurança e o Paulista invicto de 1972.

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Invicto em 3/9/1972, inferno em 3/9/1986, eterno em 3/9/1998 https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/invicto-em-391972-inferno-em-391986-eterno-em-391998/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/invicto-em-391972-inferno-em-391986-eterno-em-391998/#respond Sun, 03 Sep 2017 10:20:39 +0000 https://nossopalestra.com.br/2017/09/03/invicto-em-391972-inferno-em-391986-eterno-em-391998/

Foi num 3 de setembro que eu vi pela primeira vez o Palmeiras ser campeão. 1972. Pela TV em preto e branco o Verdão empatou com o São Paulo no Pacaembu e celebrei meu primeiro título paulista. Invicto. Com a Segunda Academia. RelacionadasPalmeiras treina antes de estreia na Copa do Brasil, e Luis Guilherme vive […]

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Foi num 3 de setembro que eu vi pela primeira vez o Palmeiras ser campeão. 1972. Pela TV em preto e branco o Verdão empatou com o São Paulo no Pacaembu e celebrei meu primeiro título paulista. Invicto. Com a Segunda Academia.

Foi num 3 de setembro que eu vi pela primeira vez o Palmeiras não ser campeão de um campeonato que já estava vencido. 1986. Perdeu para a Inter de Limeira no Morumbi. E eu perdi o chão. Como o goleiro Martorelli. O último a deixar o vestiário. Direto para a maternidade para ver o filho nascer. A mãe se enervara com a decisão. O garoto nasceu antes.

Foi às 14h04 de um 3 de setembro que meu Luca mudou todos os 3 se setembro. 1998. O Palmeiras voltara a ser Palmeiras. Era o campeão da Copa do Brasil. Seria o campeão da Mercosul. Ganharia a Libertadores de 1999 nove meses depois.

Quando o meu Luca foi acordado de madrugada pelo pai alucinado, ganhou um beijo na testa, e uma faixa de campeão da América maior do que ele no berço.

Em 2008 o Luca estava no Palestra campeão paulista no camarote abaixo da minha cabine. Celebrando cada um dos cinco gols com o sorriso que só ele e o Gabriel têm. Que só este Babbo babão conhece.

Em 2012 os irmãos saíram com o pai de madrugada para celebrar a Copa do Brasil pela gelada São Paulo. Mal dormiram e desde 8 da manhã estavam na Academia, esperando a delegação chegar para a festa no gramado que o pai apresentou. Anunciando cada campeão como se fosse um filho.

Porque só o futebol faz de cada palmeirense um filho. Como viramos criança celebrando na madrugada a Copa de 2015, até o sol nascer depois da festa com espumante na Paulista, e o brinde no Tônico. Como viramos outra noite no Trio Elétrico por 2016, em outra festa de título que apresentei com meus filhos, minha mulher, e a Nonna.

Vão brincar que, como o pai, o Luca nasceu dia primeiro de setembro e só foi registrado depois. Só para não…

Mas quem conhece o avô que tem frase no nosso estádio.

Mas quem conhece o pai das duas alegrias da foto.

E quem conhece o amor dos nossos do Nonno, sabe que a nossa vida é você, Palmeiras.

Mas eu sei ainda mais que as três coisas que amo antes de eu nascer são os meus filhos e o nosso Palmeiras.

Não digo “parabéns”, Luca. Apenas obrigado.

Seus 19 anos e os futuros 16 do Gabriel são os anos que abençoam os meus 51.

Felizes 19 anos, Luca.

O seu pai te ama cada dia mais. Mesmo que nem toda noite eu possa te beijar a testa e colocar uma faixa de campeão sobre a cama.

Mas toda noite e todo o dia eu estou com você. Dando o beijo à distância que o Nonno me ensina a cada noite a dar.

Te amo.

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Nei, 68 anos, lealdade em padrão: 15/8/1949 https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/nei-anos-lealdade-padrao-1581949/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/nei-anos-lealdade-padrao-1581949/#respond Tue, 15 Aug 2017 19:47:06 +0000 https://nossopalestra.com.br/2017/08/15/nei-anos-lealdade-padrao-1581949/

O primeiro gol que vi na vida do Palmeiras em um estádio foi dele. Nei. Elias Ferreira Sobrinho. Hoje completando 68 anos do nascimento em Nova Europa, região de Araquarara. De onde veio da Ferroviária (onde começou aos 17 anos) como seu antecessor Pio, na ponta esquerda do Palmeiras. De onde veio Dudu, em 1964, […]

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O primeiro gol que vi na vida do Palmeiras em um estádio foi dele. Nei. Elias Ferreira Sobrinho. Hoje completando 68 anos do nascimento em Nova Europa, região de Araquarara. De onde veio da Ferroviária (onde começou aos 17 anos) como seu antecessor Pio, na ponta esquerda do Palmeiras. De onde veio Dudu, em 1964, para ser uma das seis estátuas palestrinas, inaugurada em 2016.

Nei. Nome curto como o drible seco e ofensivo. Nei. O último da rima que era uma seleção. A Segunda Academia de Dudu e Ademir da Guia. Montada por Oswaldo Brandão em janeiro de 1972 (quando ele chegou ao clube) e que seria desfeita em setembro de 1975, com a venda de Luís Pereira e Leivinha para o Atlético de Madrid. Depois de dois brasileiros (1972-73) e dois estaduais (1972, invicto, e 1974, deixando o Corinthians mais um ano na fila).

Nei. O ponta rápido e driblador e que também sabia atuar no meio-campo. Ele fechava a linha LEÃOEURicoLuÍsPereIraAlfredoEZecaDuduEAdemirDaGuiaEduLeivinhaCésarENei. O ponta que infernizava o diabólico

lateral Forlán. Lateral que tanto batia e apanhava na bola de Nei que, num Choque-Rei, até o Divino entrou duro no lateral uruguaio, rasgando a chuteira do são-paulino. Tricolor que havia sido vítima do primeiro gol dele na carreira, ainda moleque, na estreia pela Ferroviária.

Nei. O ponta que marcou na raça o gol de empate da semifinal do BR-72 contra o Inter, no Pacaembu, depoia de um rebote de bola na trave de Ademir da Guia. Resultado que levou o Palmeiras ao título na final sem gols contra o Botafogo, no Morumbi.

O último gol do título de 1972 foi dele. Como quase um ano depois, em 15 de novembro de 1973, ele marcou o primeiro gol que vi do Palmeiras em um estádio. Na mesma meta do tobogã do Pacaembu. Um a zero no mesmo Colorado de maravilhosa camisa vermelha. Mas não mais linda que a 11 de Nei naquela tarde de feriado.

Dia inesquecível fechado naquele noite de semana perto da casa da minha avó. Pizzaria Casa Grande na Pompeia. Todo o elenco do Palmeiras jantando no salão ao lado. Eu morrendo de vergonha do baixo dos meus sete anos. Vendo meus ídolos. Seis deles que, no meio de 1974, serviriam a Seleção na Copa da Alemanha.

Nei tinha bola para estar. Mas foi preterido. Zagallo chamou o ótimo Dirceu, do Botafogo. Nei seria convocado por Brandão para um amistoso contra a URSS, no Rio, em dezembro de 1976. Foi vaiado pela torcida carioca que preferiria Paulo César Caju na ponta brasileira. Nei não conseguiu virar a vaia como Julinho Botelho, em 1959, contra a Inglaterra. Mas ao menos saiu de campo no Maracanã sem ser molestado, depois de boa exibição onde o calado calou as críticas na bola.

No Palmeiras ficaria até 1980. Ganharia o SP-76. Mas perderia lugar no time para Macedo e Baroninho. Mas sempre mantendo a humildade de ser um dos atletas que mais atuaram pelo clube. Foram 488 partidas. Nenhum cartão. Pela retidão e disciplina recebeu o Prêmio Belfort Duarte pela lealdade padrão por dez anos seguidos. Apanhando direto. E sem simulação. Nem reclamação. Um grande Gandhi da ponta esquerda palmeirense.

Em 1981 ficou só três meses no Botafogo. Fez três bons anos no Grêmio Maringá, até parar precocemente, aos 32 anos. Um bico de papagaio na coluna abreviou a carreira. De tanto levar bicos por todo o corpo dos laterais rivais.

Nei é um dos maiores pontas da história do clube. O nono que mais atuou pelo clube. Marcou 71 gols. Fora passes e cruzamentos precisos por alto e por baixo. Um que tanto arrancou sorrisos e gritos de alegria. Uma das vozes menos ouvidas do NOSSO PALESTRA. Porque falava pela bola, não pela boca.

Nei, obrigado pelo primeiro gol que gritei num estádio. Parabéns por ser o 11 do onze que todos os rivais ainda sabem de cor e jogado.

Nei, nunca tive o prazer de conversar contigo. Mas saiba que, mesmo calado, você fez muito mais do que muitos que mal sabem e berram o bem que você nos faz.

Nei que pode entrar em qualquer estádio do Brasil por conta do prêmio Belfort Duarte. E ele está nem aí com a premiação.

Mais importante é saber que ele entra em qualquer escalação dos maiores do clube. Entra em qualquer área a dribles. Tem portas abertas sempre para quem o viu jogar. Com lealdade padrão.

ESCREVEU MAURO BETING

 

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