Arquivos tag-tolerância - Nosso Palestra https://nossopalestra.com.br/assunto/tag-tolerancia/ Palmeirenses que escrevem, analisam, gravam, opinam e noticiam o Palmeiras. Paixão e honestidade. Sun, 12 Jul 2020 12:00:00 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.5.2 POR QUE O PALMEIRAS FEMININO PRECISA CONSTRUIR SUA PRÓPRIA HISTÓRIA? https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/por-que-palmeiras-feminino-precisa-construir-sua-propria-historia/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/por-que-palmeiras-feminino-precisa-construir-sua-propria-historia/#respond Sun, 12 Jul 2020 12:00:00 +0000 https://nossopalestra.com.br/2020/07/12/por-que-palmeiras-feminino-precisa-construir-sua-propria-historia/

(Foto: Rebeca Reis) A maioria da torcida palmeirense acha que o elenco feminino começou no ano de 2019, mas, o que pouco deles sabem, é que esse time tem uma história de títulos e de grandes nomes. Na realidade, o ano de início da equipe foi em 1997, o Palmeiras foi um dos pioneiros da […]

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(Foto: Rebeca Reis)

A maioria da torcida palmeirense acha que o elenco feminino começou no ano de 2019, mas, o que pouco deles sabem, é que esse time tem uma história de títulos e de grandes nomes. Na realidade, o ano de início da equipe foi em 1997, o Palmeiras foi um dos pioneiros da modalidade (lembrando que o futebol feminino só voltou à ativa após 1979).

A Sociedade Esportiva Palmeiras teve algumas parcerias em sua história na categoria. Tudo começou na cidade de São Bernardo do Campo (2005/2006), depois passou para Salto (2008), Bauru (2012) e por fim, no seu retorno, houve a parceria com Vinhedo (2019/2020). A partir disso, o clube vem melhorando e aumentando o investimento no time, além de melhorar a divulgação em suas redes sociais.

E se tem algo que não falta nessa história são os grandes nomes do futebol feminino que já vestiram a camisa alviverde. As gigantes da Seleção Brasileira como Sissi, Formiga e Maravilha já fizeram parte do clube paulista. Atualmente, a equipe ainda conta com grandes nomes da categoria feminina, como o de Rosana, uma das jogadoras que está marcada no história do futebol feminino.

Mas, mesmo com toda essa história, ainda falta muito para construir novamente mais um capítulo deste livro. A questão que precisamos levantar e reforçar é: por que ninguém comenta sobre essa história do elenco feminino? Por que no uniforme delas existe uma estrela se, atualmente, não temos nenhum título nível mundial? São tantos porquês que eu poderia colocá-los ao longo do texto inteiro.

A história do futebol feminino precisa começar a ser construída e trabalhada, sozinha. O clube é um só, mas as pessoas precisam entender que o elenco feminino e o elenco masculino têm imensas diferenças. O futebol feminino que passou por todo o problema e que está tendo a oportunidade de se reconstruir nos dias atuais. O elenco feminino que precisa lutar todo dia para ter torcida, para ser mantido e para crescer.

É triste você ver que a torcida desconhece um livro cheio de história brilhantes e que ele está esperando para ser descoberto. O pior disso tudo é que o clube está escavando a terra para achar seu grande tesouro, mas a torcida reprime e insiste em comentar sobre questões não relacionadas à categoria. É preciso aprender a separar as questionamentos. Quando temos um post sobre o futebol feminino, não devemos ir e perguntar sobre o elenco masculino. Já são poucos os momentos de visibilidade para as jogadoras e, mesmo assim, ainda há pessoas que estragam.

Temos que saber que todo pequeno passo e todo título é muito importante para o futebol feminino. No ano de 2019, o elenco conquistou a Copa Paulista e, por não ser um título de tanta expressão, não é nem comentado e conhecido pela torcida. Mas já que vocês pedem conquistas maiores, qual palmeirense sabe que o time tem um Campeonato Paulista de 2001? Um vice-brasileiro de 2000? Quase nenhum!

O ponto é que o elenco feminino precisa se desprender do futebol masculino, das comparações, dos xingamentos, de tudo. Nós sabemos que a categoria ainda é muito dependente dos lucros gerais do clube, só que se nossa mentalidade não for mudada, o futebol feminino não vai crescer por completo e sempre vai sofrer com os “restos”.

O elenco feminino do Palmeiras vem construindo sua história, vem criando ídolas, tendo apoio da torcida. Muitos reclamam de Vinhedo, mas vocês acham que se o jogo fosse em São Paulo teria a mesma torcida? Garanto para vocês que muitos falam da boca para fora o famoso: “Se fosse em São Paulo, eu até iria no jogo”.

Vocês precisam parar de ficar no “se”, começar a ajudar o time a criar sua história, suas próprias marcas, seus próprios títulos e sua própria torcida! É necessário apoiar as atletas e também reclamar quando estiverem erradas, tudo mantendo o maior respeito, com toda certeza!

A torcida é quem mais ajuda na construção de qualquer capítulo de livro ou de um completo livro. Se cada um fizer um pouco, essa história vai ficar imensa e daqui 10 anos, quando você tiver um filho ou filha, você vai poder contar sobre o time feminino do Palmeiras.

A história de todo elenco, do futebol feminino em geral, é feita a partir de inspiração e de persistência. Quanto mais o Palmeiras construir essa trajetória com seu time feminino, mais palmeirenses vão se ver nas jogadoras e ídolas do time. Assim, o futebol feminino terá um imenso crescimento.
Vocês, mais do que ninguém, sabem a grandeza do futebol masculino brasileiro. Por que não poderíamos ter essa mesma atitude o feminino? O questionamento que quero deixar aqui é: você está fazendo a sua parte nisso?

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Todos os tons de verde: dizendo não ao preconceito https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/todos-os-tons-de-verde/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/todos-os-tons-de-verde/#respond Fri, 09 Mar 2018 17:08:11 +0000 https://nossopalestra.com.br/2018/03/09/todos-os-tons-de-verde/

Por mero preconceito meu, não gosto do “Chaves”. Nunca vi e não gosto. Amo os “Três Patetas” dos EUA, mas não o Chapolin mexicano. Aliás, acho que não são a mesma coisa, Chapolin e Chaves. Ou são. Mas não quero saber. Só que não tenho raiva de quem sabe. Se não curti o Silvio Santos […]

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Por mero preconceito meu, não gosto do “Chaves”. Nunca vi e não gosto. Amo os “Três Patetas” dos EUA, mas não o Chapolin mexicano. Aliás, acho que não são a mesma coisa, Chapolin e Chaves. Ou são. Mas não quero saber. Só que não tenho raiva de quem sabe.

Se não curti o Silvio Santos importar a série de TV, sei que muita gente ama. Segue o jogo. Não me importo. Mas têm alguns assuntos importantes que não podem ser deixados de lado. Só não podem seguir incertos tipos de jogo. Como a mania besta que veio do mesmo México onde trouxemos a simpática ola das arquibancadas em 1986: a grosseria e estupidez de berrar “bicha” no tiro de meta do goleiro rival. Idiotice que nem todos absorveram a partir de 2014. Muitos nem gritam porque é apenas preconceito. Alguns “defendem” (SIC) que o grito “desestabiliza” o adversário… Meu diabo.

Palmeirenses mandaram bem quando em 2016 fizeram campanha para gritar “porco”, “Marcos”, qualquer coisa. Menos um berro homofóbico. Palmas para tantos.

O interessante de gritar “porco” é que até justamente 1986, e desde 1976, era o berro que nos baqueava. Bastava um torcedor rival gritar “porcoooooooooo” para nós ficarmos mudos. Loucos de raiva.

Até assumirmos a bronca. O apelido. E virarmos o jogo. Mais ou menos como os bosteros do Boca, os urubus do Flamengo.

Mas nem todos. Algumas torcidas ainda não assumiram os apelidos pejorativos dos rivais. E não são mesmo obrigadas. Nem por isso devem ser criticadas ou assim chamadas pela mídia sem modos. Por mais que alguns dos apelidos possam não ser assumidos também por preconceito de quem é a “vítima” deles.

Um torcedor do Palmeiras criticou a própria torcida no Twitter. Segue o texto:

“A torcida do Palmeiras, em sua homofobia típica, canta que ‘todo viado nessa terra é tricolor’. Parece que encontrei uma exceção a regra: eu mesmo, viado e palmeirense, e que cola no estádio em TODOS os jogos.”

Ele só exagera ao dizer que exista uma “homofobia típica”. Por mais que quase todo o estádio tenha cantado no Choque-Rei, nem todos pensam assim. E até os que cantam não acham isso. Ou não têm preconceito que, sim, o futebol, dentro e fora de campo, tem demais. Preconceito do tipo William Wack: fala bobagem e não assume a bronca. Insiste na “piada” e diz que os outros estão errados. E fala que todo mundo faz errado, menos ele.

A discussão é válida. Como foi demais de válida a iniciativa para não gritar “bicha” pro goleiro rival. Como outras atividades e ações são educativas e necessárias.

Combater a intolerância é dever do futebol que nos ensina – ou deveria – a ganhar, perder e empatar. Saber que existem outros cores e credos. A tolerar. A suportar. Em qualquer acepção.

O próprio autor do tuíte que ainda postou seu rosto diz que ele mesmo usa o termo “viado” como forma de afirmação. Para o UOL, ele disse que usa “porque acham que ofende, e eu quero mostrar que não ofende. Ser gay, viado, bicha é tão normal quanto ser hetero ou bi. O termo é usado como ofensa, então a gente subverte a lógica e usa como afirmação de orgulho”.

Mais ou menos como o grito de “porco” dos rivais acabou quando nós assumimos o que parece ser mas fácil assumir. Para nós e para todos.

A discussão levantada pelo palmeirense é válida. Para todos os clubes. Nós todos só temos de fato um ponto em comum no Allianz Parque. O Palmeiras. E mesmo assim já nos desentendemos como gente. Não vamos criar mais sarnas para coçar. Ou burros, antas, toupeiras, veados, pavões, porcos e periquitos.

Basta conviver. E bater em quem não sabe respeitar.

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