O Palmeiras terminou a temporada sem nenhum título importante desde a chegada de Anderson Barros. No clube desde 2020 e convivendo com Abel Ferreira desde novembro do mesmo ano, o diretor de futebol tem sido cobrado pela presidente Leila Pereira.
Constantemente elogiado pelo treinador português durante entrevistas, internamente o trabalho não é visto como unanimidade. A conversa no vestiário após a derrota na última rodada expôs ainda mais o diretor e, antes mesmo de encontrar com o dirigente, Leila e o vice-presidente Paulo Buosi ouviram críticas de conselheiros sobre a condução do ano.
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A exposição de Barros tem duas explicações. A primeira, é a de tornar público o descontentamento como uma resposta para a torcida. Mesmo que Leila Pereira não tenha muita popularidade com o palmeirense do muro para fora da sede social, a crítica ao diretor é ainda maior, especialmente pela má condução na contratação de jogadores.
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O Palmeiras, inclusive, tem direcionado a busca por atletas a Léo Holanda. Foi assim com a chegada de Felipe Anderson e se repetiu com Facundo Torres, atacante uruguaio próximo do acerto. Quando a questão é a saída de atletas, a situação se repete com intermediários sendo acionados. Empresários também têm reclamado da condução de Barros em negociações.
Pessoas próximas avaliam que o método cartesiano que ajudou o clube na mudança de postura logo após a saída de Alexandre Mattos se tornou inflexível demais. Por isso a necessidade da inclusão de outros profissionais no vaivém das janelas de transferência.
A segunda leitura da cobrança tem a ver com Abel Ferreira. O treinador é um elo da permanência e os anos vitoriosos, seguidos de elogios públicos impossibilitaram qualquer mudança que pudesse gerar qualquer descontentamento ao treinador. Além disso, Barros atendeu a pedidos do técnico com chegadas de atletas a um custo muito alto que não renderam, como por exemplo Bruno Tabata.
Para a presidente, mexer em Anderson Barros é mais fácil do que na comissão. Aqui vale um registro de que não acredito que o Palmeiras precise mudar de comando neste momento. Leila já falou com Abel de “chegarem juntos e saírem juntos” e ambos têm interesse de estender a parceria até 2027, quando termina o segundo mandato.
A reestruturação do elenco já começou, mesmo que de maneira tardia, e o cargo do diretor de futebol nunca esteve em xeque como agora. O Palmeiras tem encontrado soluções para suprir as necessidades não tendidas pelo dirigente e resta saber até quando isso vai seguir.