A Libertadores Feminina de 2023 está prestes a começar e a presença do atual campeão Palmeiras é garantida. Realizada nas cidades de Cali e Bogotá, na Colômbia, a competição tem início no dia 5 de outubro e termina no dia 21 do mesmo mês, quando ocorre a grande decisão.
O Palmeiras terá pela frente o Barcelona de Guayaquil, do Equador, o Caracas, da Venezuela, e o Atlético Nacional, do próprio país sede, no Grupo A da Libertadores Feminina. O NOSSO PALESTRA preparou um breve guia dos adversários das Palestrinas em busca do bicampeonato.
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VEJA NO NOSSO PALESTRA
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Barcelona de Guayaquil (Equador)
Fundação: 2019
Apelido: Las toreras
Participações na Libertadores: Primeira vez em 2023
Após ser campeão da Superliga Feminina do Equador pela primeira vez neste ano, ao vencer o Independiente Del Valle por 3 a 0 no dia 10 de setembro, o Barcelona de Guayaquil garantiu uma vaga na Libertadores também de maneira inédita. Segundo o jornalista Mateo Artieda, do “Diario Expreso”, do Equador, em conversa com o NP, a equipe comandada por Wendy Villón chega forte para a disputa do torneio continental:
“Se há algo que caracteriza o Barcelona é a garra que suas jogadoras entregam em cada jogo. Isso demonstraram na grande final da Superliga Feminina de 2023, depois de derrotarem o Independiente del Valle por 3 a 0 e conseguirem o primeiro título nacional e garantirem a primeira participação na Libertadores. São dirigidas por Wendy Villón, que tem experiência e sabe como dirigir equipes equatorianas na competição, já que, em 2019, levou o Deportivo Cuenca até as quartas de final.
Madelyn Riera, centroavante, é a principal jogadora deste elenco, tendo 27 gols em 20 jogos na Superliga Feminina. Maleike Pacheco também tem parte importante, já que chegou ao time em 2019 e, no mesmo ano, foi eleita a ‘melhor goleira do torneio nacional’, sofrendo apenas nove tentos em 18 partidas.”
Caracas (Venezuela)
Fundação: 2001
Apelido: Avileñas
Participações na Libertadores: 5 (sexta em 2023)
O Caracas foi o primeiro representante da Venezuela na Copa Libertadores Feminina, em 2009, sendo também a única equipe, dentre as atuais participantes, a ter disputado a primeira edição em questão. As Avileñas são as atuais campeãs do campeonato nacional. Como clube, é a instituição mais sólida do futebol do país. Ao NP, Pablo Alejandro, jornalista da “Liga de Futebol Venezuelana”, contou que se trata de uma equipe jovem que busca o título inédito sob o comando de um treinador experiente:
“Caracas Fútbol Club é a instituição mais sólida do futebol venezuelano no âmbito feminino. É um dos pioneiros, primeiro representante da Venezuela na Copa Libertadores de 2009, competição na qual o treinador Gimino “Enzo” Tropiano foi impulsionador. Este dirigente está vinculado à modalidade feminina do clube por mais de 20 anos, incluindo nos seis títulos que o clube acumula na Primeira Divisão do país.
Mas o Caracas de antes não tem nada a ver com o de agora, ainda que lendas sigam ativas no time, como a capitã Lisbeth Bandrés e a polivalente volante Rutlesby Flores. É uma equipe jovem, com poucas jogadoras que tiveram essas experiências, já que 90% vai estrear na competição.
É um time que gosta de ter a bola, principal exigência da comissão técnica de Tropiano. Possuem foco na posse na intermediária e na conexão importante com a defesa. Chegam com duas jogadoras importantes. Genyerlys Arias, a melhor da temporada na Venezuela , e Jaimar Castillo. Esperam aumentar sua produtividade na equipe, melhorando, principalmente, finalizações, já que fizeram menos gols do que geraram. Como grupo, é um bloco sólido no campo, com linhas próximas e prazer em ter a bola”
Atlético Nacional (Colômbia)
Fundação: 2009
Apelido: Femenino Verdolaga
Participações na Libertadores: Primeira vez em 2023
O Atlético Nacional foi o terceiro colocado da Liga Profissional Feminina da Colômbia em 2023 e, portanto, garantiu uma vaga na Copa Libertadores pela primeira vez na história do clube na modalidade. É uma equipe que conta com jogadoras experientes e importantes e que vai em busca do primeiro título, que pode acontecer dentro de casa. Em conversa com o NP, Lorena Montaño, redatora da “FFColômbia”, revelou que o estilo de jogo do time de Jorge Barreneche é focado na melhora da defesa:
“Atlético Nacional apostou na experiência para poder ficar com o título da Libertadores, que agora acontece em casa. Conta com nomes importantes não só em campeonatos nacionais, como Yoreli Rincón y Marcela Restrepo. A última, inclusive, esteve presente na Copa do Mundo Feminina deste ano.
Paula Medina, volante que chega do Deportivo Cali, Karina Valencia, que vem do Junior Barranquilla, onde marcou dois gols e foi titular na maioria dos jogos, e Manuela González, que é uma das goleadoras históricas da Liga Feminina da Colômbia, são outras caras novas que podem levar a equipe ao patamar mais alto.
O gol seguirá sendo defendido por Vanessa Córdoba, que vem se destacando e espera colocar seu nome novamente na mira da Seleção. Se espera um time com boa posse de bola, já que tem jogadoras para isso. Um time que sempre joga para frente, mas com a devida cobertura na parte defensiva, que apresentou falhas que se evidenciaram na Liga nesta temporada.”
Vale lembrar que a estreia do campeão Palmeiras de Ricardo Belli na competição ainda não tem data definida, podendo ser realizada na primeira semana de outubro.