Após classificação do Palmeiras na Copa do Brasil em duelo contra o Botafogo-SP nesta quinta-feira (23) em Ribeirão Preto, Abel Ferreira abriu a coletiva de imprensa com declaração sobre ação do Al-Sadd do Catar. O clube árabe acionou a Fifa com a alegação de que o técnico descumpriu carta de intenção assinada ao final do ano passado.
O treinador desconversou sobre a acusação e não explicou efetivamente nada a respeito do documento. Incialmente, ele citou que há episódios de sua carreira que gostaria de apagar, mas não especificou se este foi um deles.
– A minha carreira de treinador é um livro aberto, que tem capítulos de glória, alguns de tristeza e frustração e tem seguramente duas ou três páginas que eu rasgaria. Mas infelizmente acho que um livro é genuíno quando todos os ingredientes estão lá dentro.
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Em seguida, o treinador ratificou seu compromisso com o Verdão, time que comanda desde novembro de 2020. De acordo com o português, ele está hoje onde deseja estar e se sente bem dentro do ambiente do clube.
– Gostaria de dizer que sou dono da minha alma e capitão do meu destino. Quis o capitão do meu destino que eu chegasse ao Palmeiras em 2020. Desde então até o dia de hoje, não vou alterar uma vírgula do que disse, estou no Palmeiras e sou o treinador do Palmeiras. Estou onde quero estar e onde querem que eu esteja.
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Por fim, Abel recordou suposições de que ele deixaria o Palmeiras ao final da temporada passada e associou-as ao atual momento. Ele encerrou o assunto com a afirmação de que cumprirá o contrato com o Verdão até 2025 e com agradecimento aos torcedores pelo apoio.
– Gostaria de dizer como vai na alma e no coração, porque muita coisa foi me dita, não só agora, mas também no ano passado. Há seis ou sete meses bateram na mesma tecla e hoje continuo aqui. Se tudo correr normalmente, até 2025, que é o contrato que tenho. Sobre este assunto, eu não falo mais. Essa é a única verdade e a única certeza. Aos torcedores, muito obrigado, de coração, pelo apoio e pelo carinho.
Relembre o caso:
O Al-Sadd alega que iniciou as negociações com Abel em outubro de 2023 e, em novembro, um documento equivalente a uma carta de intenção foi firmado entre as partes, garantindo que o treinador comandasse a equipe.
Sem a mudança de Abel Ferreira e sua sequência no Palmeiras, no entanto, o Al-Saad afirma que o português descumpriu o acordo firmado e busca na Fifa uma compensação de 5 milhões de euros (cerca de R$ 28 milhões).
Caso a Fifa aceite o pedido da equipe, o Palmeiras pode também sofrer consequências. Isso aconteceria caso o órgão entendesse que o Verdão induziu o treinador ao descumprimento, o que resultaria em sanções ao Alviverde.
O caso está nas mãos dos advogados de Abel Ferreira, que trabalham em uma defesa para o português. A expectativa é que o processo leve meses até chegar a uma conclusão, que ainda poderá ser recorrida por qualquer uma das partes. O Palmeiras segue dando todo o suporte jurídico para o treinador.
