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Abel quer respaldo para ser 'levado a sério' e Palmeiras vê relação interna controlada

Manifestações públicas demonstram incômodo do treinador com o momento atual e viagem ao Peru ajuda no entendimento entre clube e técnico

Abel Ferreira na Academia de Futebol. (Foto: Cesar Greco/ Ag. Palmeiras)
Abel Ferreira na Academia de Futebol. (Foto: Cesar Greco/ Ag. Palmeiras)
Com João Gabriel Falcade

Abel Ferreira voltou das férias diferente. A impaciência do treinador tem sido notada nas entrevistas coletivas e o incômodo passa desde o nervosismo à beira do gramado até a cobrança pública para com a diretoria. O treinador vive o primeiro momento de oscilação no trabalho, até aqui muito vitorioso, e esperava uma posição diferente vinda das pessoas que comandam o futebol alviverde.

Abel confidenciou a pessoas próximas que logo após o retorno das férias desejava encontrar reforços para dar continuidade ao trabalho. Aficionado por vitórias, ele acredita que, para seguir no mesmo caminho da última temporada, é necessário qualificar o elenco. Até o momento, somente Danilo Barbosa foi contratado e há tratativas em andamento pelos atacantes Taty Castellanos, do New York City, e Ademir, do América-MG.

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A falta de novos jogadores e o início de temporada oscilante fizeram com que o treinador fosse “apresentado” ao futebol brasileiro. Depois das derrotas na Recopa e Supercopa, críticas de parte da torcida chegaram e até o muro do Allianz Parque foi pichado. O perfil aberto e verdadeiro de Abel foi refletido nas declarações em coletivas. O fato de se posicionar de maneira isolada o incomodou a ponto de querer ser ‘levado a sério’ pela direção. Ele entende que o respaldo é necessário, principalmente, nos momentos conturbados, algo novo em mais de cinco messes no país.

Por outro lado, a atual cúpula alviverde tem o perfil de resolver as questões internamente e seguirá desta forma. Ela entende que a relação com Abel Ferreira é boa, tanto que o treinador agradeceu o esforço feito para que ele pudesse passar alguns dias com a família em Portugal. O comandante foi e voltou no avião particular de Leila Pereira. Em relação ao muro pichado, o Palmeiras entende que é desnecessário dar relevância a uma minoria.

A longa viagem de São Paulo até Lima, na última segunda-feira (19) serviu para que Maurício Galiotte, Abel Ferreira e Anderson Barros conversassem bastante e a visão é a de que o papo, necessário, foi produtivo para todas as partes. Dessa forma, o Palmeiras tenta reencontrar o caminho das vitórias nesta quarta-feira (21), contra o Universitário, às 21h (horário de Brasília), quando começa a defender o título da Copa Libertadores conquistado sob o comando do português.

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