Eu não vou escrever nenhum texto motivacional pra gente reverter contra o Boca os 5 minutos que pareceram fatais na Bombonera.
Eu prefiro ver no YouTube o troco do Palmeiras no Derby semifinal do SP-86, aqueles 3 x 0 contra eles e contra o árbitro do primeiro jogo. Eu vou ver os 4 x 0 do SP-93 depois do Gol Porco no primeiro jogo contra o Corinthians, quando parecia que a viola já estava em cacos.
Não quero nem ver. Vou rever aqueles 4 x 1 no Flamengo no Maracanã do time do Telê, no BR-79. Os 4 x 2 do Euller quando faltavam menos de cinco minutos pra dois gols na Copa do Brasil-99. Aquilo inspirou para reverter a derrota em Buenos Aires para o River, e levar pros pênaltis a Libertadores de 1999 em casa, contra o Deportivo Cali.
Eu não vou fazer textão. Vou ficar na minha vendo os 4 x 2 contra o favorito Vasco em São Januário na Liberta campeã. Ou os 2 x 0 no Morumbi com os reservas este ano. Os dois 2 x 0 contra o Grêmio no BR-18. Lá e cá. Vou rever os 2 x 0 na Bombonera este ano – maior vitória brasileira lá. E o 6 x 1 no Boca em 1994 – maior derrota deles fora de casa em Copas.
Pena que não tem imagem da Copa Rio pra ver a gente eliminando o Vasco favorito na semi e ganhando a final da Juventus que nos goleara no Pacaembu.
Tem aquele 3 x 0 no Coritiba no Palestra, no BR-72, que encaminhou o título e não tinha nem 10 mil no estádio que já nos dava como eliminados. O Robertão de 1969 a gente era lanterna e na final tivemos que esperar o fim de outro jogo no Mineirão para celebrar o título contra o Cruzeiro. Como em 1998 a Copa do Brasil ganhamos naquele chute maluco do Oséas. Em 2012 com aquele gol do estranho Betinho. Em 2015 contra o favorito Santos nos pênaltis do Prass.
A virada em menos de 10 minutos contra o Inter no Morumbi, no BR-73. O gol do Andrei Girotto contra eles em 2015. Em menos de 20 minutos o César Maluco acabando com o Grêmio no Robertão de 1967, em menos de 20 a gente ganhando do Vitória no BR-93.
Vou rever tudo isso. E vou rever na quarta que vem. Que vamos, Palmeiras!
Mas sem textão motivacional. Quem vive de passado é quem tem história. Quem tem memória revive. E vive melhor.
Viva!