OPINIÃO

‘Da pandemia ao pandemônio: Palmeiras inicia caminhada por mais um título com gosto especial de Dérbi’

Clássico volta acontecer em uma final depois de cinco anos em cenário totalmente distinto da última vez, na decisão de 2020

Torcida do Palmeiras no Allianz Parque (Foto: Danilo Martins Yoshioka)
Torcida do Palmeiras no Allianz Parque (Foto: Danilo Martins Yoshioka)

“Minha senhora, você não sabe o que é um Palmeiras e Corinthians”. A definição de Lima Duarte no filme “Boleiros” é a personificação do que acontecerá logo mais no Allianz Parque.

Depois de quase cinco anos o Dérbi volta a acontecer em uma final de campeonato e em um cenário bem diferente daquele vivido em 2020, quando o mundo sofria com a pandemia. O Allianz vazio e cheio de protocolos de saúde dará lugar ao que vai virar um pandemônio.

O clássico tem tudo para bater todos os recordes em dez anos: maior público, renda bruta e renda líquida. A sensação de vazio da pandemia e, até certo ponto, na reta final do ano passado e início da atual temporada, deu lugar ao sentimento de pertencimento, resgatado no Choque-Rei da semifinal.

O “Todos Somos Um” voltou a se sobrepor ao “Todos Somos Nenhum”, como manda o manual da casa palmeirense. É bem verdade que a conquista fria, se é que possível isso quando se conquista um título sobre o maior rival, foi uma exceção que deve ser guardada como uma recolocação das coisas em sua devida ordem.

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O pênalti convertido por Patrick de Paula realinhou os ponteiros e a partir daquela bola no ângulo foram 11 troféus levantados contra nenhum do adversário desta decisão.

Para que tudo se mantenha assim, Palmeiras e torcida precisam jogar juntos, como foi no pênalti de Evair, em 1993, no fim da fila no Morumbis, na raça de Edmundo no improvável Rio-SP do mesmo ano e na perna esquerda de Rivaldo para sacramentar o bi nacional em 1994, ambos no Pacaembu.