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Guerra lamenta tempo afastado no Palmeiras: 'O Verdão não tem culpa, são caras que não me deixaram trabalhar'

Em entrevista ao NOSSO PALESTRA, jogador venezuelano fala sobre passagem pelo clube, companheiros, saída por empréstimo e título do Campeonato Brasileiro de 2018. Confira!

Guerra foi campeão brasileiro pelo Palmeiras em 2018 (Foto: Divulgação/ Ag. Palmeiras)
Guerra foi campeão brasileiro pelo Palmeiras em 2018 (Foto: Divulgação/ Ag. Palmeiras)

Em 2017, o Palmeiras buscava o bicampeonato brasileiro e, acima de tudo, o primeiro título da Libertadores desde 1999. Para isso, o clube, sob o comando de Alexandre Mattos e Mauricio Galiotte, se reforçou e buscou nomes de peso no mercado sul-americano. Um dos principais foi o meia-atacante Alejandro Guerra.

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O venezuelano vinha de uma temporada de êxito pelo Atlético Nacional, da Colômbia, conquistando a América e sendo eleito o melhor jogador da principal competição do continente. Por isso, chamou a atenção da diretoria alviverde que, com o aporte financeiro da Crefisa, garantiu sua chegada no fim de 2016.

O meia, porém, não conseguiu repetir o sucesso e outrora no Maior Campeão Nacional. Sofrendo com lesões e não tendo sequência, o ex-camisa 18 deixou o clube no início de 2021, após o término de seu contrato. Em entrevista exclusiva ao NOSSO PALESTRA, o ex-jogador relembrou seus passagem pelo Verdão.

Saída do Atlético Nacional

Nascido em Caracas, capitão da Venezuela, Guerra iniciou sua carreira no futebol em 2004, com 19 anos, no Caracas Fútbol Club. No entanto, o atleta atingiu seu auge mais de uma década depois, vestindo as cores do Atlético Nacional, da Colômbia, entre 2015 e 2016.

Em Medelín, El Lobo, como é chamado, foi um dos principais nomes da equipe, sendo fundamental na conquista da Libertadores da América, em 2016, e, com isso, eleito como o melhor jogador do torneio. Além disso, ele levantou o troféu da Copa da Colômbia (2016), da Superliga Colombiana (2016) e do Campeonato Colombiano (2015).

No entanto, após anos como destaque, Guerra recebeu uma proposta para deixar o Atlético Nacional e jogar no Palmeiras, que havia acabado de vencer o Brasileirão. Para ele, a decisão não foi fácil, mas a vontade de vencer coisas maiores no futebol o fez se transferir ao Brasil.

– Para mim foi muito difícil. Eu tinha acabado de levantar a taça da Libertadores e a torcida do Nacional me acolheu de uma forma impressionante. Sair para o Brasil, para o Palmeiras, eu fiz porque eu queria uma coisa maior. Não é um segredo para ninguém que o Brasil é um dos maiores do mundo, tem uma competição mais exigente. Eu queria isso e quando falaram do Palmeiras a gente acertou. Eu fui para lá para fazer minha história.

– Essa despedida (do Atlético Nacional) foi impressionante. Até agora agora a torcida lembra, manda mensagem. A gente agradece por todo esse carinho que a gente recebe. Eu queria um projeto muito ambicioso, eu queria fazer outra história. A gente foi para o Brasil e aconteceram muitas coisas que a gente deixa como aprendizado.

(Foto: Divulgação/Conmebol)

Passagem pelo Palmeiras

Guerra chegou ao Palmeiras como uma das principais contratações da temporada. No entanto, o jogador não conseguiu repetir o desempenho de 2016. Pelo Verdão, ele trabalhou com diferentes técnicos, como Felipão e Roger Machado, e chegou a ter sequência em alguns momentos. Porém, esta sempre foi interrompida por lesões ou questões externas.

Assim, o jogador, ao NP, fez um balanço de sua passagem pelo Maior Campeão Nacional. Segundo ele, o início foi animador, mas coisas extra-campo sempre atrapalharam seu desempenho.

– (Ser) o único venezuelano a ganhar uma Libertadores é um privilégio, eu sempre torço para venezuelanos conseguirem uma taça importante. Primeiro pela pessoa, segundo pelo nosso país. Fui ao Palmeiras sempre positivo, eu estava muito bem. Se o Palmeiras olhou para mim foi por alguma coisa. A recepção foi muito legal, clube gigante, a adaptação foi muito boa. No começo, eu tinha sequência, eu estava jogando e era determinante no jogo. Depois, foram acontecendo coisas que, lamentavelmente, eu não entendia, porque, primeiro, eu sou um cara muito tranquilo, não gosto de criar confusão. Se eu não for jogar, respeito a decisão e continuo torcendo pelos meus companheiros. Mas eu deixei ir passando, passando, e a gente foi perdendo espaço. Eu sou um cara muito tranquilo, e isso acabou atrapalhando.

Aconteceram algumas coisas que não consigo entender, mas sempre respeitei as decisões, pensando no melhor para o time. Mas, como falei, isso terminou atrapalhando minha passagem pelo Palmeiras“.

Guerra, ex-jogador do palmeiras

Um dos momentos que impediu a sequência de Guerra foi um acidente que ocorreu com o filho do ex-camisa 18, em 2017. Às vésperas da partida diante do Barcelona de Guayaquil, no Equador, pelas oitavas de final da Libertadores, Assael se afogou na piscina de casa e o atleta precisou deixar a concentração alviverde às pressas. Relembrando o momento, o venezuelano explicou como isso afetou seu desempenho no Verdão.

– Esse acidente com o meu filho, não sei se atrapalha, mas a sequência que eu tava tendo foi cortada. Eu estava jogando com o Cuca e tive de ficar no hospital 15 dias direto. O Palmeiras jogava um clássico contra o Corinthians no Allianz. Eu queria jogar, primeiro porque o meu filho estava muito melhor. Então falei: “Preciso tirar um pouco o peso de estar aqui no hospital” e fui jogar. Acho que perdemos de um a zero, mas, pessoalmente, eu acho que fiz um bom jogo. Mas a equipe perdeu, então não tem como falar que você jogou bem. Esse acidente cortou a sequência que eu estava tendo. Lógico que, no final, a gente acaba perdendo espaço.

– Mesmo assim, o Cuca sempre falou que queria contar com o meu trabalho. Isso para mim é muito trabalho, o treinador falar isso é porque ele gosta de você. Eu fico chateado porque aconteceram coisas fora do treino, do campo, que não deixaram eu me desenvolver como eu gostaria.

Relembrando Cuca, El Lobo afirmou que ele foi o que mais o ajudou em sua passagem pelo clube. Segundo o ex-meia, o treinador, assim que retornou ao Alviverde, em 2017, deixou claro que gostaria de contar com o seu futebol e, com isso, o escalou em diferentes momentos da temporada.

– Eu trabalhei com Roger, Felipão, Valentim, Cuca… para mim, o cara que sempre confiou no meu trabalho foi o Cuca. Quando ele retornou ao Palmeiras, ele me falou: “Guerra, você vai ser meu 10. Confio muito no seu trabalho”. Com ele, tive muita sequência. Respeitando o trabalho do Roger, Felipão, Valentim, Luxemburgo, que não tive a oportunidade de jogar com ele, mas treinei. Penso que o Cuca foi o cara que me deu mais oportunidades.

– Estava o Eduardo Baptista, eu estava pegando uma boa sequência com ele. Depois ele foi embora, chegou o Cuca, e eu estava numa sequência boa. Mas aconteceram algumas coisas que não consigo entender, mas sempre respeitei as decisões, pensando no melhor para o time. Mas, como falei, isso terminou atrapalhando minha passagem pelo Palmeiras.

O jogador Guerra, da SE Palmeiras, chuta para marcar seu gol contra a equipe do Botafogo FR, durante partida válida pela primeira rodada, do Campeonato Brasileiro, Série A, no Estádio Nilton Santos (Engenhão).

Borja

Outro nome que chegou badalado do Atlético Nacional campeão da Libertadores, mas não correspondeu em campo, foi Miguel Borja. O centroavante jogou com Guerra nas duas equipes, mas, no Brasil, não rendeu como outrora.

Perguntado sobre o colombiano, o ex-meia foi claro: “Borja é um cara muito diferente”. Segundo ele, o atacante tem um jeito singular de trabalhar e, se permitido, ele será artilheiro, como foi da Libertadores em 2018.

– Eu sempre falei, o Borja é um cara muito diferente. Ele tinha sua forma de trabalhar e ele treinava da sua forma. Só que não gostava de algumas pessoas de dentro do Palmeiras. Eu sempre falei com torcedores que me perguntavam, o Borja jogou Libertadores e foi artilheiro, em 2018. As pessoas foram muito duras com o Borja. Quando deixavam ele jogar, ele se irritava muito ele porque xingavam muito ele. Borja, se deixa a bola trabalhar, ele é artilheiro.

Foto: Divulgação/Palmeiras

Título brasileiro em 2018

Sob o comando de Felipão, o Palmeiras de Guerra chegou ao título brasileiro em 2018 – este foi o décimo da história do clube. O meia, porém, não participou de todos os momentos da conquista, sofrendo com constantes lesões e encontrando dificuldade para se firmar nos 11 iniciais.

Ao conquistar o troféu, o venezuelano celebrou muito com os companheiros. Ao NP, o ex-jogador explicou que gostaria de ter sido uma peça com maior protagonismo na campanha. No entanto, o mais importante aconteceu, com a equipe levantando mais um troféu nacional.

– Esse momento (título brasileiro de 2018). Ganhar o Campeonato Brasileiro é muito difícil. Eu queria até ter participado um pouco mais, mas sempre falei, se a equipe ganha, ganha todo mundo. Nada melhor do que conquistar um campeonato. Eu comemorei muito porque tinha passado por muitas lesões. No momento em que o Felipão chega eu estava machucado, uma lesão no pé esquerdo. Quando ele chegou, ele falava: “Preciso de você. Preciso que você se recupere logo”. Quando eu me recuperei, ele começou a me usar. Pouco, mas usava. No final, quando a gente conquista o campeonato foi muito legal, porque estava com a minha família no Brasil, a gente comemorou muito. A verdade é que para mim foi muito especial. Sempre querendo participar mais, mas respeitando as decisões.

O jogador Guerra, da SE Palmeiras, comemora a conquista do Campeonato Brasileiro, Série A, após jogo contra a equipe do EC Vitória, partida valida pela trigésima oitava rodada, na Arena Allianz Parque.

Calendário

O assunto calendário é algo quente no Palmeiras atualmente. O treinador Abel Ferreira critica muito a quantidade de jogos que a equipe tem durante o mês. Essa maratona faz com que muitos atletas não consigam ter as melhores condições antes de embates importantes e, também, causa lesões, que tentam ser evitadas através de monitoramentos constantes de profissionais do Núcleo de Saúde e Performance.

Para Guerra, o imenso número de confrontos que o Verdão tem é um problema. Segundo o ex-atleta, ele nunca havia entrado em campo tantas vezes em tão pouco tempo. No entanto, esta questão deve ser superada por aqueles que pretendem marcar o nome na história do Verdão.

– O calendário do Brasileirão, Copa do Brasil, Libertadores, Paulista, é muito forte. Nunca tinha jogado jogo atrás de jogo. Acho que atrapalhou na questão das lesões. Minha musculatura forçou muito e atrapalhou nas lesões. Nunca tinha jogado tantos jogos na minha vida. O Palmeiras tem uma estrutura muito grande, mas o calendário é muito forte. Os jogadores não são de ferro, vão sentir em algum momento. Posso falar que o Palmeiras, a área da comissão técnica, da fisiologia, se preocupa muito com a recuperação do jogador. Mesmo assim, o jogador sente. O calendário é muito forte.

– Não sei se (o calendário é um) obstáculo (aos estrangeiros), mas o jogador tem de se adaptar muito rápido e aproveitar ao máximo a estrutura. Tudo o que tem no alcance, tem de fazer de tudo para se recuperar. Se tem de dormir na Academia, tem de dormir. Isso depende de cada jogador. Se ele quer fazer história no Palmeiras, tem de se dedicar 100% ao clube.

(Foto: Divulgação/Palmeiras)

Empréstimo ao Bahia

Em 2019, Guerra já não estava mais nos planos do Palmeiras. Por isso, o clube optou por emprestá-lo ao Bahia, time que, na época, era comandado por Roger Machado, ex-treinador palestrino. O venezuelano, então, rumou a Salvador, mas não teve uma boa passagem pela equipe baiana.

– (O empréstimo ao Bahia) foi uma experiência muito legal, porque o Roger e a comissão técnica demonstraram confiança no meu trabalho, mas é difícil, porque eu estava há quase um ano sem jogar. Ir para o Bahia, a temperatura da cidade (Salvador), jogar lá não é fácil. E fui para uma equipe em que a expectativa era muito grande. Eu aceitei porque queria ter minutos, jogar um pouco mais. Mas cheguei sem ritmo de jogo, assim é muito difícil. Não consegui fazer o meu jogo. O Bahia tinha um esquema que era de estar fechado e jogar no contra-ataque, e eu não estava acostumado. Sempre mantive a posse de bola. Eu tentei e, no final, não consegui fazer meu jogo, mas agradeço todo o provo baiano por sempre estar na torcida.

Guerra no Bahia (Foto: Divulgação/Bahia)

Afastamento no Palmeiras e saída do clube

Ao retornar ao Palmeiras, o ex-jogador seguiu fora dos planos. No entanto, sem uma equipe interessada, o clube preferiu afastá-lo dos treinamentos. Guerra, então, trabalhou longe da equipe durante toda a temporada, fazendo atividades individuais acompanhado de preparadores físicos do Verdão.

– Cara, eu comecei a fazer a pré-temporada com a equipe. Eu lembro que eu estava treinando bem, só que a equipe ia jogar a Florida Cup e me falaram que eu não ia viajar porque o grupo já estava completo. Aí eu fiquei. Depois me falaram que não iam contar comigo. Aí começamos a buscar equipes, mas, com todo o respeito, eu não ia aceitar qualquer uma. Barros falava: “Tem essa equipe aqui, tem outra lá”, mas eu não gostava. Eu não ia jogar a segunda divisão, não queria jogar em qualquer um. Eu falei para ele: “Deixa que eu vou à procura de uma equipe”. Eu queria sair. Foi muito difícil. Depois, fiquei afastado, treinava pela manhã com dois caras que me acompanhavam, preparadores físicos do Palmeiras, agradeço muito a eles. Eu falei depois: “Barros, vamos rescindir. Não estou bem, quero sair”. Ele me falou que não podia, porque a Crefisa que comprou a gente. Se rescindir o contrato, teria de pagar para a Crefisa na hora. Eu entendi e fiquei treinando. Foi muito difícil, porque todas as equipes já estavam armadas, com elenco completo, e acabei ficando. Aí acabei meu contrato e saí. Eu não queria falar com ninguém. O Palmeiras não tem culpa. O Palmeiras é muito grande. São caras que estão aí que não me deixaram trabalhar e fazer meu jogo.

O Palmeiras não tem culpa. O Palmeiras é muito grande. São caras que estão aí que não me deixaram trabalhar e fazer meu jogo”.

Guerra, sobre tempo afastado no Palmeiras

Com o fim da temporada, o contrato do venezuelano terminou e ele pôde deixar o clube, como era seu desejo. O destino, no entanto, foi inusitado: o Delfines del Este, da República Dominicana. A opção de jogar em um campeonato menos exigente foi influenciada pelo lado psicológico do ex-jogador, que não tinha forças para continuar no esporte de alto rendimento.

– Primeiro, eu tinha duas ou três equipes na Colômbia que queriam contar comigo. Mas eu não tinha essa força mental para continuar no futebol mais exigente. Eu não tava ganhando dinheiro, nada, só queria procurar uma força mental para saber se eu tinha de continuar no futebol ou parar. Eu fui muitas vezes à República Dominicana de férias. As praias são ótimas. Eu queria ir para lá para despejar um pouco o que eu sentia mentalmente. Fui, fiquei cinco meses. O futebol de lá não tem nada a ver com o profissional, como todo o respeito. Eu fui para lá para pegar uma força mental, porque fiquei esse ano aí muito triste, treinando sozinho, mas depois decidi. Não consigo voltar, não estou sendo feliz, e a gente tem de ser feliz no que faz, aí deixei de jogar.

(Foto: Divulgação/Ag. Palmeiras)

Abel Ferreira e Crias da Academia

Enquanto estava afastado, Guerra presenciou a chegada de Abel Ferreira no Palmeiras. Apesar de nunca ter trabalhado com o treinador, o venezuelano não esconde a admiração que tem pelo técnico, afirmando que tem certeza de que teria oportunidades sob o comando do bicampeão da América.

– Já tinha chegado o Abel. Eu lembro que a torcida do Palmeiras invadiam as redes: “Guerra vai jogar”, “Junta o Guerra com o grupo”, não sei o quê. Eu estava pegando uma força. Algumas vezes a gente apertou as mãos, mas não falamos. A decisão dos caras que trabalham no Palmeiras já estava tomada. Eu queria muito trabalhar com o Abel. Não conheço ele, mas acho que ele mudou completamente a forma de trabalhar dos jogadores, a forma de pensar da comissão, de todo mundo que trabalha no Palmeiras. Você vê que é um treinador que coloca para jogar o jogador que treina bem. O resultado final aí tem, duas Libertadores, a equipe está em cima. Um exemplo muito claro é o Raphael Veiga. Chegamos quase juntos no Palmeiras, mas todos olhavam que ele era um menino e não davam oportunidades, porque tem de jogar caras que têm experiência. Veiga com Abel, está muito acima. Só dar uma sequência que o cara responde dentro de campo.

Se tem de dormir na Academia, tem de dormir. Isso depende de cada jogador. Se ele quer fazer história no Palmeiras, tem de se dedicar 100% ao clube”.

Guerra, sobre o calendário do futebol brasileiro

Além disso, o ex-meia falou sobre a utilização das Crias da Academia no Maior Campeão Nacional desde 2020. Segundo ele, os jovens palestrinos, com quem ele teve a oportunidade de trabalhar enquanto esteve afastado, possuem muita qualidade e são “diferenciados”.

– Como eu falei, o Abel deu oportunidade para todos. Ele tem um olho clínico, ele sabe quem vai colocar. Eu tive a oportunidade de treinar algumas vezes com Veron, Patrick (de Paula), quando eles estavam na base e eu estava afastado. Eu gostava desses caras, muito jovens e com um potencial incrível. Eu continuo falando, o Abel, além do resultado que fala sozinho, eu queria muito ter trabalhado com ele. Eu sei que eu teria oportunidade com ele. Você pode perguntar para outros caras de dentro do Palmeiras, eu me dedicava 100% no treino. Essa é a única coisa que eu posso falar que eu posso estar arrependido, porque o cara chega e eu já estava afastado. Eu teria gostado muito de trabalhar com ele, tenho certeza de que ele dia oportunidade para mim. A vida é assim. Agora, trabalha com esses meninos, e os caras são diferenciados. Treina bem, vai jogar. É simples.

O jogador Guerra, da SE Palmeiras, comemora seu gol contra a equipe do São Paulo FC, durante partida válida pela oitava rodada, do Campeonato Paulista, Série A1, na Arena Allianz Parque (Foto: Divulgação/Palmeiras)

‘Odi’ tem

Enquanto treinava sozinho, Guerra postou um vídeo nas redes sociais afirmando que “Hoje tem Palmeiras”. A publicação se tornou viral entre a torcida, que levou com bom humor as falas do ex-jogador, criando, assim, o meme “‘Odi’ tem”. Sobre isso, o ex-meia palmeirense explicou o que causou a gravação do vídeo e exaltou a torcida do Verdão.

– (Tenho) muito respeito pelo torcedor palmeirense. Sempre demonstram esse apoio comigo jogando ou sem jogar. São diferenciados. Esse meme foi um dia, eu treinando afastado, e fui fazer um trabalho no campo. Campo lindo do Palmeiras, eu estava sozinho. Vi o céu, estava lindo. Fui fazer um vídeo e saiu, espontâneo, sem pensar muito. Hoje tem, hoje tem Palmeiras, cara. Já viralizou. A gente lembra desse vídeo. Queria que me lembrassem de outra forma, mas é uma maneira de lembrar.

Alejandro Guerra esteve no Palmeiras entre 2017 e 2020. No clube, o ex-jogador entrou em campo 62 vezes, conquistando o Brasileirão.

Confira a entrevista completa com Alejandro Guerra

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