Palmeiras, Luiz Felipe Scolari e Arena Barueri. O torcedor voltará sete anos no tempo nesta quarta-feira (30) quando o time entrar em campo para enfrentar o Oeste, pela quarta rodada do Campeonato Paulista. Para dois jogadores da equipe do interior, será especial.
Cicinho e Mazinho, ambos treinados por Felipão em 2012, estarão em campo e não escondem a sensação diferente de reencontrar o ex-clube no mesmo local em que o Alviverde mandou grande parte dos jogos durante a reforma do Palestra Italia.
(Fotos Oeste: Jefferson Vieira/OesteFC)
“Reencontro vai ser especial, diferente. Foi a primeira vez que trabalhei com um treinador de seleção brasileira, campeão do mundo. Currículo incrível, maravilhoso”, disse Cicinho ao NOSSO PALESTRA.
Já Mazinho, lembra que foi em Barueri o estádio em que ele fez o primeiro gol dele com a camisa do Palmeiras, na vitória sobre o Paraná Clube por 4 a 0, nas oitavas de final da Copa do Brasil, competição em que terminaria como campeão.
“Reencontro vai ser bom. Sempre legal rever quem a gente fez amizade. É diferente. Em 2012 estava no Palmeiras, fiz meu primeiro gol aqui. Agora é contra, mas é sempre bom jogar com torcida, então será uma motivação a mais”, afirma Mazinho.
Mesmo campeã, a dupla viveu um período diferente do que o atual momento do clube e, agora longe, apontam o que mudou de lá para cá.
“Naquele tempo o clube não estava com boa situação financeira. Hoje está uma máquina de fazer dinheiro. No Brasil acabou o dinheiro e parece que só tem lá. O Palmeiras ganhou muito com isso, tanto que tem jogadores valiosos. Esse é o ponto mais diferente, mas em 2012 não faltava vontade, tanto que ganhamos a Copa do Brasil”, diz o lateral-direito.
“O patrocínio que entrou. Na época não tinha isso e o investimento deu retorno agora”, completa o atacante do Oeste.
O Felipão é um paizão, um cara que ganha o grupo mesmo e até brincava com a gente lá. Dava uma dura, xingava e dava três minutos e já brincava com você. Teve uma vez que os laterais não estavam bem no torneio e ele juntou só os laterais no campo. Treino só para lateral. Nunca tinha visto isso (risos).
Invicto no Paulistão, o Oeste tem cinco pontos, ocupa a segunda colocação do Grupo D e está na zona de classificação às quartas de final, um ponto atrás do São Paulo. O bom começo faz Cicinho acreditar que a vaga seja possível:
"Eu nunca entro em uma equipe desacreditando. Para mim, todos os jogos dão. Tem que estar em um dia bom, as coisas darem certo para nós, trabalhar honestamente, se dedicar bastante e o grupo está unido. Tudo é possível nessa vida.
Mazinho acredita que primeiramente o Oeste precisa evitar o rebaixamento para depois pensar em coisas maiores na competição:
"Primeiro objetivo é fazer os pontos para se livrar da parte debaixo. A gente está no caminho certo, grupo é bom e dá para acreditar, sim".
O Oeste tenta evitar o susto da Série B do ano passado, quando a equipe acabou na décima sexta posição, uma só acima do rebaixamento.