Abel Ferreira falou sem falar se realmente assinou um documento para trocar o Palmeiras pelo Al-Sadd, do Catar, a partir de dezembro deste ano. Muito inteligente, usou metáforas para falar da biografia como técnico e até em páginas rasgadas da carreira à beira do campo.
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De um tempo para cá, em qualquer assunto, o extremo é apontado como solução. Para o palmeirense, então, ainda mais. Abel Ferreira poderia ter sido claro: “assinei” ou “não assinei”, porém está orientado juridicamente a comentar o menos possível sobre um tema que só o clube catari tem a resposta ou, no caso, o documento assinado por ele ou alguém que tenha uma procuração em nome do comandante palmeirense.
Abel é o maior treinador da história do Palmeiras. Ninguém ganhou tanto em tão pouco tempo. Foram conquistas relevantes, marcos e recordes de novembro de 2020 para cá. Isso não o torna uma pessoa perfeita, pelo contrário. Quanto maior a exposição, mais fácil ter uma decepção. O treinador mostrou que é humano.
Um momento ruim no Palmeiras, a falta de perspectiva no final do ano passado entre a eliminação na Libertadores e a iminente perda do Brasileiro, uma noite de bons vinhos e atitude emocional. A combinação perfeita para mostrar que é falível como todos nós.
O que parecia o fim de um ciclo se fortaleceu com a segunda virada heroica da história do Palmeiras e a negativa da família em se mudar novamente de país. Situações que a vida é capaz de proporcionar.
O palmeirense não precisa ser tão Abel e muito menos Caim. Como ele mesmo disse, “só tem uma verdade” e ela vai aparecer com ou sem documento assinado.