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Palmeiras alega que não pode ser responsabilizado por morte de torcedora ao redor do Allianz em ação

Clube foi processado pelo irmão de Gabriela Anelli, que pede R$ 1 milhão em danos morais e R$ 150 mil em honorários

O Palmeiras foi processado por Felipe Anelli Marchiano, irmão de Gabriela Anelli, em decorrência da morte da torcedora ao redor do Allianz Parque. Em sua defesa, o Verdão alega que não tem responsabilidade pela segurança fora do estádio e culpou a Polícia Militar pelo ocorrido.

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Para o Verdão, a segurança nesses locais é responsabilidade exclusiva da PM. Além disso, o clube entende que a identificação do responsável pela morte só foi possível devido ao auxílio do Alviverde através do sistema de identificação facial.

De acordo com a defesa palmeirense, então, o ocorrido foi uma ação isolada em área pública. Assim, o Maior Campeão Nacional tinha responsabilidade de solicitar a ação do Poder Público; elaborar e executar um plano de ação detalhado de prevendo segurança, transporte e contingências em conjunto com as autoridades e contratar seguranças para auxiliar dentro do estádio.

Passagem do processo (Foto: Reprodução)

O clube também inclui na defesa o laudo da Polícia Militar que reconhece a necessidade de intensificar o policiamento próximo à entrada visitante do Allianz Parque, onde Gabriela Anelli foi atingida.

Um caso semelhante anterior também é mencionado. Na ocasião, a responsabilidade civil do clube foi afastada e, assim, ficou reconhecido que a responsabilidade era do Estado, uma vez que os fatos ocorreram na via pública.

Por fim, o Verdão contesta a possibilidade de ter havido dano moral por parte da agremiação. No processo, Felipe Anelli incluiu o laudo psicológico produzido unilateralmente quatro dias antes do ajuizamento da ação.

Relembre o caso

No dia 8 de julho de 2023, um confronto entre torcedores de Palmeiras e Flamengo nos arredores do Allianz Parque culminou na morte, dois dias depois, da torcedora palmeirense Gabriela Anelli, de 24 anos. A jovem sofreu ferimentos na garganta por conta de estilhaços de vidro e não resistiu.

O irmão da Gabriela Anelli, Felipe Anelli Marchiano, ingressou com uma ação contra o clube e pedindo indenização por danos morais no valor de R$ 1 milhão mais R$ 150 mil em honorários, alegando que o Verdão não ofereceu a segurança necessária prevista em lei por ser a equipe mandante da partida

 – Ao julgar o REsp 1.924.527 e o REsp 1.773.885, a Terceira Turma entendeu que o local do evento esportivo não se restringe ao estádio ou ao ginásio, mas abrange também o seu entorno; por isso, o time mandante que não oferecer segurança necessária para evitar tumultos na saída do estádio deverá responder pelos danos causados, solidariamente com a entidade organizadora da competição – afirma, no processo.

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