O Palmeiras optou por se calar após a negociação frustrada com o Miguel Ángel Ramírez. A ida para o Equador só aconteceu depois do desfecho estar muito bem encaminhado: acerto de carros que a comissão iria usar, apartamentos e até multa milionária em caso de quebra de contrato fora do padrão do clube, assim como o tempo do vínculo.
Procurar se blindar, mesmo que seja depois de um mau negócio é válido, mas não significa mudança alguma. Pessoas influentes na gestão de Maurício Galiotte exaltam o fato de Ramírez “ter puxado o carro” ao invés de reconhecer e absorver os motivos do espanhol. Isso é preocupante.
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A primeira opção para assumir o time apresentou seu lado e o clube não enxerga isso como um “não”. Pelo contrário. O momento exige assertividade e só chegou a tal ponto porque triturou-se treinadores nos últimos quatro anos, dois deles os maiores vencedores do Palmeiras.
A inabilidade da gestão acirra os ânimos da torcida, ávida pela mudança prometida há quase um ano. Desde então se viu mais retrocesso do que progresso, o principal deles apostar em um técnico pelo passado quando pouco dava futuro.
Para quem se posiciona pouco e tão mal para seus torcedores, ficar calado por alguns dias até que a situação se resolva é aceitável. Dar brecha para especulações é um ônus e por isso a explosão de nomes estrangeiros oferecidos em profusão.
Mais do que escolher alguém capaz de ficar de janeiro a janeiro no cargo, o Palmeiras necessita mudar o pensamento. Se recolher para decidir não significa mudar. Caso o cenário não se altere, o próximo técnico será só mais um a passar, com a diferença de não ser brasileiro.
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