(Foto: Cesar Greco/Agência Palmeiras/Divulgação)
O ano melancólico do Palmeiras terá o último capítulo como mandante da mesma maneira. Sem Allianz Parque e Pacaembu, o clube decidiu mandar a partida contra o Goiás no Brinco de Ouro da Princesa, em Campinas.
Em cinco anos da reforma, o time não fez nenhuma partida no estádio em que entrará em campo na próxima semana. O período nômade passou por Barueri, Itu, São Paulo, Araraquara, mas jamais Campinas.
A escolha, segundo o Palmeiras, se deu pela melhor condição de estrutura para torcida, para imprensa, gramado bom, distância da capital e população. Atuar fora do estado de origem nas últimas cinco rodadas é proibido pela CBF.
O ano começou com aumento do plano de sócio-torcedor e vai terminar sem que os poucos capazes de cumprirem com a mensalidade se despeçam do time. Por política, o clube não divulga o número de adimplentes. O que antes era orgulho tornou-se silêncio.
O até 2020 será domingo contra o campeão nacional e são 17 mil ingressos comercializados antecipadamente. A última vez com menos de 20 mil pessoas no Allianz foi no fim de 2017. De lá para cá, são 57 confrontos.
Outro ponto negativo é o fato do time ter disputado 26 jogos no estádio em 2019, contando o Flamengo. É o ano com menos partidas desde a volta para casa. O acordo com a WTorre prevê isso e o problema é a diretoria não conseguir que o Dérbi seja marcado para um dia depois. Sem força ou vontade.
A bilheteria recorde do deca mingou para a menor desde 2015. O planejamento errado passou por todas as áreas do Palmeiras. A torcida é o maior ativo de qualquer time de futebol e quem comanda faz questão de maltratá-la.
Há cerco, ingresso e sócio-torcedor caros e agora jogo longe da capital. A relação virou um tanto faz e para os atuais administradores, quanto mais distante, melhor. Infelizmente.