Existe um ponto no maravilhoso trabalho do Palmeiras de Abel que me causa uma reflexão: qual é o motivo de jogadores em bom momento não receberem sequência? É quase sistemático que um suplente viva um uma boa fase e seja sacado logo em seguida – desaparecendo quase que por completo. Flaco López estava namorando o gol, e logo parou até de entrar. Isso me preocupa.
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Trecho de coletiva de Abel Ferreira após derrota e classificação do Palmeiras contra Fortaleza
Ainda que na noite de ontem o caso tenha sido diferente, de um time que escolheu jogar apenas pro gasto e fez da derrota só um passeio a Fortaleza, a questão que levantei no parágrafo anterior é uma constante. Podendo “poupar”, Abel opta por seus titulares, obviamente desgastados, e insiste na entrada dos mesmo nomes que vão mal em todas as oportunidades.
Se existe algo constante, é que Navarro, Breno e Tabata entram mal todas as vezes, jogam mal todas as vezes e não ajudam, todas as vezes. Porque eles seguem aparecendo? Flaco não havia feito mais e melhor? Endrick não vinha fazendo mais e melhor? Eu realmente me ressinto dessas opções – e elas influenciam o todo. É nítido que Abel não confia e por isso mexe tão pouco.
Mexer pouco implica em um time cansado, que tende a render mal, e por consequência, que precisa de suplentes ativos: mas quais? Os que jogam mal todos os dias? Ou os que não tem ritmo porque quase nunca entram? Cês conseguem ver esse mesmo cenário complicado que eu vejo? Idolatro Abel e confio nele mais do que confio em mim, mas talvez seja a hora de dar minutos a quem merece minutos – para os nossos melhores poderem respirar.
Caso eles possam ter mais dias de descanso, não teremos que ir a Fortaleza para fazer o necessário e ainda passar um sustinha no fim. Não foi difícil, não, longe disso, mas pode ser mais tranquilo, pode não exigir que vejamos minutos de inimigos da bola e, mais do que tudo, que nos dias nos quais precisarmos de MUDAR um jogo, tenhamos condições e nomes para isso.