A torcida do Palmeiras preencheu o pouco espaço que havia nos arredores do hotel Radisson, em Belo Horizonte, para aguardar o elenco, que chegaria horas mais tarde. Neste pequeno grupo de pessoas existem grandes histórias de amor ao clube, de sonho e de luta para sustentar o carinho por uma equipe.
Fernanda estava com a feição de tensão aparente, a postura inquieta e os olhos frenéticos, tentando entender alguma coisa. Ao lado, os pais, Rênya e Fernando, mostravam suporte e tentavam acalmar a jovem. Pedro, o irmão mais novo, repetia “Palmeiras” com alguma frequência. Essa família, liderada pela jovem torcedora no auge dos seus 13 anos, é de Lavras, interior de Minas Gerais.
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Eles tiveram o primeiro contato com o time de seus corações no último domingo (30), na Arena Independência, na goleada por 4 a 1 aplicada sobre o América. Apesar do grande momento, Fernanda estava triste porque não encontrou o hotel do clube e não tirou foto com seus ídolos. Vendo imagens na Internet e fazendo muita pesquisa, soube onde o elenco estaria nessa nova jornada por Belo Horizonte.
A jornada de Fernanda foi de emoção, com um contato mais próximo de seus ídolos, mesmo que sem fotos, mas vendo de pertinho, vendo que muitos deles são feitos de carne e osso. Numa soma de esforços, Fernanda ainda ganhou um vídeo do zagueiro Murilo, que dedicou minutos para mandar uma mensagem de afeto a ela e seus familiares, dando contornos de conquista à missão. Nesta quarta (2), eles estarão no Mineirão.
Jéssica hoje vive na capital mineira, mas sua história com o Palmeiras começa com a família inteiramente vascaína com a exceção de um tio, que a faz palmeirense. Nascida em Manaus, ela morou na Argentina por um tempo, e, para conseguir viver o clube de seu coração, entrou em ônibus, viajou por horas e foi testemunha de uma das maiores vitórias do Verdão, quando a equipe comandada por Roger Machado demoliu o Boca Juniors em plena La Bombonera em 2018. Agora, ela espera por novos minutos de história contra o Atlético-MG.
João Pedro veio do interior de São Paulo pela primeira vez para ver seu time jogar, aproveitando a viagem que faz com sua namorada – ela tem uma camiseta do Remo e sonha com autógrafo de Rony. Renan está na estrada com o Palmeiras pela primeira vez, sozinho, com a cara e a coragem, movido pela paixão, projetando memórias inesquecíveis em uma noite de Copa, que o palmeirense conhece tão bem.
Eles são só alguns dos pequenos exemplos de uma torcida que ama e que vive por e para o Palmeiras, mesmo que estejam longe, forasteiros apaixonados que esperam tanto por uma chance, uma pequena e breve chance de estar próximo e confessar todo seu sentimento. É engrandecedor ver como um clube de futebol pode mover tanto amor.