Opinião

In loco: confira como foi a vitória do Palmeiras vista da arquibancada

Torcida fez ventar e deu show em partida pelo Mundial de Clubes

(Foto: Arquivo pessoal)
(Foto: Arquivo pessoal)

A torcida do Palmeiras estava determinada na arquibancada em Abu Dhabi. Queria a vitória, dentro e fora de campo. Engolir o Al Ahly de todo jeito. Criou-se um clima sem igual que moldou o cenário do jogo durante os 90 minutos e um pouco mais. O NOSSO PALESTRA acompanhou a festa alviverde de perto em Abu Dhabi.

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Na entrada do estádio, palmeirenses reunidos cantavam para o mundo ouvir: “Eu sou Palmeiras, sim, senhor!”. A música mais lembrada antes, durante e depois da semifinal. Passando a fiscalização da FIFA, todos se dirigiram às arquibancadas. No entanto, alguns tiveram de mudar de setor.

A federação optou por separar parte do estádio para os que iriam apoiar o Al Ahly. Para os palestrinos, a recomendação na entrada no Al Nahyan foi para sentar em qualquer lugar. Com isso, muitos se deslocaram para a parte central – entre estes, a Mancha Alviverde.

A principal organizada do clube, munida de tambores e vozes, saiu de trás do gol para apoiar o Verdão num novo setor. E começou a cantoria cedo, com aproximadamente uma hora hora para o início do confronto.

Antes da primeira música, um dos líderes subiu na cadeira e disse para todos os presentes: “Muitos gostariam de estar aqui e nós podemos. Vamos aproveitar, cantar sem parar”. E o que foi solicitado foi prontamente atendido por todos que escutaram.

A torcida cantou durante os 90 minutos do jogo – e quem parou voltou na sequência após pedidos frequentes de membros da organizada. Pessoas que assistiram ao jogo da televisão relataram que só conseguiam escutar os palmeirenses. A impressão da arquibancada foi a mesma. Torcida do Al Ahly acanhada, tentando, em alguns momentos, crescer. Mas impedida pela massa verde.

O apoio ao time era, de longe, o principal objetivo. Muitos diziam: “Vamos ganhar o jogo cantando”, “se cantar a gente ganha”, entre outras coisas. E, em todos os momentos, o suporte aos atletas foi nítido.

Antes do início, como é esperado, todos os atletas inscritos no Mundial foram ovacionados. No início do jogo, novos gritos pelos jogadores – desta vez apenas com os titulares. Em substituições, a mesma coisa.

Com gol de Veiga e Dudu, o estádio quase foi abaixo. Não foram poucos os que caíram, uma vez que todos estavam de pé em cima de suas respectivas cadeiras. Euforia e celebração. Em campo, a mesma energia, mas com convicção de que era necessário manter o foco.

Para isso, assim que Dudu faz o segundo, Danilo corre para comemorar e, olhando para o restante do time, o jovem de 20 anos colocou os dedos na cabeça, fazendo o sinal que ficou eternizado por Abel Ferreira. O atleta cobrava cabelo dos jogadores para manter o resultado.

O principal momento, porém, ocorreu no gol anulado do Al Ahly. O tento surgiu de uma falha do goleiro Weverton, querido pela torcida e um dos melhores do país. Após a comemoração depois do resultado da checagem do VAR, as arquibancadas esbravejaram.

– Puta que pariu, é o melhor goleiro do Brasil. Weverton!

Depois do apito final, a cantoria continuou por alguns minutos, e os jogadores foram agradecer ao público pelo show realizado durante aquela partida.

Na saída do estádio, alguns cantavam, mas eram minoria. Muitos ainda sem comemorar, já pensando na final contra o vencedor de Chelsea a Al Hilal.

E, como em Montevidéu, a torcida do Palmeiras fez ventar em Abu Dhabi.

NOSSO PALESTRA cobre in loco o Mundial de Clubes da Fifa em Abu Dhabi com João Gabriel Falcade e João Pedro Heleno Sundfeld.

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