Mar calmo não faz bons marinheiros.
Se os ventos seguirem nessa toada, vamos olhar com carinho para essa frase dita por Abel Ferreira.
O trecho de sua coletiva após uma vitória em casa remete ao mais palmeirense dos sentimentos. Seja a fase que for, nunca vi algo vingar por aqui sem se arriscar em mergulhos profundos.
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Abel entendeu isso. Depois de esbravejar e quase ficar à beira-mar ao tripular o gigante verde.
Foi preciso estourar na rebentação para erguer a cabeça, olhar o oceano ao seu redor – talvez o mesmo que atravessou para chegar até ao Palestra, e enxergar que a nossa natureza é o caos.
Vir de Portugal para conhecer o velho jardim suspenso é uma rota à parte, mas isso já deve ter ficado nítido. Principalmente quando traz para casa a taça tida como obsessão, que é narrada em músicas e, logo depois, exigem descobertas maiores, desconsiderando qualquer contexto.
Navegar pelo mar verde requer mais do que mapas consagrados e boas intenções. É preciso encantar através do sonho da terra firme, do jardim repleto de palmeiras, além de desviar dos inúmeros contratempos que surgem durante a travessia – ora dentro de seu próprio barco, ora arremessados para dentro dele.
O caminho por aqui é dificultoso, e ainda assim, compensador. Digo isso pelo pouco que vivi, mas pelas muitas histórias que escutei desde que entendi o meu lugar nesse mar.
E também porque sei que poucos enfrentam a ressaca e se alinham para virar maré viva como nós.
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