Por fax e por zap.
Chato é ter que contar tanto fato. Senta que lá vem história. No caso, levanta.
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Em 1960, depois do 3 a 1 em Fortaleza, o Palmeiras levou o primeiro gol no Pacaembu. Mas em 20 minutos já tinha marcado quatro. Acabaria 8 a 2. “Sem emoção”. Como se fala descendo dunas de buggie.
No Robertão de 1967, em 20 minutos no Pacaembu o maluco do César encaminhou o primeiro título nos 2 a 1 contra o Grêmio, no quadrangular final em turno e returno.
Na Taça Brasil do mesmo ano, o Palmeiras venceu bem o Náutico, no Recife. Mas sem Ademir da Guia, liberado para trazer a noiva do Chile, perdeu no Pacaembu. Dois dias depois, no jogo-extra no Maracanã, os pombinhos Ademir e César fizeram os gols do título. No dia seguinte ao casamento do Divino. A noite de lua de mel de Ademir foi com César. E com o título.
Em 1972 e 1973, dois empates sem gols deram o bi brasileiro. Era jogo único contra o Botafogo. E sem grandes emoções. Contra o São Paulo, o empate bastou no Morumbi ao final do quadrangular em turno único. O Palmeiras merecia ganhar.
No BR-93, depois do 1 a 0 em Salvador, em 20 minutos o Palmeiras já tinha feito 2 a 0 no Vitória, no Morumbi. Sem sofrimento.
No bi de 1994, 3 a 1 no Dérbi no Pacaembu, na ida. Levou um gol no começo do segundo jogo de pouca torcida rival. Empatou no final e terminou com o sofrimento relativo.
No enea antecipado em 2016, tocante festa contra a Chapecoense em casa em tarde de Allianz Parque de recorde, com todos se abraçando como Jailson e Prass.
No deca antecipado em São Januário, em 2018, outra vitória por 1 a 0. A primeira com Deyverson fazendo o gol do título.
Em 2022, o título mais antecipado e esperado da história. 17h53, quando acabou América 1 x 0 Internacional. Gol de Alê. O time campeão concentrado na Academia. Meio como em 1969, no vestiário do Morumbi, o Palmeiras esperou 22 minutos para acabar outro jogo em Belo Horizonte (Cruzeiro 2 x 1 Corinthians, no Mineirão) para celebrar o título do Robertão, depois dos 3 a 0 no Botafogo.
Agora, por desordem da CBF, os jogos que podiam decidir o título foram marcados para horários distintos.
Quem sabe faz a hora. Até antes dela. Antes de entrar em campo.
Se dizem com desdém e desídia que as primeiras quatro faixas foram por fax (mesmo sendo grandes feitos e fatos), o caneco de 2022 foi por zap: mandaram avisar que o Palmeiras é o campeão.
Indiscutível.
Como os brilhantes 4 a 0 contra o Fortaleza (de ótima campanha no returno) foi derretido pela melhor atuação palmeirense no BR-22. Na primeira de Endrick como titular. Com o primeiro gol dele no Allianz Parque.
Indiscutível.
Ou só se discute mesmo se o grande campeão é hendeca ou undeca. Ou como manchetou o De Sola. “Como se fala onze vezes campeão? No Brasil se fala Palmeiras”.
Você só conta desde 1971? Sem problema. Conte até sete e some duas Taças Brasil e mais dois canecos do Robertão.
Não é o maior campeão brasileiro? É o maior campeão nacional. Com mais quatro Copas do Brasil e uma Copa dos Campeões.
Chato? Para quem é chato.
Chato deve ser para quem não é campeão.
Chato, de fato, é contar tantos feitos. Tanto fato.
Todo mundo joga futebol com 11. Mas só um conta até 11 no Brasil.
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