Cada jogo tem mesmo a sua história – embora a sua geografia tenha sido a mesma da segunda-feira: o Morumbi viu um primeiro tempo parecido com o do jogo do BR-22: São Paulo melhor, atuando bem, com o Palmeiras criando e jogando ainda menos nos 45 iniciais do que no começo da semana. Na etapa final, menos futebol. Mas o suficiente para fazer justiça a quem quis mais jogo. E estava mais mordido e mordendo muito mais.
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Rogério Ceni manteve o time e, a equipe, o desempenho. Marcou mais à frente, com apetite e vontade. O Palmeiras, amuado e blasé, não conseguiu sair para o jogo, mesmo com a fase excepcional, e os retornos de Marcos Rocha e Zé Rafael para qualificar a equipe de Abel (mais uma vez conduzida pelo até então invicto João Martins). O Tricolor soltou de novo os alas, aproximou Igor Gomes e Patrick para dialogarem com Calleri, e contou com infeliz atuação individual e coletiva palmeirense. Fora uma bela enfiada de Marcos Rocha para Veron que chegou atrasado, aos 27, nenhuma oportunidade criou o Palmeiras na primeira etapa.
Na sequência, aos 30, Patrick foi levando na raça, no corpo, e na raiva a bola até fuzilar Weverton, enquanto o Palmeiras apenas assistia à entrega e superação rival. Mais não precisou fazer o Tricolor para garantir a merecida vitória na parte inicial.
No segundo tempo, se pudesse, João mudaria quase todo o Palmeiras. O São Paulo “apenas” precisaria manter o pique e o ritmo – algo que o time também tem pecado, como foi no final do Choque-Rei prévio. A equipe alviverde voltou com os mesmos nomes. Inverteu os lados de Dudu e Veron. Mas seguiu com poucas ideias e muitas finalizações erradas.
O São Paulo recuou as linhas, de novo teve dificuldades físicas, mas apostou na solidez que era dele até o destempero no final do clássico passado. Desta vez, a lição pareceu aprendida. Até pela má jornada rival. E a superação de nomes como Neves, em mais uma boa atuação.
Aos 21, Navarro x Veron (com 21 minutos de atraso), Gabriel Menino x Danilo (em jornada discretíssima). Scarpa tentou cair pelos lados, mas o sistema defensivo tricolor esteve atento. Se voltou a não criar lances na frente, desta vez concedeu bem menos a um irreconhecível Palmeiras. Com 30, Breno Lopes e Wesley substituíram Dudu e Rony.
Nada fizeram. Nada fariam em um jogo que acabou sem graça, com só uma chance de Scarpa no segundo tempo, mesmo com as tardias mexidas de Ceni só a partir dos 35, com a saída de Arboleda (caiu feio) para a entrada de Miranda, e Pablo Maia por Patrick. Marcos Rocha saiu na sequência, pregado e prostrado como todo o Palmeiras que estava perdendo 19 jogos de invencibilidade.
Não foi aquele jogo. Mas teve a vitória do time que de fato buscou mais o jogo e o gol. E mereceu o resultado que ainda deixa tudo em aberto. Só que não “definido” para o favorito que jogou muito pouco fora de casa, conhecendo sua quarta derrota em 2022 – a segunda no Morumbi.
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