Meu primeiro Palmeiras x Santos foi em 1973. Há 50 anos. No mesmo Morumbi onde nunca tinha assistido ao nosso time no estádio com meu caçula. Gabriel arrumou os ingressos. Ficamos no primeiro tempo ali no escanteio pela esquerda, no anel inferior. Não vimos a bola do Murilo entrar no primeiro gol. Tinha placa de publicidade e repórteres na nossa frente. Como tinha um mundo de gente entre o Rony e o segundo gol. E também não vimos onde ela entrou. Só vibramos com a vibração do estádio com quase 50 mil. O que não acontecia com o Palmeiras mandando desde o Dérbi de 2009, em Prudente.
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Na segunda etapa, fomos para o outro lado. Refletores acesos, eu enxerguei melhor. Dava agora para ver o telão na frente e também melhor a meta onde Giovani completou bonito grande lance de Rony. Coroando atuação eficiente e segura do Palmeiras contra o mais frágil Santos que já vi. Ainda mais sem Soteldo. Perdendo João Paulo lesionado antes dos gols. Não encontrando a velocidade e consistência alviverde em quase nenhum momento do clássico.
De um Palmeiras tão forte e tão firme que nem precisa jogar muito para vencer com autoridade um Santos que nunca foi tão derrubado para o duelo. E saiu ainda pior do Morumbi. Mesmo com um golzinho no final que meu filho nem viu e nem ouviu pela deplorável torcida única. Uma lástima. Ainda mais com mais um show da torcida palmeirense. Não pelo número. Mas pela intensidade e identificação com os abelhudos de Ferreira.
Ao final, voltamos a pé pra casa. Celebrando cada selfie e abraço da torcida e lembrando como era na fila de 1976 a 1993. Quando eu ia ao Morumbi de ônibus e voltava muitas vezes triste. Sem esperança no time. Sem perspectiva de acabar com a fila. Sem elenco. Sem nada.
E, agora, ao lado do filho, só querendo mais uns dois reforços. Não mais do que isso. Subindo os talentos campeões da base. Mantendo a base do elenco. Mantendo esse trabalho que nem em sonho eu imaginaria há mais de 30 anos. Quando não esperava ter um companheiro de arquibancada tão lindo quanto o nosso Palmeiras. Tão bonito como uma vitória em clássico.
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