Eu nunca joguei futebol. Quando tentei, que horror. A bola brigava comigo, meus pés erravam os passos, era medonho. Ainda assim, aprendi um pouco de como funciona essa tal de altitude. Certo dia, fui conhecer em carne, osso e falta de ar, como era a realidade desse fantasma. E vou te contar, meu bom, é desesperador. Você respira, não vem, você insiste, não vem. Uma briga hercúlea pra se manter bem.
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O Palmeiras, meio capenga das pernas, tem a altitude de La Paz pela frente. Diante do Bolívar, o time de Vanderlei terá de oxigenar suas ideias para sobreviver na missão pela América. A questão que me fica é: vale a pena colocar pra guerra todos os seus melhores nomes? Já com a classificação encaminhada num grupo fácil, é o caso de levar esse duelo como decisão, mesmo?
Depois da luta nas alturas, o time tem o Grêmio, longe de casa, pela frente. E é pelo campeonato que o Palmeiras pode vir a liderar se vencer os gaúchos e algo aqui e acolá derem errado pros concorrentes. E com um jogo a menos. Não se ignora o cavalo selado que convida para a disputa desta taça que é velha conhecida do Palmeiras. Seria a décima primeira. E o sabor seguirá maravilhoso.
Não, o cronista não acha o Brasileirão melhor que a Libertadores, ele só acha que não vale a pena colocar peças em risco para uma partida na qual seu melhor desempenho provavelmente importe pouco, a disputa será de ar, de gás, de pulmão, de correria. Apostaria, no auge da minha corneta pouco habilidosa, em um time de quem tem mais canela pra gastar. Faça-se o jogo que os locais propõem, então.
A vitória decide e a derrota muda pouco. A aposta não vale a pena. Pelo menos pra mim, aqui do meu sofá.
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