O Palmeiras encerrou a 14ª rodada do Brasileirão 2023 em quinto lugar, com doze pontos de distância para o cada vez mais líder Botafogo. Flamengo, Grêmio e Fluminense fazem campanhas melhores que a do Verdão neste momento.
Com elenco curto, e sem perspectivas claras de melhora, o clube precisa tomar uma decisão: seguir dividindo esforços em três torneios ou buscar fôlego para focar nos mata-mata? Em quatro dias, a Copa do Brasil já prevê uma decisão, que pode direcionar ainda mais qual o caminho a se seguir.
Caso avance, e torcemos para tal, Abel terá argumentos claros para preparar, ao longo de um mês, esse time para duas eliminatórias, nas duas Copas. Neste meio tempo, rodar o elenco, dar gás aos desgastados, rodagem aos jovens e sustentação para buscar a presença entre os quatro melhores do Brasileirão – uma obrigação.
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Caso falhe na missão de reverter a vantagem do São Paulo, restará a Libertadores, que é o torneio mais importante do ano. Neste sentido, qual atitude tomar com o Brasileirão, que está muito distante já na décima quarta rodada. Acreditar no longo prazo e arriscar que mais jogadores venham a se contundir, ou abdicar para apostar o all-in na Copa?
O preço pago por uma postura omissa de mercado pode ser caro – já está sendo. Não se pode normalizar que o atual campeão esteja em vias de abandonar o torneio do qual é o atual campeão ainda antes da metade dele. É muito pouco.
O Palmeiras ainda pode buscar ajustes de elenco e criar condições de buscar tudo, mas, hoje, a realidade é abdicar de um para ter chances noutro. Ao meu ver, poderíamos estar numa realidade bem diferente caso a direção olhasse com mais crítica e proatividade para o grupo, para as vendas e para o mercado.