O Palmeiras tem um diamante em mãos, que brilha não apenas dentro de campo. Em ascensão meteórica no último mês, Endrick recebeu sua primeira convocação para a Seleção Brasileira por Fernando Diniz e apresentou-se nesta segunda-feira (14).
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Jogador mais novo a ser convocado desde Ronaldo, o atacante esteve no holofote da apresentação dos atletas na Granja Comary. Suas primeiras fotos no prédio da CBF tiveram alcance internacional, e o feito virou, inclusive, capa de revista na Espanha.
Tanto a imagem do jogador com a dupla Vini-Rodrygo, quanto a em que posa sozinho, em frente ao escudo brasileiro, viralizaram durante o dia. O acontecimento provocou mais de um tema de debate, mas o tópico central permaneceu o mesmo: protagonismo.
Uma imagem vale o peso de mil gols. A foto do jogador vestido com roupas de simples estampa – embora de marca – evocaram estética da década de 1950. E não só. A semiótica levou a comparação com o Rei, que, indiscutivelmente, se vestia parecido.
O ponto talvez seja muito menos sobre moda e mais sobre postura, figura, personagem. Endrick não nasceu para ser coadjuvante, e o mundo inteiro parece ver isso. No auge dos 17 anos, a joia palmeirense indica ser, sem dúvida, o próximo grande astro brasileiro.
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Endrick se apresenta à Seleção Brasileira na Granja Comary
Quem aparenta menos enxergar a força deste cometa, no entanto, é seu próprio clube. Enquanto a fotografia de Endrick rodou a internet, as redes oficiais do Palmeiras fizeram zero menções ao acontecido.
Depois de tanto demorar a confiar o campo ao jogador, o Alviverde agora limita seu potencial para além das quatro linhas. Neste caso, por sua vez, quem perde é somente o clube, já que a Cria da Academia rompeu a bolha e promove sua imagem com ou sem ajuda do Verdão
É difícil entender se esta recusa ao engajamento é ideológica ou deriva da incompreensão do clube em saber com que está lidando. Não é sobre servir de plataforma para alavancar o jogador, pelo contrário. Diz respeito ao potencial que este menino tem de, além de tudo, popularizar o clube.
Não que o Palmeiras vá passar a ser mais ou menos com Endrick, tal qual o Santos com Neymar. Mas saber quando o Palmeiras, de Endrick, irá a campo; qual a camisa do Palmeiras vestida por Endrick; qual o clube Endrick jogava antes do Real Madrid. Isso tudo importa.
Especialmente para um clube carente de ídolos formados no base – exceção a Gabriel Jesus e à última geração. Ser símbolo de clube formador, ser referência, ser o berço de Endrick Felipe Moreira de Sousa, vai valer cada vez mais.
O Alviverde tem o jogador por pouco mais de sete meses antes de vê-lo partir para sabe-se lá quando. Não há mais tempo a desperdiçar. Entre os onze ele já tem seu lugar, possivel protagonista de um bicampeonato brasileiro. Ele já é o cara e a cara do Palmeiras. Falta o Palmeiras entender.