João Sundfeld: O que é futebol? – Uma análise sobre a falta de análise
Jogar bem não é amassar o adversário, mas sim cumprir com perfeição às ordens do treinador
Muitos brincaram antes da semifinal, afirmando que o Palmeiras de Abel Ferreira iria assassinar o futebol contra o Atlético-MG. O time entrou fechado em dois jogos, parando o adversário primeiro para, depois, pensar em marcar. Deu certo, muito certo, mas alguns resolveram levar a brincadeira a sério.
Afinal, não tem cabimento um time se defender assim. Cadê a beleza no jogo? O Tiki Taka? A marcação alta? Três zagueiros? Retranqueiro! Sem repertório! Não serve para o futebol brasileiro! Não tem emprego na Europa! Campeão da Libertadores? Quem liga! Atual finalista? Pouco importa!
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Mas por que essa implicância toda?
Pode ser a cor da camisa – para um, que chama de “supremacista” a quem não gosta, é a cor da bandeira. Mas e o futebol? Fica em segundo plano.
Futebol não é questão de gosto, preferência ou beleza. Não ganha quem joga mais bonito, ganha quem joga melhor. Quem faz mais gols. Quem sabe usar o regulamento.
Cada time entra em campo com uma proposta de jogo. Jogar bem não é amassar o adversário, mas sim cumprir com perfeição às ordens do treinador.
E isso o Palmeiras faz, melhor que tantos por aí. Quis não tomar gols na ida, Galo não acertou um chute. Quis usar o regulamento na volta, está na final para o ódio daqueles que não entendem do campo.
Com dois zagueiros, às vezes três. Com alas ou laterais. Volantes de meias, meias de volantes. Se adaptando ao adversário, ao meio, aos atletas disponíveis. Não querendo encantar. Com o sonho de vencer.
Mas, né, se tem três zagueiros, o time é defensivo. São mais jogadores pra defender, como vai fazer gols? Os 90 que a Atalanta de três zagueiros fez na Série A? Ninguém viu. Os cinco que compõem o meio e têm mais liberdade para avançar? Tanto faz. No Brasil é diferente. Não serve.
Mas o que não deveria servir são os tais “jornalistas”. “Comentaristas”. Ignorantes e criminosos.
Afinal, desdenhar pela bandeira ou cor da pele tem nome e artigo penal.
Mas, fazer o que? A resposta vem no campo. Ou nos tribunais.
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