Mauro Beting: Avanti, campeão da América

O Palmeiras também perdeu feio no Mundial de Clubes pelo desgaste físico e mental da maratona tanto insana quanto inesperada. Nos pênaltis, tava na cara tanto quanto a torcida contrária a Felipe Melo na última cobrança, o peso das pernas verdes (e também campeãs da América) contra as egípcias.

Como disse São Marcos no meu Instagram: “a cada três dias um jogo importante, adaptação a fuso horário, brigando em três competições… Ah, mas os caras ganham milhões. Milhão não compra descanso físico e mental. Às vezes acho que esquecemos 2014, em que brigamos para não cair. Vamos tentar ser mais gratos e palmeirenses do que ficar caindo em uma pilha de adversários, que fazem questão de jogar crises dentro do Palmeiras, mas que relevam quando a crise tá nos outros”.

É por aí, Marcão.

E isso também explica o que não rolou no Mundial de um clube que não imaginei que chegaria até o Catar.

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Tudo que o Palmeiras não fez no Mundial é “compreensível” para um time que ganhou o SP-20 meio que não sabendo como depois da parada da pandemia. Tudo que o Palmeiras deixou de ganhar no Catar é “natural” para um time que não perdeu 20 jogos com Luxemburgo mesmo sem sabe como. Tudo que o Palmeiras fez de ruim em Doha é “justificável” pelos 28 jogos em três meses de um time e de um futebol que não inspiravam tanta confiança, pelos motivos levantados pelo Marcão, e por outros mais que se veem também nos últimos anos de cinco eliminações de sul-americanos na semi do Mundial.

O Palmeiras já voltou ao continente que conquistou há 13 dias. E que ele seja recebido como campeão da América mais do que quarto colocado do Mundial. Até por faltarem 16 dias para a grande final da Copa do Brasil contra o Grêmio.

O que explica muita coisa. Até aquelas que pareçam inexplicáveis ou injustificáveis.

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