O primeiro campeão da Libertadores que acabou quarto colocado no Mundial de Clubes desde que a fórmula é adotada a partir de 2005. O primeiro a não marcar em dois jogos (e nos dois primeiros pênaltis…). Se disputa de terceiro lugar é pior do que dançar com a prima, levar um bolo dela consegue ser ainda pior.
Se não tinha mesmo como usar o termo “vergonha” ou “vexame” para a queda do Palmeiras na semifinal contra o bom Tigres (de grande receita e investimento), e mesmo que o Al Ahly tenha experiência no torneio e supremacia na África, voltar para o Brasil na quarta posição é péssimo. Ou é mais do que decepcionante – por mais inesperada e gloriosa que tenha sido a jornada libertadora do Palmeiras de 2020-21 (que garante um 2020 vencedor palmeirense, mesmo que jornalistas esportivos insistam em contrariar a lógica e persistam no clubismo tão doentio quanto risível).
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O Palmeiras jogou um pouco melhor do que nas partidas anteriores. Criou mais chances que o Al-Ahly na partida. Mas não a ponto de ser injusto o empate sem grandes emoções e futebol. Como quase sempre é uma disputa de terceiro lugar. Como nunca aconteceu um quarto lugar como esse para um campeão sul-americano.
Abel armou o Palmeiras no 4-2-3-1 (como o egípcio Al-Ahly desfalcado de seus dois melhores jogadores suspensos). Felipe Melo devidamente recuperado ao lado de Patrick de Paula; Rony e Willian abertos, Veiga por dentro atrás de Luiz Adriano contra o bem armado campeão africano, pela sexta vez no Mundial de Clubes.
Na primeira meia hora, o eneacampeão africano foi melhor. Marcou melhor, aproveitou-se de erros defensivos brasileiros (inclusive um de Felipe Melo que gerou a primeira e melhor das duas chances egípcias, aos 27). O Palmeiras resolveu acordar e teve três boas chances.
A segunda etapa até teve mais lampejos palmeirenses. Mas pouca coisa. Que acabou pesando nos pênaltis. Rony ficou meia hora para recuar a bola ao goleiro. Weverton respondeu a la Weverton fazendo defesa sensacional na segunda cobrança. Luiz Adriano tirou demais do goleiro e jogou fora. O campeão egípcio mandou na trave esquerda. E então os times acertariam o pé até o útimo pênalti cobrado por Felipe Melo. Talvez desde Marcelinho Carioca x Marcos, na semifinal da Libertadores de 2000, não tenha havido tamanha torcida contrária.
Por isso a festa maior dos rivais do que seria a celebração se o Palmeiras tivesse feito o “dever” fora de casa.
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