Mauro Beting: ‘Eles eram favoritos em 1974…’
"História que se repetiria como festa. Também pelo desconhecimento da história de quem tem. E do futebol que todos têm"
Eles eram maioria no estádio. Tipo 80%. E também são nas ruas. Eles eram “favoritos” para a maioria da imprensa – pelo que tinham feito no começo do torneio.
Não eram tão favoritos no gogó do elenco como havia sido o Flamengo de Coutinho no BR-79. Diziam em campo e fora dele que os meninos de Telê tremeriam no Maracanã. Cartolagem rubro-negra garantia a compra dos bilhetes aéreos para enfrentarem o futuro campeão Inter de Falcão na fase seguinte. Falavam que o Palmeiras era verde demais. E foi demais o Verdão que meteu 4 a 1 no badalado Flamengo. Goleada que levaria Telê Santana para substituir Coutinho na Seleção.
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Eles eram favoritos em 1974. Mesmo que um clássico iguale os desiguais. Ainda mais aqueles: eles não venciam um título havia 20 anos. Os nossos não eram campeões havia 10 meses. Éramos a base da Seleção. A Segunda Academia. A de Dudu e Ademir da Guia. Mas a imprensa dizia que…
E segue sem ter o que dizer. Há 47 anos. Zum zum zum. Foi o Ronaldo. Não um Fenômeno. Não o goleiro histórico alvinegro. Mas o Ronaldo que foi notável no Dérbi mais importante dos Ronaldos. O do SP-74.
Quando 20% fizeram a festa. Contra tudo e nem a favor do vento.
História que se repetiria como festa. Também pelo desconhecimento da história de quem tem. E do futebol que todos têm. Mas que vai ter mais história quem fala pela bola, não pela boca. Torcida faz diferença sempre. Mas um campeão não se faz igual.
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