Mauro Beting: ‘Empate rústico – Goiás 1 x 1 Palmeiras’

No frigir das bolas, o Goiás se saiu melhor do que a encomenda em placar que acabou dolorido pelo empate ao final

Se fosse Abel, teria dito antes e no intervalo: “Avanti Palestra, rumo à terceira vitória na Liberta”. Talvez o desempenho fosse outro. Se fosse Jair, teria feito o seguinte: “Vamos, Goiás! O Brasileiro começa hoje”.

Nos primeiros 20 minutos na Serrinha, o Palmeiras (que vinha de merecida derrota para o ótimo Ceará) tinha potencial para golear o Goiás (que vinha de um feio 3 a 0 para o Coritiba). Parecia a sequência dos 8 a 1 na Libertadores. Goiás que teve que trocar o lesionado volante Auromir na cabeça da área por um quinto zagueiro Da Silva, aos 17. E só chegaria aos 22 minutos à meta de Weverton, que fez um milagre no voleio de Apodi. Murilo quase fez de cabeça os 24 na última oportunidade palmeirense no quente primeiro tempo em Goiânia. Depois da parada hidráulica aos 30, a intensidade do Palmeiras evaporou. E o Goiás de Jair Ventura ficou na dele, atrás e encolhido.

Na segunda etapa, o Esmeraldino resolveu sair um pouquinho mais até o isolado Pedro Raul abrir o placar, aos 11. Na colaboração de Caio Vinícius, que entrou de carinho na barriga de Weverton. No primeiro momento, não achei nada. Depois, por vários ângulos, eu teria marcado a falta no goleiro palmeirense. E também teria mexido antes no time de Abel. O treinador demorou a escalar Scarpa no lugar de Piquerez que vinho tentando ser o articulador pela esquerda na equipe que atacava no 3-2-5: Marcos Rocha pela direita, Danilo ficando mais para a chegada à frente de Zé Rafael, Dudu e Veron (escalado para ganhar ritmo e confiança) alargando o campo, Veiga próximo de Dudu para manter a associação da melhor dupla hoje no Brasil, Piquerez chegando por dentro, e Navarro tentando manter ON o modo Libertadores Mood.

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Não rolou. O Palmeiras piorou. Ficou nervoso. E perdeu os poucos lances que criou com Rony. Ele perdeu aos 20 um gol fácil quando substituiu Veron (mas jogando mais por dentro). Nem ele e nem o apagado Navarro aproveitaram os 679 cruzamentos de Scarpa – que entrou aberto pela esquerda.

Só chegou ao empatou aos 50, quando Rony acertou belíssimo voleio depois do ótimo Tadeu socar uma bola que dividiu com Gómez. Lance também discutível. Mas que eu não marcaria a falta.

No frigir das bolas, o Goiás se saiu melhor do que a encomenda em placar que acabou dolorido pelo empate ao final. O Palmeiras mais se alivia do que pode celebrar o empate no fim. Num daqueles jogos que podem ser determinantes lá na frente.

Para os dois.

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