Mauro Beting: ‘Gigantes – Palmeiras 2 x 2 Athletico Paranaense’

Pelo VAR, dava para ver o pisão de Fernandinho em Rony na área. Seria pênalti para uma arbitragem mais atenta.

Na metade dos anos 1990, quando o Athletico ainda ainda era Atlético, o clube projetou uma nova casa. O CT do Caju. E bateu no peito rubro-negro: até o centenário do clube, em 2024, o Furacão varreria e conquistaria o mundo.

Ganhou o BR-01. Foi vice da Libertadores em 2005. Reconstruiu a Arena para a Copa. Botou teto. Grama artificial. Ganhou Sula. Copa do Brasil. Bicampeão da Sul-Americana.

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Investiu pesado no elenco para 2022. O mais caro da história paranaense. Mas óbvio que menos custoso do que Flamengo. Atlético Mineiro. E o Palmeiras que o Athletico merecidamente venceu na Arena. E foi buscar o empate no Allianz Parque depois de levar 2 a 0 com 9 da segunda etapa. Quando já tinha desde o intervalo um jogador a mais: Murilo foi corretamente expulso aos 47, em outro lance tão desnecessário quanto os vermelhos de Danilo e Scarpa contra o Galo. Vermelho merecido (como também seria justo se Alex Santana fosse expulso aos 25, por cotovelada sem bola em Rony).

Como foi justíssima a vitória alviverde no primeiro tempo. No primeiro lance, Zé Rafael (em grande atuação) armou todo o lance do gol de Scarpa, aos 2. Erick largou o melhor palmeirense nos últimos meses para abrir o placar. Ele, Fernandinho e Alex Santana não achavam o ótimo meio paulista, com Dudu inspirado, Tabata muito bem pela esquerda, e Rony brigando à frente, de um time que não sentiu tanto as ausências de Veiga e Danilo (bem substituído por Menino).

Se não marcava bem atrás sem a bola, o Athletico tentou atacar e foi agressivo ao tentar a recuperar mais à frente. Vitor Roque (que atacante!) deu opções a Canobbio e Vitinho. Mas não acertou a meta de Weverton.

Paulo Turra mexeu bem para o segundo tempo: Terans por Alex, o ótimo Pedrinho para alargar o campo pela esquerda substituindo Abner, Rômulo na direita (pelo amarelado Canobbio). Abel fez o que podia: sacrificou Tabata por Luan na zaga, e se fechou novamente no 4-4-1.

Aos 9, Marcos Rocha bateu o lateral na área e Gómez venceu o excelente Bento. 2 a 0 que caiu do céu para um Palmeiras impressionante. Mais um gol de lateral que nunca é crime. É recurso. Não falta dele.

Falta, pra mim, aconteceu aos 13. Pelo VAR, dava para ver o pisão de Fernandinho em Rony na área. Seria pênalti para uma arbitragem mais atenta. Ou “invasiva” a partir da cabine de vídeo.

Turra mexeu então aos 16. E foi feliz ao sacar Erick e apostar em mais um centroavante. Em menos de 2 minutos deu mais do que certo: Pablo aproveitou um belo lance iniciado por Fernandinho e fez o gol que então levaria aos pênaltis.

O gol feito que perdeu ano passsdo nessa mesma meta pelo São Paulo, desta vez Pablo marcou. O Palmeiras seguiu se superando com o apoio da torcida. Mas a sorte que tanto tabelou com o time em tantas conquistas merecidas e recentes, desta vez fortuna faltou no tiro de Terans (goleador e assistente rubro-negro na temporada): a bola bateu em Piquerez e tirou Weverton do lance.

O Furacão que foi buscar a vitória histórica em La Plata com soluções que vieram do banco, repetiu a dose no Allianz Parque e chega à segunda decisão de Libertadores em 17 anos.

Ambas com Fernandinho.

E, não por acaso, com Felipão no banco. Ou muito bem substituto por Turra.

O Athletico chegou de vez ao G-13. Onde segue firme o Palmeiras. Time que mereceu todo o apoio durante o jogo. E aplauso depois dele.

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