Weverton, na nossa conversa na Jovem Pan: “A gente tem que tirar o chapéu pro professor. Ele é diferenciado. Ele nos entregou tudo como e por onde a gente podia ganhar do Flamengo. Ele inverteu o Dudu de lado para explorar isso. O Scarpa se sacrificou pela equipe e foi jogar como lateral pela esquerda. O professor trouxe o Piquerez mais pra dentro da zaga. A gente começou a treinar essa escalação inédita desde segunda-feira. Todos os dias até a véspera da decisão. Acabamos fazendo o jogo perfeito”.
“Eu tenho um plano. Confiem em mim. Vai dar certo. Só confiem em mim”, disse Raphael Veiga na ESPN a respeito. E que respeito!
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O elenco comprou mais uma ideia que acabou sendo vitoriosa de Abel. Sabedor da superioridade rival, tratou de a anular, e, desta vez, não apenas jogar no erro adversário. Forçar. Como Deyverson no gol do tri.
Mas nem sempre a ideia comprada dá resultado. E o próprio Palmeiras, lá mesmo em Montevidéu, no campo neutro da terceira decisão de Libertadores de 1968, sofreu com uma ideia que o time do Estudiantes não tinha comprado do treinador. Não tinha gostado. Mas deu na primeira conquista continental dos pincharratas de La Plata.
Osvaldo Zubeldia dirigia o Estudiantes desde janeiro de 1965. Conhecia bem o elenco que tinha. Tricampeão da América até 1970. Com um futebol pragmático e no limite da regra. Para não dizer além dela. Time ventajero. Duro. Que sabia ensuciar a pelota. Sujar o jogo. E marcar o campo todo com todo mundo. Algo novo na América.
Vencera de virada por 2 a 1, em La Plata. Na volta, no Pacaembu, o Estudiantes se fechou demais. E levou 3 a 1 do Palmeiras. No terceiro jogo, Zubeldia resolveu se trancar ainda mais daquilo que já não dera jogo no Brasil.
Ninguém do time entendeu. Ninguém queria jogar assim. Mas eles respeitaram a ideia do treinador, no Centenário.
Nos primeiros 15 minutos, só deu Palmeiras no Uruguai. Mas no primeiro contragolpe idealizado e treinado por Zubeldia, gol de Ribaudo, aos 14. Depois o time todo atrás da bola. Até La Bruja Veron fazer 2 a 0 e ser campeão.
Do jeito que o treinador planejara. Do jeito que o Estudiantes não queria jogar.
Tem fórmula? Claro que não. Mas costuma ter mais resultado onde tem mais estudo e trabalho.
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