Correu pelas Alamedas a informação de que a chegada de um jogador com status de ‘craque’ poderia ser um problema no bom ambiente do Palmeiras. A começar pelo fato do termo ‘craque’ ter uma tessitura enorme e ser um conceito completamente subjetivo, é importante entender que o que atrapalha times bons é ter jogadores ruins, afinal, em algum momento eles estarão em campo e vão atrapalhar.
Tenho um excelente amigo que sempre diz: ‘o problema de ter um jogador ruim no time é que uma hora ele vai jogar’. Vão entrar faltando 20 minutos e não vão decidir o jogo. Vão ser lançados ao campo e nada farão para contribuir. E também vão atrapalhar, decidindo a parada pro ladelá da disputa. Eles, sim, são sujeitos perigosos à harmonia de um time vencedor. São uma condição iminente de risco.
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Jogador bom soma. Dudu soma. Gómez soma. Weverton soma. Todos eles podem ser considerados craques no ambiente ao qual o Palmeiras está inserido. Até quero o Messi e o Di Magia (com G), mas eles não virão, são craques acima do que podemos sonhar. Quero, então, sujeitos que joguem futebol e alterem um jogo no Paulistão, que façam gols no Brasileirão. São esses os ‘craques’ que precisamos.
Mendigo ou milionário, o Palmeiras buscar reforços é básico, é sobrevivência à competitividade crescente e reposição à perda. Não é ostentar, é buscar se manter no destaque que tem tido. É pensar como um clube gigantesco, temido pelos rivais, saudável financeiramente e que está faturando centenas de milhares de milhões com vendas. Ser forte é ser Palmeiras.
Não é ser maluco, não é ser ‘fã de reforços’, é ser competitivo, querer o bem do nosso time, é querer que tenhamos mais armas para seguir na dianteira do país todinho. A soberba precede a queda, e o conformismo também. Olhar pra si com carinho é olhar com crítica, com noção de realidade e pouco emocionado. Amigo não é quem só elogia, é quem também sabe criticar e dizer: ‘Ei, se liga, não tá tudo bem’.
Palmeiras, não tá tudo bem. E só você pode fazer ficar.
Quem atrapalha time vencedor é jogador ruim.
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