Opinião: ‘hABELmus técnico completa três anos com relação intensa, marcas e conquistas’
É bem verdade que eles foram vividos intensamente. Mas qual palmeirense não vive assim, não é mesmo? Abel já tem os cabelos mais brancos e as barbas seguem pelo mesmo caminho
“O Abel Ferreira é teimoso à sua maneira, mas podem esperar um pessoa que chegará para ganhar”. Foi assim que Luis Dias, ex-coordenador das categorias de base do Sporting resumiu Abel Ferreira quando o Palmeiras anunciou a contratação de um português desconhecido no futebol brasileiro, em uma sexta-feira, 30 de outubro, véspera de um feriado prolongado.
Luis Dias sabia o que estava falando, afinal foi ele quem deu a primeira oportunidade a Abel, ainda nas categorias de base do Sporting. Mesmo sem nenhum título conquistado até aquele momento, os bons trabalhos traziam na bagagem a sensação de que o treinador e a sua comissão “estavam quase lá”.
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É bem verdade que os últimos três anos foram vividos intensamente. Mas qual palmeirense não vive desta forma, não é mesmo? Abel já tem os cabelos mais brancos e as barbas seguem pelo mesmo caminho. Sinais de quem completará 45 anos em dezembro e está sempre no limite.
O futebol brasileiro é assim, desgastante. Por outro lado, também é fascinante. Abel tomou gosto pelas vitórias, títulos e marcas: oito conquistas nacionais e internacionais, técnico que mais comandou o Palmeiras no Allianz, recordista de vitórias na Libertadores… O palmeirense se viu representando em campo depois de um longo período e abraçou quem disse não estar no Brasil para passear.
O passeio foi contra os adversários e com as goleadas sobre os rivais. Fez do “Todos Somos Um” o seu lema e despertou a raiva daqueles que não fazem parte e a quem é impossível explicar a emoção. Sofreu e tem sofrido por, sim, muitas vezes passar do ponto, porém sempre recebendo carinho daqueles que estão com ele na jornada.
Abel Ferreira fica verde de raiva quando não ganha e nem sempre as 24 horas são suficientes para absorver uma derrota e faz parte do processo. Para quem trocava de comando como muda de uniforme, o Palmeiras se encontrou em Abel e Abel se encontrou no Palmeiras.