Opinião

Opinião: Na falta de centroavante, torcida do Palmeiras exerce a função como poucos

Das arquibancadas, as mais de 31 mil pessoas que vestiram a camisa 9 fizeram o Allianz Parque tremer antes mesmo do apito inicial

Foto: Cesar Greco/Palmeiras
Foto: Cesar Greco/Palmeiras

A campanha vitoriosa do Palmeiras no Campeonato Paulista escancarou, mais uma vez, a falta que um centroavante faz. Porém, quem acompanhou de perto a histórica virada do Verdão diante do São Paulo sabe que ele não só compareceu ao Allianz Parque, como também participou dos quatro gols.

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Das arquibancadas, as mais de 31 mil pessoas que vestiram a camisa 9 fizeram o Allianz Parque tremer antes mesmo do apito inicial. E não no sentido figurado, assim como o Danilo se referiu aos Trikas.

Enquanto a tribuna destinada à imprensa balançava em ritmo desgovernado, que nada se assemelhava com a sintonia dos torcedores na casa palmeirense, os jogadores do Palmeiras se multiplicavam em campo.

Na ausência de um centroavante em campo, quem atraiu a atenção da defesa do Tricolor para Danilo aparecer sozinho dentro da pequena área foi, sem dúvida, o incansável torcedor alviverde.

Após o primeiro, havia um consenso entre os centroavantes da arquibancada de que, sim, era uma questão de (pouco) tempo para que eles participassem de mais um gol. E, quase que imediatamente, a tribuna de imprensa voltou a não resistir à vibração dos presentes.

Mesmo no intervalo, com o resultado que levaria a decisão para os pênaltis, os ‘camisas 9’ não foram ao vestiário. Independentemente da falta de descanso, não faltou fôlego. Aliás, seja na fase de grupos ou na decisão do torneio que estava longe de ser a prioridade do palmeirense, o chiqueiro pega fogo.

Dois minutos de bola rolando na segunda etapa. Contra-ataque. Tabela entre Dudu, Veiga e os milhares de ‘vai, põe nele’ que vinham das arquibancadas. Resultado? O terceiro dessa parceria entre jogadores e torcedores, que jamais estiveram em tamanha sintonia desde a chegada de Abel Ferreira.

O vacilo do Arboleda no quarto gol é, talvez, o exemplo mais claro de que o torcedor entrou na cabeça dos jogadores são paulinos. Assim como faz aquele centroavante chato, sabe? Aquele que não gosta de dividir a bola com ninguém, que só enxerga o gol quando está cara a cara com o goleiro. Pois bem!

Foi assim. Com excesso e falta de centroavante que o Palmeiras aplicou uma virada histórica diante do rival.

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