Em 1999 surgiu o primeiro de quatro álbuns de uma das principais bandas da história do Brasil. Los Hermanos lançou o disco que levou o nome da banda (ou a banda levou o nome do disco?). Uma pegada “ska punk”, muito inspirado em Weezer. E muito bom.
Também em 1999, o time que já era octacampeão brasileiro conseguiu, depois de duas finais frustradas e outras participações também sem sucesso, vencer a Libertadores. Com São Marcos, o jovem Alex, lendário Evair e tantos outros que entraram pra história.
Desde então, as duas histórias que não têm nada a ver, criaram algum laço que só a mente de um maluco consegue enxergar.
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Os quatro Hermanos lançaram mais três álbuns de estúdio. Bloco do Eu Sozinho, Ventura e 4. Estilo mudou completamente. MPB chegou, samba dominou. Qualidade aumentou. Sucesso por todo o Brasil. Acabou, voltou. Lançou “Corre Corre” e correu para a inatividade.
O time de verde jogou mais duas finais (ganhando uma), ganhou dois Brasileiros, duas Copas do Brasil, dois Paulistas. O dois fez-se presente. Muito disso nos últimos seis anos.
O sucesso, no entanto, não traz só coisas boas. Virou moda. Virou moda odiar, criticar e não reconhecer. Los Hermanos caiu no desuso como uma das bandas mais criticadas do Brasil, mesmo lotando o Maracanã. Mesmo Maracanã que só não foi lotado pelo Palmeiras por conta de uma pandemia, mas que foi o palco da conquista da Glória Eterna. O time, porém, segue sendo atacado.
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Uma semana depois de um dos principais dias de sua história, perdeu para um ótimo Tigres, jogou mal. Mais fácil falar que não tem repertório, escrever no Twitter que não tem mundial. Difícil é reconhecer os méritos.
Méritos do Palmeiras e do Los Hermanos.
O ódio vem com o sucesso. E este está mais a flor da pele do que nunca.
Quem devia ser imparcial, pouco é. Quem devia mostrar entendimento, faz análises rasas.
Mas tudo bem, porque virou pop. Falar mal de Los Hermanos. Falar mal de Palmeiras.
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