Opinião: ‘Tudo precisa ser verde no branco, principalmente no Palmeiras’
Responsáveis pelo clube devem seguir exemplo da prefeitura de Barueri e colocar no papel questões que envolvem diretamente a presidente. São mais perguntas do que respostas
Leila Pereira, por meio de uma das empresas dela, assinou contrato para administrar a Arena Barueri pelos próximos 35 anos. O processo envolveu uma série de burocracias e, principalmente, um contrato com os direitos e deveres entre as partes.
O que é rotina no dia a dia dos negócios da empresária de sucesso, não é levado da mesma maneira quando Leila está sentada na cadeira de presidente do clube. Ela é patrocinadora do clube, dona de companhia aérea em que o avião é usado pelo elenco e agora responsável por um estádio em que o Palmeiras manda jogos. Ao invés de olhar para isso, ela prefere minimizar o fato toda vez em que é questionada sobre os temas.
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Mas qual o motivo de não querer fazer um contrato para a reforma da piscina, por exemplo? Qual a transparência a presidente do clube passa quando, em outubro de 2022, diz na reunião do Conselho Deliberativo que as empresas administradas por ela vão dar de presente a reforma para os associados e, um ano depois, avisa que o conjunto aquático terá naming rights por conta do pagamento? Não é melhor falar a verdade logo da primeira vez?
Nenhum associado ou membro do Conselho se mostraria contrário sob esta condição, ainda mais pelo fato dela ter benefícios fiscais. Para a presidente, tudo é transparente e não há relação conflituosa. No mesmo mundo dela, os palmeirenses estão extremamente satisfeitos com a gestão em que se dá benefícios para os apoiadores e retalia quem ousa pedir esclarecimentos.
Na base da “amizade” com a Crefisa, o Palmeiras está pagando uma dívida milionária e a presidente se tornou credora do clube. Sem um papel verde no branco, quem garante que uma nova conta não chegará por viagens de avião – que está há quase um mês em manutenção nos Estados Unidos – e mais milhões investidos em benfeitorias feitas no clube social?
O Palmeiras precisa seguir o exemplo da prefeitura de Barueri e colocar no papel absolutamente todas as questões que envolvem diretamente a presidente do clube. São muitas perguntas e poucas respostas. E dizer que ama o Palmeiras está longe de ser uma alternativa válida para os questionamentos.