Rafael Bullara: ‘Falta convicção ao Palmeiras para contratar’
Abel Ferreira tenta convencer atletas a jogarem no clube e, ao mesmo tempo, conversa com jogadores que estão no atual elenco para não deixarem o Verdão nesta janela de transferência
Mais do que dinheiro e disposição, o Palmeiras não tem convicção para bancar quem deve ser contratado. Internamente, ninguém vai assumir a chegada de um atleta sozinho.
Anderson Barros não tem como característica positiva a habilidade em negociações. É um bom gestor de grupo, mas longe de ser alguém capaz de convencer quem está fora a chegar. Por outro lado, já se mostrou hábil em evitar a saída de quem está dentro. A dificuldade aumenta quando é preciso buscar por nomes conhecidos.
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Leila Pereira, responsável por dar a palavra final, se cerca de pessoas confiáveis dentro do clube antes de tomar qualquer decisão, sobretudo no futebol. Atualmente, ninguém próximo a ela tem “bancado” os nomes em pauta. Para piorar, os altos valores só aumentam a desconfiança sobre negócios futuros.
O passado recente também joga contra. Investimentos frustrados em Tabata e Merentiel, que já deixaram o clube, além de Flaco López, ainda sem retorno, fazem com que seja proibido errar novamente. Vale lembrar que as chegadas tiveram aval de Abel Ferreira, especialmente no caso de Tabata.
Em relação ao comandante português, ele passou a ter uma função de tentar convencer jogadores a quererem o Palmeiras, assim como evitar a saída de quem está no atual grupo por não ter reposição.
A falta de convicção atrasa uma renovação do elenco e posterga o ciclo de jogadores que já têm em mente que é preciso respirar novos ares. A base não vai resolver tudo a todo instante, como acreditou a direção.
O Palmeiras precisa acreditar nos nomes com quem negocia para discutir valores e buscar alternativas para, enfim, fechar negócio.