Rafael Bullara: ‘Fora, fora, fora! Partiu, Zapata…’
24 anos depois, dá para lembrar da caminhada do camisa 24 do meio de campo até o gol da ferradura. Mudou atmosfera, animo e placar nas penalidades
Libertadores eu sou tri… O canto entoado com força e orgulho nas arquibancadas do Allianz Parque só existe porque o primeiro capítulo desta história foi escrito há 24 anos. Na semana em que se celebra os 30 anos do final do jejum, o Palmeiras festeja também a data da primeira conquista da Libertadores.
Não teve show antes do jogo e muito menos decisão em partida única. Teve tensão, apoio e semelhanças com 1993. Gol de Evair de pênalti , Zinho sendo protagonista (deveria ter batido a penalidade de direita!) e explosão após a cobrança derradeira de Zapata. Do lado verde, coube ao camisa 24 – Euller – colocar o Palmeiras em vantagem nos pênaltis após uma sequência tão sofrida.
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Para quem gosta de “sorte no sorteio” sabe o quanto a Libertadores daquele ano foi justamente ao contrário. Teve quase eliminação na fase de grupos, então campeão nas oitavas, rival nas quartas, “só” o River na semi e final contra o Deportivo Cali. Fácil? Só que não!
O adversário menos tradicional deu mais trabalho. Derrota na Colômbia, vitória suada no Palestra e título decidido nas penalidades. Responsável por fechar as cobranças nas quartas contra o maior rival, Zinho abriu e perdeu. O Palmeiras já não contava com Alex e Arce, substituídos, além de Evair, que marcara no tempo normal, mas tinha sido expulso. Ah, Ubaldo Aquino!
Atrás na disputa, sem os melhores cobradores presentes e o Santo sem pegar nenhum até a terceira cobrança. A partir daí a torcida entrou em campo. Com gritos de “fora, fora, fora”, a quarta penalidade deles bateu na trave e passou caprichosamente pelas costas de que estava se acostumando a fazer milagres. Deu certo! 24 anos depois, é possível lembrar a caminhada de Euller do meio de campo até o gol da ferradura. Mudou a atmosfera, o animo e o placar. Palmeiras na frente pela primeira vez.
Sabe aquela lei de quem vai bem no jogo não pode bater pênalti? Então, entrou em ação sob novos gritos de “fora, fora, fora!”. Partiu, Zapata….
Volta para casa a pé com a família, três horas de sono e provas bimestrais com a camisa do Palmeiras na manhã seguinte. A nota das avaliações? 1999!