Rafael Bullara: ‘Palmeiras e as dores do crescimento de Abel Ferreira’

Elenco conta com um ou outro reserva maduro, mas a maioria está verde para vestir verde

O Palmeiras tem um bom time, daquele que cresceu, está bem resolvido, sabe o que faz, consciente das responsabilidades e que acumula conquistas sob o comando de Abel Ferreira. Mas o Palmeiras também tem um elenco enxuto, como gosta o treinador, e com vários atletas que olham para os companheiros com o objetivo de “quero ser como você quando crescer”.

Quando Abel não pode escalar os seus adultos, o Palmeiras sofre. Foi assim contra Fluminense e Cruzeiro. As dores do crescimento fazem você jogar bem e perder, como ocorreu no Maracanã. Pouco tempo depois, em uma noite nem tão iluminada, um desses jovens toca na bola aos 51 minutos e garante a vitória. Faz parte do processo.

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Abel Ferreira agradece torcida do Palmeiras e pede para eles ‘desfrutarem’

O elenco de 2023 conta com um ou outro reserva maduro, mas a maioria está verde para vestir verde. Alguns vão entrar como se já fossem veteranos, o que é anormal para esta etapa de transição. O planejamento da temporada foi feito assim. Acredito que era possível amenizar tal dor com a chegada de mais dois atletas prontos para estarem em campo em noites como a da última segunda-feira (14), no Allianz Parque.

O Palmeiras está a cinco jogos de um fato inédito para o futebol brasileiro ao ter a chance de ser o primeiro a vencer quatro vezes a Libertadores. Até novembro, a gestão da comissão técnica é preservar o time ideal para que os onze estejam aptos e com poucas restrições.

Por outro lado, o returno do Campeonato Brasileiro será na dor do crescimento. Com o título distante pela incrível campanha do Botafogo, o objetivo é estar entre os quatro primeiros quando o torneio acabar, lá em dezembro.

Desfrutar, como pediu Abel, será possível quando a equipe da Libertadores estiver em campo. No Brasileirão, será necessário apoiar para mostrar que a torcida está junto com quem passar pela dor do crescimento.