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Os grandes momentos são marcados pela presença dos melhores protagonistas. Exatamente aqueles que não são frequentes, que atravessam dificuldades, que estão vezes muito bem, noutras muito mal, mas que parecem se transformar pelos dias agudos e decisivos. Nestes poucos minutos ou breves horas, se fazem imune ao tempo e sempre reencontram suas melhores versões.

Parecem pisar numa cápsula que os conduz a seus highlights. Por algum passe de mágica, ou de caráter, assumem os papéis mais importantes de seus colegiados e tomam pra si o desafio. É, na mesma medida, improvável e encantador que esse tipo de sujeito trapaceie a lógica e faça tudo acontecer bem diante dos nossos olhos. Não fazem milagre, mas fazem o torcedor se sentir representado.

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Talvez a saudade confunda os sentimentos nesse momento, a ausência provoque a abstinência e ela nebule a realidade, mas é reconfortante se sentir de novo orientado por alguém que vai sempre matar no peito e assumir nos ombros o peso de ser protagonista do Palmeiras, o atual campeão de quase tudo. Poucos são capazes de segurar tamanha pressão. Tantos disfarçam o olhar quando a situação aperta. Raros vem até a bola e tentam solucionar a equação.

Ainda esse fascínio pode tomar proporções enormes, convencer quem é reticente e fortalecer a figura de ídolo que o sempre 7 ocupa. De toda forma, é esperançoso que Dudu ressurja nesses moldes na semana mais importante do ano. Saindo do banco e de uma sombra quase esquecida para ser o melhor em campo e dar mostras que, se apertar, ele será o primeiro a tentar desafogar o problema. Desde 2015, inclusive, é assim.

Evitar a dependência é uma tarefa, mas curtir o privilégio de ter em quem se apoiar é permitido, também. Se um dia nos resignamos por sua saída, se outro dia, na madrugada, festejamos seu retorno, agora é tempo de sentir-se feliz em saber que o campo também provará, numa last dance, quem é o cara que tanto fez pelo clube e por quem a torcida tem tanto afeto. Não precisa ser explicado, vocês sabem do que trata esse texto.

Que bom poder escrever, de novo, sobre o pequeno gigante.

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