Minha primeira Liberta eu tinha 6 anos. Vi com raiva pela TV o Botafogo do Jairzinho e o Armando Marques eliminarem o Palmeiras em 1973. Em 1974 não vi nada porque era o time misto que jogou ela inteira. Nunca na história. Seis titulares estavam na Seleção.
Em 1979 ouvi pelo rádio os jogos no Peru e não quis ver mais nada quando o Guarani nos goleou no Morumbi num domingo cedo. Mas ainda assim fui em outra manhã no Pacaembu ver o Universitário do Peru virar o jogo pra cima do time do Telê.
O mesmo mestre que em 1994 tiraria o nosso sonho real pela irreal incompetência da direção ao viajar fora da hora e antes dela para o Japão. Em 1995 eu estava trabalhando no Palestra quando quase devolvemos os 0
a 5 contra o Grêmio de Felipão. Estava tudo invertido. Porque em 1999 ele seria nosso. Como foi a América.
Só senti confiança na conquista da Liberta em 1994. Não deu. Em 1999 só passei a achar possível por milagres de São Marcos no Derby. Em 2000 não precisava ganhar do Boca depois de calar bocas que já se achavam. Em 2001 não acreditava. Ainda mais depois do inacreditável Rubaldo Aquino na Bombonera.
2005 e 2006 éramos zebras e fomos pouco porcos. 2013 foi uma Liberta inesperada de pungente vitória contra o Libertad. E só. Em 2016 nem da primeira dura fase passamos. Em 2017 caímos duro nos pênaltis em casa – era possível. Em 2018 foram cinco minutos maledetti – e era ainda mais possível. Em 2019 foram 4 minutos no Pacaembu que também pareciam muito possíveis.
Em 2020 não tenho a confiança dos últimos três anos. Como eu também não confiava em 1999.
Mas este vídeo do Murilo Dias, Rafael Bullara e do Gabriel Amorim, do nosso time do Nosso Palestra, que está em nosso YouTube me deu algo que não tem lógica. Só sentimento.
O que é o que o futebol tem de melhor. E nada melhor que o nosso time para nos dar ainda mais.
Não sei se dou parabéns e agradeço a vocês. Ou os mando pra aquele lugar por me darem mais esperança.
Avanti! Ontem e sempre.