Em entrevista coletiva após vitória do Palmeiras por 2 a 1 sobre o Atlético-MG pelo Brasileirão, o treinador Abel Ferreira revelou o segredo da recuperação mental da equipe alviverde na reta final da competição. Para o português, que fez o elenco assistir a um filme infantil nesse processo de retomada, “todos têm um diabinho e um anjinho na cabeça”.
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Confira gol marcado por Raphael Veiga de pênalti em vitória do Palmeiras
– Falei para que assistissem ao filme ‘Divertidamente’…. Sem brincadeira. Todos temos um ‘diabinho’ e um ‘anjinho’, um de cada lado. Todos nós temos vozes interiores e precisamos saber o que elas estão falando. Ninguém pode me amar mais que eu mesmo. Eu tenho que falar coisas para mim mesmo, tenho que me incentivar, tenho que fazer isso sem pensar no que vai acontecer depois. Temos que manter a calma. Falo isso para eles sempre e eles estão absorvendo tudo isso. Nossa atenção vai para onde está o nosso pensamento. Tenho certeza que, se pensarmos positivo, as coisas acontecem – revelou Abel, que prosseguiu:
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– Um jogo de cada vez. Nosso calendário é duro, é complicado, mas precisamos seguir trabalhando, descansando, desfrutando da vida. Agora estamos com tempo para trabalhar e aproveitar a vida, e isso ajuda. O que faço com meus jogadores, faço com minha família. Exijo tanto quanto. A vida não vai ser só flores e no futebol não é diferente. Por isso precisamos respeitar nossos limites e acreditarmos que tudo vai correr bem.
Por fim, Abel Ferreira foi questionado acerca da marcação do primeiro pênalti a favor do Palmeiras na partida. Além de responder diretamente sobre o assunto, o comandante do Verdão fez questão de comentar a anulação de um gol palestrino.
– Eu preferia que o gol tivesse saído sem o pênalti. Mas é aquilo: se o árbitro marcou, é porque foi. Ainda não entendi a anulação do primeiro gol, sabiam? Ainda não entendi. Aquilo para mim não é falta em lugar nenhum. Basta que vejam outros jogos, do Arsenal contra o City (pelo campeonato inglês), por exemplo. Enfim, é isso – concluiu o português.
Vale lembrar que o Palmeiras está na briga pelo título do Campeonato Brasileiro com 56 pontos somados até aqui.
Outras respostas de Abel Ferreira na coletiva
Retorno de Dudu ao time do Palmeiras:
– Ele merece muito. Trabalha muito e sabe o quão difícil é para um jogador sofrer uma lesão assim. Vocês às vezes não sabem, mas minhas decisões são sempre pensando naquilo que é melhor para a equipe. O Dudu não está pronto para atuar 90 minutos, mas hoje ele entrou e foi decisivo. Foi desconcertante. Fui abraçá-lo, sim. Todos eles são jogadores do clube e ninguém vai poder apagar a história de nenhum deles no clube. Sei o quanto o Dudu pode nos dar agora. Geralmente ele fica trabalhando até depois do fim das nossas atividades e está se adaptando após a recuperação que teve. Foi uma lesão complicada e ele sabe disso, por isso se dedica. Ele tem o carinho de todos nós. Olhamos todas as atitudes e isso para mim é o mais importante. Todos somos um.
Oscilação de Veiga na temporada:
– Ninguém consegue se manter 100% o tempo todo, todo ano. Temos jogadores que podem entrar na função quando um ou outro não está bem. É necessário um descanso de vez em quando, é normal. Não gosto de ver jogadores satisfeitos quando não jogam, não gosto que se acomodem. Mas gosto que respeitem as decisões do treinador e é isso que Veiga fez quando foi para o banco. A nossa disputa é interna antes que tudo. Antes de entrarmos em campo disputamos contra nós mesmos. Respeitamos uns aos outros e isso é o mais importante. Minha grande mensagem de hoje é estarmos atentos e cuidar uns dos outros.
Boa atuação de Fabinho como titular:
– Fabinho é um dos jogadores que não abdico. Ele trabalha conosco desde quando chegamos. Ele faz o que precisamos. Sempre disseram que eu não gostava da base, não é? Mas basta verem o histórico da nossa comissão técnica com esses garotos. Temos coragem para utilizá-los, para que eles cresçam. Todos nós precisamos ser desafiados, e o Fabinho nos presenteou hoje com ótimas jogadas. Ele é um atleta ‘certinho’, que pode jogar em qualquer função no meio-campo e está pronto para tal.