Após a vitória por 2 a 1 sobre o Cuiabá, neste sábado (15), na estreia do Palmeiras no Campeonato Brasileiro, o treinador Abel Ferreira, expulso ainda na primeira etapa do duelo, fez um longo desabafo sobre a arbitragem na coletiva de imprensa. Na concepção do português, a expulsão não foi justa e partiu de um comentário feito à beira do gramado.
– O bandeirinha deve ter feito alguma confusão o que eu falei. O primeiro amarelo foi quando o árbitro foi dar o cartão a alguém que estava no banco, não sei se era o (auxiliar) João (Martins), e eu perguntei: ‘Amarelo por quê?’. Eu já não tinha entendido o amarelo ao López, estava perguntando ao bandeirinha o motivo, pois não entendi. Ele veio com o amarelo e eu perguntei ‘por que?’, e aí ele mostrou amarelo para mim. OK… Não falei nada de mais, só protestei e perguntei do amarelo – disse o treinador.
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– O cartão vermelho eu, sinceramente, não entendo. O árbitro estava do outro lado, eu estava a reclamar de uma falta que eu achava que havia ocorrido em cima do López e o bandeirinha deve ter se confundido (…) Se ele colocar alguma ofensa, é mentira. Eu não ofendi. Estou curioso para saber o que ele ouviu, porque o árbitro estava lá do outro lado. Eu protestei, sim, apenas isso (…) Foi uma arbitragem muito confusa hoje. Muito confusa – completou.
Abel ainda disse que o comportamento da arbitragem no Brasil faz com que ele “perca a vontade” de seguir no Palmeiras. No futebol brasileiro desde 2020 e com 200 jogos completos pela comissão neste sábado (15), o treinador soma 47 cartões recebidos, sendo 40 amarelos e sete vermelhos.
– O pior é saber que vou chegar em casa, enfrentar minha filha e minha mulher outra vez… E eu tenho feito um esforço tremendo para melhorar nisso. Estou muito triste de ter sido expulso hoje. Eu disse isso aos meus jogadores. Isso me tira a vontade de ser treinador, tira a vontade de estar aqui – afirmou visivelmente abalado.
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Para completar o forte desabafo, comandante afirmou que está fazendo trabalho psicológico para não se exaltar dentro de campo. O treinador disse estar confuso sobre os critérios de tolerância da arbitragem brasileira.
– Eu não queria ser expulso. Eu tinha objetivo de não ser. Fui expulso na Supercopa e depois disso só tinha levado uns dois amarelos. Mas não adianta… Não estava nos meus planos ser expulso hoje. Não sei se o trabalho (psicológico) que estou a fazer é suficiente, se do outro lado a tolerância realmente é zero, se meu espanhol é suficientemente claro… Não sei, não sei – completou o treinador do Palmeiras.
Com o triunfo neste domingo, a equipe de Abel Ferreira vira a chave para buscar a primeira vitória na Libertadores. O compromisso do time está previsto para quinta-feira (20), às 21 horas (de Brasília), no Morumbi.
Pelo Brasileirão, a equipe retorna aos gramados no próximo domingo (23), diante do Vasco. O jogo está marcado para às 16h (de Brasília), e deverá ocorrer no Estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro. Abel, suspenso, não comandará a equipe na beira do gramado carioca.
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