Ainda é pouco. Palmeiras 0 x 0 Santos

(Foto: Cesar Greco/Agência Palmeiras/Divulgação)

Palmeiras x Santos não é clássico da saudade porque só vive de passado quem tem a história que têm. Mas saudades de outros tantos clássicos depois de um péssimo primeiro tempo.

Felipão trocou mais uma vez a equipe. Manteve o 4-2-3-1. Com Moisés na de Bruno Henrique, Thiago Santos na cabeça da área cumprindo bem o seu papel, Raphael Veiga tentando substituir mas emulando no que não deve Lucas Lima, Felipe Pires (ou Carlos Eduardo, não muda muito) aberto pela direita e, mais uma vez jogue quem não jogue, o desempenho é ruim. O custo-malefício segue péssimo como foi a primeira etapa do time de melhor ataque x a melhor defesa.

Sampaoli não tinha o inefável artilheiro Jean Mota, além dos poupados Victor Ferraz e Sánchez pra começo de jogo. Manteve o 3-4-3 com a bola, no 4-3-3 sem, e o grande líder com um jogo irreconhecível como a camisa dourada que não se consegue reconhecer nem mesmo a cor. Ainda que Jean Lucas tenha mostrado qualidade dando fluência pela direita, com Pituca discreto na primeira parte.

O duelo inglório foi personificado na disputa hercúlea entre Copete x Felipe Pires para ver quem pisava mais na bola. Ou pior. Nem a encontrava. Ou no gol perdido crível de Borja – porque ele tem desmoralizado o inacreditável.

O segundo tempo foi melhor. Ou menos pior. O Palmeiras tentando atacar mais e podendo fazer mais se Dudu trocasse de lado. O Santos trocando mais passes. Mas sem objetividade e velocidade. Ainda assim sem profundidade. Criou apenas duas chances. E pode reclamar de uma mão na bola de Gómez que eu teria marcado pênalti, e outro lance discutível de Victor Luís em Jean Mota. O artilheiro que entrou e qualificou o time como faria Sánchez depois. E mais ainda Ricardo Goulart no Palmeiras, compensando a atuação ruim na etapa inicial, e melhor até o final, quando o campeão brasileiro criou 11 chances e não fez. Por méritos de Everson. E pela fase técnica que não é boa. Mas que não merecia a vaia final pela partida que melhorou. Ainda que longe do melhor Palmeiras possível. Diferente de um Santos que segue melhor do que a encomenda para o pouco tempo de casa de Sampaoli.

BOTA-TEIMA – Além dos lances já comentados, o árbitro não viu o tapa de Gustavo Henrique em Moisés que poderia ter sido expulso.